terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Comer barato tem um preço.

“O que é barato sai caro”: depois do escândalo da dioxina encontrada nos ovos e na carne, na Alemanha, Der Freitag trata agora da “comida barata”. É verdade, os alemães nunca gastaram tão pouco com a alimentação, ou seja, 11% do seu orçamento, muito menos do que os franceses ou os italianos. “Os alemães comem de maneira muito democrática”, explica o semanário de Berlim. “Não transformam os seus hábitos alimentares em sinais exteriores de riqueza e é por isso que podemos ver casacos de peles na caixa do Aldi [cadeia de supermercados de baixo custo] se o champanhe é bom.” No entanto, escreve Der Freitag, não se pode culpar o consumidor que privilegia os produtos mais baratos de provocar “a mistura de ácidos gordos destinados à produção de papel com a comida para animais”. É o sistema que está em causa: a grande distribuição pressiona os agricultores para que produzam cada vez mais barato. Um fenómeno, sublinha o jornal, que é apoiado pela UE e pelos seus subsídios à agricultura intensiva na Europa ocidental.

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