domingo, 31 de janeiro de 2010

Distância

 


O suplemento "Weekend" do "Económico", de hoje, traz uma longa entrevista comigo, concedida há mais de um mês - sobre a diplomacia e sobre muitas outras coisas da vida corrente. Vejo no "site" a minha foto lado-a-lado com o popular pugilista leonino Sá Pinto, escolha editorial, no mínimo, curiosa.

Não conseguindo "abrir" o jornal à distância, resta-me aguardar, daqui a dias, a chegada do texto em papel. É uma sensação um pouco estranha: ser responsável por declarações que outros podem ler e de que eu já quase me não lembro...

Frases

 "Os portugueses são actualmente dos europeus mais pessimistas, com um grau de descrença a bater no fundo, ao nível dos romenos, húngaros e búlgaros, o que situa Portugal a leste do paraíso europeu."

João Paulo Guerra, "Diário Económico"

sábado, 30 de janeiro de 2010

«Atrizes» A perdição dos filhos-família.

São de uma assustadora sensualidade, entregam-se a orgias, devoram milhões e acabam no hospital.
Perdão!, algumas são boas mães de família.
in «Dicionário das Ideias Feitas» de Gustave Flaubert, 1853.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Desiderata

é como uma lavagem da alma, o pensar e seguir, este texto

Caminha placidamente em meio ao ruído e à pressa,
e pensa na paz que pode existir no silêncio.

Mantém boas relações com todas as pessoas,
a qualquer preço, menos ao da tua abdicação.
Fala a tua verdade com serenidade e clareza;
e escuta os outros,
mesmo os enfadonhos e os ignorantes,
porque eles têm a sua história.
Evita as pessoas espalhafatosas e agressivas,
elas causam vexames ao espírito.

Se te comparas aos outros,
podes tornar-te vaidoso ou amargo,
porque sempre encontrarás pessoas de mais e de menos importância que tu.
Deleita-te com as tuas realizações, bem como com os teus planos.
Conserva-te interessado em tua própria carreira: por mais humilde que ela seja,
é um real bem em meio às fortunas transitórias do tempo.

Sê cauteloso em teus negócios;
porque o mundo está cheio de trapaças.
Mas não permitas que isso te faça cego às virtudes:
muitas pessoas lutam em prol de altos ideais,
e por toda parte a vida está plena de heroísmo.
Sê tu mesmo. Especialmente, não finjas afeições.
Nem sê cínico no amor,
porque, apesar de toda a aridez e desencanto,
ele é puro como a relva.

Aceita com indulgência o conselho da idade,
renunciando com graça às coisas da mocidade.
Alimenta a fortaleza de espírito para que ela te sirva de escudo contra uma súbita desventura.
Não te angusties, porém, ante coisas imaginárias.
Muitos medos nascem da fadiga e da solidão.

À parte de uma saudável disciplina,
sê bondoso contigo mesmo.
És um filho do Universo,
não menos do que as árvores e as estrelas
tens o direito de estar aqui.
E quer compreendas isso quer não,
o Universo vai se expandindo como deve.

Vive portanto em paz com Deus,
seja qual for a idéia que dele tenhas.
E, sejam quais forem teus labores e aspirações
na ruidosa confusão da vida,
procura ficar em paz com a tua alma.

Com todas as imposturas, lidas servis e sonhos desfeitos,
este é ainda um belo mundo.
Sê cauteloso: esforça-te por ser feliz.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

RE:

 
Hi         
       Thank you very much for your reading our email.I  found a  good electronical wholesaler recently.That is a new place for shopping at Internet.The products are very good.They are doing the Promotions now, and I have brought a iphone 3GS which work very well,the price is very cheaper.I like it very much.Them are a wholesaler with best reputation in honesty and integrity.They are selling iphone,Laptop,Television, Phone, Camera ,PSP, Car DVD ,cameras,camcorders and so on. This website is controlled by a website administrator. All content is protected by law, as is misuse or cloning by other websites. it is a paradise for shopping, which can bring you much suprise.If you have any questions about this order or the products rvices you've purchased, please feel free to our site: B2BFULL.com                                                                                       
                                                                                               Sincerely yours!


Explore the seven wonders of the world Learn more!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Hipócrates?

O senhor bastonário da Ordem dos Médicos portuguesa afirmou hoje ser contra a decisão de abertura de mais vagas nos cursos de Medicina e que, se essa tendência se prolongar nos próximos anos, teremos "pessoas a acotovelarem-se nos hospitais".
Não disse qual era a solução alternativa, mas, presumivelmente, ela passaria sempre por um modelo que preservasse a manutenção da capacidade reivindicativa que a actual escassez de médicos dá aos respetivos sindicatos.
O senhor bastonário poderia talvez ouvir as pessoas que penam horas nos serviços de urgência com médicos sobrecarregados de trabalho, as que passam meses à espera de uma consulta especializada ou de uma operação, as que têm de se deslocar muitos quilómetros pela ausência de clínicos nas zonas rurais e periféricas, as que perdem dias nas salas de espera dos consultórios, aguardando que alguns médicos saltitem entre empregos. E poderia perguntar-lhes se elas acham que há médicos a mais, em Portugal. Mas esses são problemas pelos quais, estou seguro, o senhor bastonário não passa, pois não?

Identidade nacional


O debate sobre a identidade nacional, que o governo francês estimulou nos últimos tempos, tem aqui sido objecto de tomadas de posição muito contrastantes.

Para alguns sectores, tal discussão comporta o risco de derivas no sentido do isolamento de comunidades de origem estrangeira cujas expressões culturais públicas se afastam daquilo que a França tradicional tem por "norma". Nessa perspectiva, as comunidades muçulmanas aparecem como as primeiras visadas e a tentação do apelo a políticas mais restritivas à imigração acabará por ser a resultante final do exercício.

O governo assume uma outra perspectiva. Na sua ideia, é importante tentar identificar aquilo que entretanto mudou na sociedade francesa, permeada por imigrações de várias origens, hoje marcada por expressões sócio-culturais muito diversas oriundas de núcleos de cidadãos nascidos já em França. Essa identificação é feita em paralelo com o sublinhar dos elementos que se entendam relevantes para a fixação de uma matriz identitária, histórico-cultural, colada à especificidade de "ser francês".

Como pano de fundo para esta discussão está a tomada de consciência, para muitos franceses, de que o país onde nasceram era muito diferente daquele em que hoje vivem e que essa mudança foi também produto da presença de estrangeiros e, agora, de novas gerações, já nascidas francesas, deles originários. O modo como a sociedade francesa olha para este facto varia imenso.

Porque este debate assenta muito na questão da introdução da "diferença", sem o qual não teria razão de ser, acaba naturalmente por ser potencialmente mais agressivo para comunidades com origens sócio-culturais que se afastam do padrão europeu tradicional. Quero com isto dizer que ele não afecta diretamente, por exemplo, a comunidade de origem portuguesa.

Estamos longe do fim desta polémica, mas talvez ela acabe por ter de consagrar uma ideia simples que alguém, há dias, apresentou num debate televisivo: gostem ou não alguns cidadãos franceses desta realidade, as regras da cidadania democrática vão acabar por obrigá-los a aceitar essa coisa comezinha de que é francês quem tenha um bilhete de identidade francês.

Condecorações



Ontem, ao final da tarde, procedi à entrega das insígnias da Comenda da Ordem do Infante Dom Henrique ao Dr. José António Ribeiro Monteiro, uma personalidade portuguesa, residente em Paris, que se destacou na área académica e empresarial e cujo perfil profissional e pessoal foi considerado pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, como merecedor de destaque e de distinção pelo Estado. Um condecoração merecida e justa, que ressoa o lema histórico do Infante: "talent de bien faire".
Cada vez acho mais importante que este tipo de reconhecimento do Estado português seja feito com grande rigor e com fortes critérios seletivos, a fim de ficar garantido, na memória comum, que o gesto tem significado e não constitui um mero sinal de natureza protocolar. As condecoração são, de certo modo, a forma contemporânea de nobilitação. Devem, por essa razão, corresponder a uma leitura muito ponderada das qualidades daqueles a quem são atribuídas e, muito em especial, da contribuição por eles dada ao prestígio da comunidade que os distingue.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Ahhhh o verão....



 

O verão!

 

Verão também é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura e muita gordura, pouco trabalho e muita micose.

Verão é picolé de Kisuco no palito reciclado, é milho cozido na água da torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca..

Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis.

Mas o principal ponto do verão é.... a praia! Ah, como é bela a praia...

Os cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção.

Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das véias.

Os jovens de jet ski atropelam os surfistas, que por sua vez, miram a prancha pra abrir a cabeça dos banhistas.

O melhor programa pra quem vai à praia é chegar bem cedo, antes do sorveteiro, quando o sol ainda está fraco e as famílias estão chegando.

Muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango, farofa, toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão de férias.

Em menos de cinqüenta minutos, todos já estão instalados, besuntados e prontos pra enterrar a avó na areia.

E as crianças? Ah, que gracinhas!

Os bebês chorando de desidratação, as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, os adolescentes ouvindo walkman enquanto dormem.

As mulheres também têm muita diversão na praia, como buscar o filho afogado e caminhar vinte quilômetros pra encontrar o outro pé do chinelo.

Já os homens ficam com as tarefas mais chatas, como perfurar o poço pra fincar o cabo do guarda-sol. É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o guarda-sol ficar em pé.

Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da felicidade, da maravilha que é entrar no mar!

Aquela água tão cristalina, que dá pra ver os cardumes de latinha de cerveja no fundo.

Aquela sensação de boiar na salmoura como um pepino em conserva.

Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquita cheia de areia, vem aquela vontade de fritar na chapa.

A gente abre a esteira velha, com o cheiro de velório de bode, bota o chapéu, os óculos escuros e puxa um ronco bacaninha.

Isso é paz, isso é amor, isso é o absurdo do calor!!!!!

Mas, claro, tudo tem seu lado bom. E à noite o sol vai embora.

 

Todo mundo volta pra casa tostado e vermelho como mortadela, toma banho e deixa o sabonete cheio de areia pro próximo.

 

O Shampoo acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde creme de barbear até desinfetante de privada.

As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a casa da praia oferece.

Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma dormidinha na rede pra adquirir um bom torcicolo e ralar as costas queimadas.

O dia termina com uma boa rodada de tranca e uma briga em família.

 

Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha e torcendo, pra que na manhã seguinte, faça aquele sol e todo mundo possa se encontrar no mesmo inferno tropical.

Qualquer semelhança com a vida real, é uma mera coincidência.

Luis Carlos  Veríssimo

 

 

 






sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Controlo de espécies invasoras falha meta global para 2010

Mais um falhanço na área da biodiversidade: um estudo divulgado hoje sugere que o mundo não está a conseguir conter o impacto das espécies invasoras – aquelas que não existem numa determinada região e que, uma vez introduzidas, causam impactos consideráveis nos ecossistemas.

Controlar as espécies exóticas problemáticas era uma das sub-metas incluídas no objectivo internacional de reduzir substancialmente o ritmo de extinção de espécies até 2010. Mas acabou por contribuir para o fracasso já reconhecido daquela meta global. "Para este indicador de ameaça à biodiversidade, a meta de 2010 (...) não foi cumprida", escrevem Melodie McGeoch e outros investigadores da Universidade de Stellenbosch (África do Sul), da organização Birdlife Internacional e da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), num artigo publicado hoje na revista Diversity and Distributions.
As invasoras normalmente competem com outras espécies locais, comprometendo a biodiversidade. Em Portugal, há muitos casos conhecidos de plantas, como as acácias e o jacinto-de-água, de peixes, como a perca-sol, e de invertebrados, como o lagostim-vermelho.
Não existe ainda uma forma acordada internacionalmente para medir as tendências e o impacto das espécies invasoras. O artigo hoje divulgado é uma tentativa neste sentido. A partir de um conjunto representativo de 57 países (Portugal não está incluído), os investigadores avaliaram o número de espécies exóticas invasoras, a pressão que exercem sobre a biodiversidade e a resposta política, em termos de adesão a acordos internacionais e de planos nacionais para enfrentar o problema.
Foram identificadas 542 espécies invasoras nos 57 países – um número que o próprio artigo reconhece como subestimado. Em países menos desenvolvidos, por exemplo, há menos investigação e, portanto, menos informação disponível. Na Guiné Equatorial, apenas nove espécies estão documentadas. Na Nova Zelândia, são 222. O menor número também resulta do próprio nível de desenvolvimento: um país mais pobre tem menos trocas comerciais com o exterior, e por isso menos transporte internacional – uma das principais vias de entrada de espécies exóticas num país.

Anfíbios são os mais afectados pelas invasoras
Os cientistas concluíram que as invasoras estão a ter um impacto negativo na biodiversidade global. Quem mais sofre são os anfíbios: pelo menos 205 espécies ficaram em maior risco de extinção primordialmente devido a espécies exóticas. Para outras 41 espécies de anfíbios, as invasores foram uma causa secundária para a sua maior vulnerabilidade. Um fungo patogénico, possivelmente originário de África e disseminado pela exportação de sapos na década de 1930, é a causa principal. "Era completamente desconhecido até 1998, mas acredita-se que é o responsável pelo dramático declínio de muitas populações de anfíbios em todo o mundo", afirma Melodie McGeoch, numa entrevista ao PÚBLICO por email.
Pelo menos 54 aves e 23 mamíferos também têm sido directa ou indirectamente afectados por espécies invasoras, segundo o estudo.
Apesar de haver mais acordos internacionais que podem ajudar a conter o problema das espécies invasoras, a nível nacional ainda está muito por fazer. "Apenas 55 por cento dos países signatários da Convenção da Diversidade Biológica tem legislação nacional relevante para as espécies invasoras", diz o artigo.
A conclusão da investigação não é animadora: "Não há actualmente nenhuma evidência a sugerir que a adopção de políticas tenha resultado num declínio do impacto sobre a biodiversidade".
Estes novos dados adicionam mais pessimismo sobre os actuais esforços mundiais para conter a perda de biodiversidade. Em 2002, a comunidade internacional assumiu, no âmbito da Convenção da Diversidade Biológica, a meta de "atingir até 2010 uma significativa redução do actual ritmo de perda de de biodiversidade". Mas o ano começou com a assunção oficial, através de declarações do secretário executivo da convenção, Ahmed Djoghlaf, de que a meta não foi atingida. A União Europeia também já reconheceu que falhou o seu compromisso.

PUBLICO

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Soares dos Santos atribui baixa produtividade do país aos salários baixos

Por PÚBLICO

O presidente do grupo Jerónimo Martins atribuiu hoje a baixa produtividade do país aos baixos salários pagos aos trabalhadores.
“Fala-se que o país não tem produtividade, que se pagam salários elevados. Tretas. Paga-se mal e não se pode exigir a uma pessoa que ganha pouco mais que o salário mínimo que vá trabalhar com gosto. Não se lhe pode exigir sacrifícios”, defendeu Soares dos Santos, durante um almoço da Câmara do Comércio e Indústria Lusa-Alemã.
Segundo uma gravação da Antena 1, o empresário defendeu que “os portugueses estão constantemente a ser metralhados com mentiras sobre a situação económica do país”. Soares dos Santos criticou ainda a maior “interferência do Estado na economia”.

só me resta aplaudir!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Pensamento politico.

"É  impossível levar o pobre à prosperidade através

 de legislações que punem os ricos pela prosperidade.

Por cada pessoa que  recebe  sem  trabalhar,  outra pessoa

deve trabalhar sem receber.

O governo não pode dar para alguém aquilo que

 não tira  de  outro  alguém. 

Quando metade da população entende a idéia de que

não precisa trabalhar, pois a outra metade da população 

irá  sustentá-la,  e  quando  esta  outra  metade entende

que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira 

metade,  então  chegamos  ao  começo  do  fim  de  uma  nação". 

Adrian Rogers, 1931

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mário Mendes bateu a 120 quilómetros/hora, na Avª. da Liberdade, em Lisboa!

O acidente que, em Novembro, envolveu duas viaturas do Estado, na Av. da Liberdade, em Lisboa, não será enviado para averiguações no Ministério Público.

Significa que se pode andar a 12okm/h, se conseguirmos! Isto sim, são melhorias que António Costa conseguiu para Lisboa!

Diplomacia e liberdade


Acaba de ser publicado um livro com uma longa entrevista com o antigo primeiro-ministro Lionel Jospin. Dele falaremos em breve.

Para já, gostava de transcrever a razão dada por Jospin para abandonar o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, onde ingressou por cinco anos, no início da sua vida profissional: "O trabalho interessava-me, os constrangimentos da vida de embaixada menos. E, depois, tudo passava pela renúncia a valores, a referências, a esperanças que era muito importantes para mim". Para acrescentar: "Quis reencontrar a minha liberdade de pensamento, de acção, de empenhamento, pelo que senti a exigência de uma ruptura", porque "aumentava o fosso entre os desejos e as esperanças do estudante de esquerda que eu tinha sido e o destino que se desenhava para o jovem alto funcionário em que eu me tinha tornado".

Aqui está a prova provada de como, num país como a França, podem germinar experiências bem diferentes daquelas que são concedidas em Portugal aos profissionais do mesmo ofício. Para honra do Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ficções e realidades


Hoje, almocei com um amigo que está a acabar um trabalho de ficção em prosa. De passagem cá por casa está um consagrado poeta. Eu fico-me em prosaicas realidades. E não desgosto.

Apontamentos



E, pronto! De umas centenas de milhares* de caracteres nasceu um livro de "Apontamentos" - ou melhor, um volume - com alguns estudos sobre coisas ligadas à minha profissão. A capa e contracapa estão "catitas", como diria o meu vizinho de rua Dâmaso Salcede (pelo menos, a acreditar na geografia urbana do Eça). Dentro de dias, estará à venda mas, devo reconhecer, não estou à espera dos respectivos "copyrights" para viver...

Espero que, daqui a um ano, não tenha razões para escrever alguns "Desapontamentos"...

*ver comentário

República(s)




Há dois dias, troquei impressões com um bom amigo português, de visita rápida a Paris, sobre a diferença de perspetiva em torno do conceito de República, existente em França e em Portugal. Concordamos em que, enquanto entre nós a República é muitas vezes vista apenas como um regime que se opõe à Monarquia, em França o ideário republicano é aceite como uma ética de cidadania, em que assenta a própria democracia.

A diabolização da I República, que o Estado Novo hiperbolizou pela sua rejeição dos partidos políticos e da Democracia, acabou por colar, para muitos, o conceito republicano à face trágica do regicídio, às perseguições religiosas e a algumas das "trapalhadas" do período 1910-1926. Deliberadamente, essa estratégia de propaganda, feita sem oposição doutrinária, tentou fazer esquecer que muita dessa instabilidade, originada no quadro de uma democracia jovem e em curso de implantação, foi ela própria fruto da ação destabilizadora dos seus inimigos - com alguns monárquicos sempre na primeira linha. Para além dos erros que os republicanos cometeram - e não foram poucos -, é importante deixar claro que foram os seus inimigos quem abriu as portas à ditadura, em 1926, e que construíram ou apoiaram o regime autoritário subsequente, que só o 25 de Abril derrotou, quase quatro décadas depois.

Lembrar alto e bom som esta realidade, revisitar e sublinhar todas virtualidades da República, constitui uma tarefa exigente que, durante este ano do seu primeiro centenário, todos os republicanos portugueses serão chamados a fazer, com vigor e sem concessões, denunciando, com frontalidade, os revisionismos da História.

A Embaixada de Portugal em Paris, para além de se associar a diversas comemorações e eventos alusivos aos 100 anos da República, irá organizar, durante 2010, iniciativas nesse quadro celebratório.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

RTP censura programa de MRS ???

Quer se goste quer não, significa este afastamento um "saneamento politico". Será que aqueles Srs. a quem chamam autoridade, não vem nada, a não ser os seus bons salários, e restantes mordomias, ao fim do mês?

Conforme a revista Sábado, já nos tinha informado, o ser funcionário publico é e continua a ser atractivo! Pois embora o regime jurídico não o permita, o ser trabalhador na RTP, é um lugar excelentemente bem remunerado, com programas maus, ou coniventes com interesses, tais como este afastamento evidencia, relativamente aos restantes que tem de sofrer para ganhar o seu espaço e dinheiro.

"É uma ironia sair da RTP quando há PSD, Orçamento e presidenciais"

Marcelo Rebelo de Sousa

domingo, 10 de janeiro de 2010

Geração perdida? O retrato de quatro jovens na precariedade

Durante anos investiram na formação. E esperaram pelos resultados. Em vão: Inês, Ana (nome fictício) Vasco e João continuam à espera da sua oportunidade. Por Romana Borja-Santos

Inês passou das artes para um call center

Quando era pequena já só queria dançar, representar, pintar... Os pais pensavam que o gosto de Inês Carvalho pelas artes seria momentâneo. Uma coisa da idade. Mas esta "brincadeira de crianças" sempre foi levada a sério por Inês, que fez todo o seu percurso académico neste sentido. Com este objectivo. Tem 21 anos e acabou no passado Verão a licenciatura em Teatro, ramo de Produção, na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa. Se pudesse, passaria o resto da vida a "organizar toda a parte logística de montar um espectáculo cénico" - seja teatro, cinema ou televisão.

"Sempre fui boa aluna e nunca chumbei", contou ao PÚBLICO, em jeito de justificação, antes de deixar cair que "por acto de desespero e porque não aguentava mais estar deprimida em casa" está a fazer formação para trabalhar num call center. Nunca imaginou. Dos bastidores dos espectáculos passou para a fidelização de clientes numa empresa de telecomunicações. "Durante o curso sempre fiz várias produções e trabalhei, sem ganhar, em projectos e espectáculos de professores. Via isso como formação e acreditava que, depois da licenciatura, poderia continuar a trabalhar com eles já com ordenado." Mas não continuou. Mal o curso acabou, Inês percebeu que o mercado não tinha espaço para si a não ser a preço quase zero. "É uma grande frustração. Quando o curso acabou as oportunidades desapareceram todas", lamenta. No último ano ainda estagiou numa produtora que faz telenovelas e chegou a ser chamada para um trabalho pontual. "Mais tarde convidaram-me para ficar a recibos verdes, sem horários e a trabalhar mais de 12 horas por dia. Tive de dizer que não, para poder acabar os projectos de final de curso e se tivesse ficado seria mesmo por gosto. O que pagavam não dava para fazer uma vida fora de casa dos pais." Inês rejeita que a sua geração seja vista como perdida. E promete "correr atrás das coisas". Mas admite: "O facto de gostarmos de uma coisa faz-nos aceitar situações de precariedade e eu e os meus colegas estamos todos assim. Já enviei mais de 20 currículos e, quando me respondem, é sempre para dizer que as coisas estão complicadas. Tive de abrir o leque. Também já estive numa loja a ser explorada e onde nem as horas extraordinárias pagavam." Decidiu apostar em formação, nomeadamente na área da fotografia e maquilhagem. "E percebi que a formação só ajuda a ocupar o tempo mas não me vai trazer trabalho. A minha auto-estima vai diminuindo e o meu medo é que perca a prática. Neste momento é tudo decidido por sorte e por ter amigos, mas eu vou continuar a procurar até me sentir profissionalmente realizada e porque acredito que um dia vai haver lugar para o que é bom." Quando olha para a irmã, "que aos 28 anos é advogada e tem a vida feita", não deixa de pensar que também ela um dia quer ter "casa própria, emprego, marido, filhos e ser feliz". Ana, 30 anos, é arquitecta mas nunca teve um contratoAna este Verão teve pela primeira vez férias pagas. Não. Não recebeu subsídio de férias. Simplesmente não deixou de receber o ordenado por tirar 15 dias de descanso. Instabilidade no emprego para quem começa? Nada disso. Ana tem 33 anos e licenciou-se em Arquitectura de Interiores pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa e, depois, em Arquitectura na Lusíada. Antevia um mercado difícil quando entrou na Ordem dos Arquitectos em 2004, mas tinha uma formação dupla. E bastante experiência. Passou por vários ateliers, mesmo antes de ter concluído a primeira licenciatura. Nunca pensou entrar na casa dos 30 sem sequer saber o que é um contrato de trabalho. Só conhece os recibos verdes. "Não sou caso único, mas sei que não devia ser assim. E o pior é que tenho muita dificuldade em ver-me a trabalhar numa situação diferente desta. É aniquilador e chocante e não há perspectiva de as coisas melhorarem quando a Ordem dos Arquitectos compactua com estas situações", assegura. Questionada sobre se esta situação não é pouco comum na geração dos 30, responde: "Não é um problema dos jovens que começam a trabalhar. As pessoas com 30 anos há muito tempo que convivem com a precariedade, mas só agora tiveram visibilidade." Ana não é o seu verdadeiro nome. É o nome de quem já está "escaldado" e que não pode dar a cara. Se o fizesse, acredita que perderia o emprego precário que lhe permite pensar apenas "mês a mês". E isso não pode acontecer outra vez. Há três anos foi mãe. Estava - uma vez mais - a trabalhar a recibos. Quando teve o bebé nunca mais voltou. A empresa não a readmitiu e ficou sem ordenado. E, com uma filha nos braços, levou tempo a encontrar um novo local compatível com as necessidades de uma jovem mãe. A situação chocou-a. Mas, garante, há casos piores: "Conheci uma rapariga com cancro da mama que continua a trabalhar por medo de perder o lugar. Trabalhamos anos a fio, mas com os recibos não temos direito a subsídio de desemprego. É uma situação de total desapoio social." No seu caso, conta com "um apoio muito forte dos pais" e um "marido engenheiro informático" que lhe permitiram ultrapassar a situação. Sobre o futuro, lamenta que "as pessoas sejam formatadas para a precariedade e para acreditarem que por causa da crise devem deixar de lado os seus direitos". Ainda assim, espera que um dia as empresas valorizem a sua "experiência e investimento na carreira". Escolheu ficar em Portugal e "tentar mudar as coisas". "Há quem queira que sejamos uma geração perdida e resignada. Isolados é difícil organizarmo-nos e ainda mais quando nos fazem sentir medíocres como trabalhadores e quando nunca nos premeiam pelo sucesso. Não podemos esperar pela mudança. Precisamos de a construir." .Vasco quer deixar de ser um eterno biólogo bolseiro A seguir a uma bolsa vem... outra bolsa. Vasco Branco tem 28 anos e licenciou-se em Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Seguiu-se o mestrado e, agora, o doutoramento. Não se conforma. Para quem quer fazer investigação, o estatuto de bolseiro é praticamente a única saída, mesmo na área das ciências. E, com ele, vem a instabilidade de quem só pode programar a vida a curto prazo sem contar com prestações como o subsídio de desemprego. Mesmo depois de largos anos a contribuir para instituições públicas. Acabou o curso em 2003 já com a convicção de que queria fazer investigação na área da biologia marinha. Pagou o mestrado do seu bolso, mas, na parte final da tese sobre contaminação de organismos marinhos com metais pesados, conseguiu a sua primeira bolsa. Antes teve um estágio profissional de nove meses no Instituto de Investigação das Pescas e do Mar. Depois passou, no mesmo local, por um projecto do instituto financiado pela União Europeia. Neste momento está a fazer o seu doutoramento em toxicologia de mercúrio na Faculdade de Farmácia e conta com uma bolsa de investigação no instituto de 980 euros, um valor determinado pelo Estado e que não é revisto para nenhum bolseiro há mais de sete anos e que só é pago 12 meses por ano. E, como os descontos são feitos sobre o valor do ordenado mínimo, a reforma fica, também, comprometida. E depois do doutoramento? "Até Abril de 2012 a minha bolsa de doutoramento é renovável. E só em Setembro desse ano é que poderei, se tiver sorte, receber uma bolsa de pós-doutoramento. É inevitável questionar de que viverei" Não pensa trabalhar para uma instituição pública? "Nos laboratórios do Estado os quadros estão fechados e restam-me as bolsas. Sempre pensei que fosse uma situação provisória. Mas não é. A minha namorada, por exemplo, é bolseira há oito anos e quando acabar o doutoramento será há 12."  Vasco assegura que mesmo ter uma bolsa para investigar já é "difícil", pois estão a ser dadas a pessoas que estão a trabalhar como técnicas em laboratórios e que desempenham funções permanentes em nada relacionadas com experiências. Muitos dos seus colegas desistiram ou criaram empresas e até houve um que abriu um consultório de massagem chinesa. Mas Vasco continua a acreditar que "a formação nunca é demais", apesar de haver "autismo por parte das empresas". Para lutar contra esta situação, faz parte da direcção da Associação de Bolseiros de Investigação Científica, que pretende dar mais direitos a quem tem "todos os deveres e é muito qualificado". "A situação está a tornar-se insustentável. Não quero ser um prémio Nobel e as pessoas têm de perceber que fazer investigação não significa que vamos todos inventar o iPod. O importante é abrir pequenos caminhos. Quando tomam um comprimido é bom que se lembrem que é o produto de muito trabalho de muitas pessoas. E cada vez mais precário", conclui Vasco. João foi "salvo" por uma grávida

João Mota foi (temporariamente) salvo por uma grávida. Serão apenas uns meses a fazer paginação numa empresa enquanto a colega estiver de licença. Com 25 anos, o valor que recebe a recibos verdes não chega para conseguir sobreviver. "Desde que acabei o curso foi o melhor que me apareceu e vou tentar subir degrau a degrau até chegar ao patamar que mereço", conta enquanto caminha em passo apressado para o call center onde também trabalha à noite para conseguir pagar as contas todas. Já passaram dois anos desde que acabou a licenciatura em Design e Tecnologia das Artes Gráficas no Instituto Politécnico de Tomar. Apanhou a reforma de Bolonha e, por isso, houve mais do que um ano de finalistas, o que duplicou o número de pessoas a sair. "Durante o curso a promessa sempre foi de que teríamos muitas oportunidades e uma óptima taxa de empregabilidade". Mas não foi assim. Começou por ter um estágio numa empresa de artes gráficas onde fez de tudo um pouco. Durante os meses que ali passou sentiu-se pouco apoiado e que havia "pouca abertura". "O Design era uma área em que não havia curso. Senti que me olhavam de lado por ter estudado e que insistiam em fazer tudo como antigamente." Já na altura conjugou esta experiência com um trabalho de três meses numa loja de roupa onde nem chegou a ter contrato. "Os meus pais estão sempre disponíveis para me ajudar, mas prezo muito a minha independência", conta. Se dependesse de João, especializava-se em arte final e em pré-impressão. Já fez formações com este objectivo. E, depois do estágio curricular, conseguiu um estágio profissional de um ano através do programa Inov-Jovem, criado pelo Governo. "A experiência acabou em Outubro, foi óptima e serviu para me especializar. Mas já se sabe que as empresas aproveitam porque pagam menos por alguém qualificado e a seguir não ficam connosco." Ainda chegaram a dizer que gostavam de o contratar. "Mas veio a crise e disseram que as coisas estavam difíceis. Senti que até agradeciam se as pessoas encontrassem outra coisa e se fossem embora." Enquanto substitui a colega vai enviando currículos, mas esbarra na dificuldade de pedirem dois anos de experiência e de só oferecerem estágios não remunerados. "Porque vão pagar se há quem aceite trabalhar de borla", questiona. Sobre a sua geração, acha que "perdida" é uma expressão "muito forte" e que o problema é que acreditam "que qualquer coisa que apareça é o melhor do mundo e que poderá não haver mais nada". João não quer desistir e vislumbra um mestrado no estrangeiro como saída para "um dia constituir família e ter vida pessoal". Um objectivo que tem adiado mas com boa disposição e longe do "desespero e da angústia" de muitos dos seus colegas. "As pessoas quando estão perdidas deixam de lutar e não vou deixar que isso aconteça comigo. Não vou fazer uma cara de funeral só porque estou no desemprego. Há coisas piores, não há?" Público

sábado, 9 de janeiro de 2010

Excelente fotografia

 
Excelente fotografia
 

Jornalismo português


O cenário era o pátio do palácio do Eliseu, sede da Presidência da República francesa. O primeiro-ministro português falava ontem aos jornalistas, após um dia de recepção calorosa por parte do presidente Nicolas Sarkozy, sublinhado em vários momentos públicos.
A certa altura, um jornalista português, vindo expressamente de Lisboa para cobrir a deslocação, perguntou: "O senhor primeiro-ministro tem uma muito boa relação com o presidente da República francesa. Não gostaria de ter também uma boa relação com o presidente da República em Portugal?".
Ando há muitos anos na vida diplomática, considero-me um observador atento da vida política e mediática internacional. Porém, devo dizer, nunca tinha visto nada igual.

Sustainability: Pirelli enters the ECPI ethical finance index

Since December, Pirelli & C. has been in the ethical finance index ECPI Ethical Index EMU, the classification by E. Capital Partners (ECPI), the rating company leader in socially responsible investments (SRI).

The index includes the 150 companies of greater capitalisation of the EMU market (Economic and Monetary Union), who have been found to be leaders of sustainability as a result of the screening, conducted in line with the parameters of ESG (Environmental, Social, Governance), for the assessment of environmental risk, social impact and Corporate Governance structure.

Subjected to the screening, Pirelli was inserted in the ECPI Ethical Index EMU as well as in the investable universe of the ECPI Ethical Index Global and the ECPI Ethical Index Euro.

Rating and ECPI Indices also appear on the Italian Stock Exchange site, ethical finance section: http://www.borsaitaliana.itspeciali/finanza-etica/case-history/casehistory/ecpi.htm

Vidas


 
Ele há cada conversa!
Ontem, à porta de uma funerária de Vila Real, o respectivo proprietário, com quem trocava cumprimentos rituais de Boas Festas, disse-me, a certo passo: "Ainda hoje falei do senhor embaixador a um colega de Portalegre. Ele foi a França buscar um cadáver e queixou-se-me das demoras consulares por lá". Defensivo e burocrático, reagi logo: "Ele que me contacte se, no futuro, tiver problemas". E fui andando.
Entramos para a carreira diplomática com o sonho de fazer parte de grandes negociações internacionais para acabarmos a agilizar os negócios da morte. É a vida, como dizia o outro engenheiro.

Pedroto


 


Foi já há um quarto de século que desapareceu José Maria Pedroto. Recordo bem essa noite, pois estava de passagem pelo Porto e pude testemunhar a tristeza dos portistas e de muitos portuenses.
Há dois tempos no futebol português: antes e depois de Pedroto, isto é, antes e depois do "renascimento" do Futebol Clube do Porto. Com Pinto da Costa, Pedroto é o grande protagonista do início da deslocação de poder, no mundo do futebol, do Sul para o Norte do país, retirando-o ao condomínio de largas décadas do Benfica e do Sporting.
Qualquer que seja a opinião que se tenha sobre estas figuras do nosso futebol, esta é uma realidade incontroversa para quem se interessa por este desporto-negócio e, por essa razão, um motivo para relembrar José Maria Pedroto.

Imigrantes africanos revoltam-se na Calábria e gritam: "Não somos animais!"

A calma regressou hoje à região da Clábria, no Sul de Itália, após os confrontos entre as populações e os milhares de imigrantes africanos que ali trabalham, que causaram dezenas de feridos. PUBLICO

A Frase

“"O centro-direita e os seus líderes não têm estado à altura no que respeita à definição da sociedade que pretendem. Nesta mediocridade das discussões pequeninas, sobre mais uma estrada, menos um comboio, mais uma escuta, menos uma asfixia, o PSD e o PP entregaram os valores".

João Marcelino, "Diário de Notícias", 09-01-2010

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Racismo na itália.

"Nem animais, nem estrangeiros": o racismo banaliza-se na Itália de Silvio Berlusconi
Um futebolista italiano tratado por "preto de merda", anúncios de imobiliário que estabelecem "nem animais, nem estrangeiros", imigrantes agredidos na noite de Ano Novo.
 


Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Frases

"O crescimento assentou, nas últimas décadas, e de uma forma cada vez mais intensa, no crédito. Esgotado este recurso, dados os já estratosféricos níveis da dívida (...), haverá algo que ponha de novo este modelo em funcionamento? Esta é a questão nuclear que continua sem resposta."

 Manuel Maria Carrilho, "Diário de Notícias", 7-1-2010

Ex-presidente da AFIA quer vender a familiares a empresa em que é acusado de falência culposa

Esta noticia do Publico é demonstrativa do que se passa com a classe empresarial em Portugal. Também nos evidencia o que as autoridades andam a fazer, ou não…

Pedro Valente de Almeida, presidente e accionista da empresa de componentes automóveis David Valente de Almeida (DVA) - que se encontra em processo de insolvência considerada culposa -, propôs a venda do negócio a familiares e quadros da actual empresa.

Se esta solução avançar, ficarão por pagar cerca de cinco milhões de euros a credores, incluindo 2,6 milhões de euros à Segurança Social. Os novos donos terão apenas que liquidar 615 mil euros para ficar com a sociedade. A empresa de Aveiro, com assembleia de credores (AC) marcada para a próxima segunda-feira, está envolvida num complexo processo de insolvência culposa, segundo um parecer da administradora de insolvência, anexo ao processo e de que foi dado conhecimento ao Ministério Público.

No âmbito do processo de insolvência, da iniciativa da DVA, Pedro Valente de Almeida, que há cerca de um mês deixou a presidência da Associação dos Fabricantes da Indústria Automóvel (AFIA), propõe vender o negócio e admite o interesse da Stampconnection, empresa criada por familiares seus e quadros da DVA (ver caixa). Esta empresa aparece já como detentora do contrato de arrendamento das instalações e principais máquinas.

No âmbito do processo de insolvência, foi apresentada uma proposta de recuperação da empresa pelos espanhóis da Troymec, também credores, e que a Segurança Social e outros credores apoiaram na última assembleia, mas que foi rejeitada pela juíza, por a considerar fora de prazo. Nessa mesma AC, a Segurança Social pediu à juíza que a administradora de insolvência apresentasse um plano de recuperação alternativo e solicitou, ainda, o afastamento imediato da actual administração, liderada por Pedro Valente de Almeida, mas o pedido também foi rejeitado.

A Troymec - que garantia menos postos de trabalho nos primeiros anos de gestão da DVA, mas assumia a responsabilidade de pagar entre três a quatro milhões de euros aos credores - admite apresentar um recurso da decisão da juíza e um pedido de suspensão da assembleia de credores da próxima segunda-feira. Se o pedido de suspensão não for aceite, a assembleia votará a única proposta admitida, a da venda do negócio à Stampconection, por 615 mil euros, valor recentemente aumentado, mas que apenas garante parte dos créditos aos trabalhadores e dívidas recentes à Segurança Social.

A venda da empresa terá de ser feita por concurso. Mas com o contrato de arrendamento, assinado em Agosto último, entre a Stampconnection e o Millennium BCP, o custo do arrendamento das instalações e máquinas foi aumentado para cerca de 400 mil euros anuais, o que dificulta o aparecimento de uma proposta de uma entidade externa. O anterior contrato de arrendamento custava à DVA cerca de 120 mil euros anuais.

Em parecer anexo ao processo, a administradora de insolvência defende que a falência deve ser classificada de culposa. Nesse relatório, a administradora denuncia a compra de matéria-prima por parte de uma empresa de Vigo, criada por Pedro Miguel Alves Gomes, quadro da DVA, e a ex-mulher do presidente e accionista da empresa. Essa empresa, a CMC, vendia depois a matéria-prima à DVA por um preço mais elevado.

Contactado pelo PÚBLICO, em finais do ano passado, Pedro Valente de Almeida considerou "inquinados" os números do parecer, acrescentando que a maioria deles "são suposições de volumes de facturação".

Existe também um relatório da Direcção de Finanças, também credora da empresa, que revela montantes de empréstimos a accionistas sem apresentação de documentos de despesa. Este relatório foi comentado na assembleia de credores.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Một chút suy ngẫm đầu năm

 Mark Kent
Vào thời khắc này, chúng ta thường suy ngẫm về những sự kiện đã qua trong năm cũ và hướng đến năm mới, và đó cũng là điều tôi đã làm khi phỏng vấn với BBC và báo Tuổi trẻ.

Có một số bài báo trực tuyến mà các bạn có thể quan tâm (cả hai đều bằng tiếng Anh). Đầu tiên là seri chương trình gần đây, gồm 2 phần của BBC về "ngoại giao mới", phỏng vấn Ngoại trưởng David Miliband. Các bạn sẽ thấy Ngoại trưởng nhắc đến Việt Nam. Thứ hai, bạn nào có thắc mắc về một số lời chúc phổ biến trong dịp này có thể tham khảo bài viết của Wikipedia, bạn sẽ được giải thích rõ hơn. Biết đâu các bạn muốn tìm hiểu xem các lời chúc tiếng Việt trên trang này có đúng hay không.


Reflections on the New Year

It is common for us to reflect about this time on the events of the previous year, and look forward to the coming year. I too did so in interviews with BBC and Tuoi Tre.

Another couple of links may be of interest (both in English) - first there was a recent two part BBC series on "the new diplomacy" where David Miliband was interviewed. You'll see that Vietnam gets a mention. And secondly, for those of you who wondered about some of the greetings used at this time of the year, here's a link to a Wikipedia article which explains more. You may want to check whether the Vietnamese greetings are correct!

Espanha europeia


 


A Espanha assume, desde 1 de Janeiro, a presidência da União Europeia.

Madrid habituou-nos a presidências ambiciosas e bem sucedidas, com sentido estratégico e determinação. Desta vez, a Espanha tem perante si um desafio complexo, porque lhe cabe dar corpo prático ao Tratado de Lisboa. As instituições são também o que vier a ser o seu próprio funcionamento, pelo que os primeiros meses desta transição de modelos terão a maior importância.

Duas áreas são vitais: o papel das presidências rotativas e a fixação do formato do Serviço Europeu de Acção Externa (SEAE).

O Tratado de Lisboa consagra uma opção deliberada em favor das estruturas de continuidade, em detrimento do papel dos Estados a quem compete a presidência semestral. Definir onde termina um terreno e começa o outro é algo que no primeiro semestre de 2010 terá de ficar assente. Porquê no primeiro semestre? Porque o segundo competirá à Bélgica e, com toda a lógica, nele deverá prevalecer a leitura do novo presidente do Conselho Europeu, Van Rompuy.

Já o SEAE, sem Javier Solana e com Catherine Ashton, sofrerá o seu desenho essencial nos próximos meses, sendo interessante perceber o modo como se fará o "merge" das estruturas externas da Comissão e do secretariado-geral do Conselho com os quadros idos dos diversos países. A luta pelo poder está já nos corredores e da sua resultante final dependerá igualmente o modo como os diversos Estados-membros "viverão" a compatibilidade necessária entre o novo Serviço e as suas respectivas redes diplomáticas nacionais.

Madrid vai estar sob o olhar de toda a Europa e o presidente do Governo, Jose Luis Zapatero, vai ter de utilizar toda a sua consabida capacidade negocial para garantir um resultado consensual. Como sempre aconteceu no passado, a Espanha sabe que pode contar plenamente com Portugal para tudo quanto, nesta exigente tarefa, resulte em favor de interesses comuns no plano europeu, que aliem as nossas muitas identidades e compatibilizem algumas das nossas diferenças.

Depois do Natal



O período do Natal suscita sempre lembranças de pessoas que se foram e cuja ausência se torna mais insuportável nestes dias.

Diplomacia e economia


Os membros do Fórum dos Embaixadores, que reúne as estruturas da AICEP com os chefes das representações diplomáticas portuguesas nos países com relevantes laços económicos connosco, vão hoje estar reunidos em Lisboa, para falar da dimensão económica da diplomacia, isto é, do modo como a nossa rede diplomática e consular melhor pode auxiliar à promoção da economia portuguesa. Trata-se de uma reflexão importante, para conseguirmos garantir maior eficácia ao modo como Portugal gasta o seu dinheiro na vertente externa - na promoção comercial, na captação do investimento estrangeiro, na divulgação turística.

Na minha carreira profissional, e embora não sendo economista, passei a maior parte do tempo a trabalhar na área económica, tentando que diplomacia se orientasse para objectivos importantes para a riqueza material do país.

Há precisamente sete anos, um então titular de um dos mais elevados cargos políticos em Portugal "descobriu a pólvora" e decidiu "decretar", junto da imprensa, que tinha acabado o tempo da "diplomacia do croquete" e que "agora é que era!" na definição de uma diplomacia voltada para a economia. Porque quem não se sente não é filho de boa gente, e porque não admito que se brinque com a dignidade de uma profissão a que eu e muitos colegas dedicámos, com grande seriedade, grande parte das nossas vidas, respondi-lhe à letra, num artigo no "Público", sob o título "Diplomatas & Croquetes", que aqui deixo hoje, para memória futura:

"Iniciativas recentes ligadas à dimensão económica da política externa portuguesa deram azo, uma vez mais, a que os diplomatas fossem brindados com notas depreciativas na comunicação social. Até aqui, nada de novo: zurzir os diplomatas, tidos como um nicho aristocrático e snobe da administração pública, tem uma audiência garantida à partida, por razões que a psicologia do despeito também ajuda a explicar.

Não tendo dos meus colegas qualquer procuração, nem vocação particular para titular reacções corporativas, entendo ter o dever de lembrar – porque, aparentemente, ninguém o fez de forma clara - que os profissionais do Ministério dos Negócios Estrangeiros não nasceram hoje para a chamada diplomacia económica. E afirmar publicamente a dignidade de quantos, como eu, se não sentem representados pela caricatura da "diplomacia do croquete", a menos que aí caibam (porque frequentemente tais croquetes são digeridos nesse âmbito…) as diligências políticas que os embaixadores portugueses continuam a efectuar diariamente pelo mundo, a solicitação dos nossos interesses empresariais.

Convirá, aliás, começar por nos entendermos quando falamos de "diplomacia económica". Prevalece frequentemente a ideia simplista de a reduzir ao apoio político-diplomático aos agentes empresariais que actuam na área internacional (comércio de bens e serviços e promoção do investimento e turismo), bem como às acções para a captação de investimento directo estrangeiro para Portugal. Ora esta é apenas a definição da diplomacia de negócios.

Ninguém mais dos que os profissionais do MNE tem interesse em ver reforçadas as condições funcionais que permitam melhorar a eficácia do trabalho que o ministério sempre desenvolveu nesse contexto, quando para tal solicitado. É essencial, contudo, que haja uma definição de linhas incontroversas de autoridade institucional interdepartamental, o estabelecimento de uma formação técnica contínua dos seus quadros e a dotação dos serviços com os necessários recursos humanos, técnicos e financeiros, se se pretender que esse trabalho evolua para um diferente patamar de especialização. A partir daí, qualquer gestão por objectivos será sempre mais do que bem-vinda pelos diplomatas.

Mas convirá notar, para quem não saiba ou possa entretanto ter esquecido, que a diplomacia de negócios está muito longe de esgotar o conceito de diplomacia económica. Com escassas excepções no domínio financeiro, o MNE assumiu, desde sempre, a direcção de praticamente todas as negociações internacionais relevantes na área económica, quer no plano bilateral, quer multilateral – neste caso, no âmbito das Nações Unidas, da EFTA, do GATT/OMC, da OCDE ou da CEE/UE. E sempre com uma eficácia técnica que nunca se viu contestada seriamente por ninguém. Por exemplo, quem, senão o MNE, coordenou as negociações económico-financeiras de onde derivaram os três Quadros Comunitários de Apoio que beneficiaram Portugal?

Por outro lado, a ideia de que os profissionais do MNE dão prioridade à "política", entretendo-se na elaboração de especulações analíticas destinadas a arquivos, ignora que o mundo e a vida internacionais ainda são algo mais do que a economia, se bem que essa evidência pareça hoje escapar a alguns neo-fascinados pelos cifrões. E Timor? E as questões de segurança e defesa ? E as relações com os PALOP? E a ajuda pública ao desenvolvimento? E as negociações institucionais europeias? E a coordenação do ensino e dos leitorados no estrangeiro? E a gestão da imensa rede consular?

Neste tempo em que parece prevalecer uma cultura de diabolização do serviço público, está criado um terreno fácil para se projectar uma sombra de dúvida sobre o empenhamento e a qualificação profissional de diplomatas, técnicos e quadros administrativos do MNE, os quais, na sua grande maioria e em condições de trabalho muitas vezes difíceis, têm dado provas de grande dedicação aos interesses do país. Mais uma razão para assumir o risco de afrontar l'air du temps e tentar preservar essa coisa simples, mas essencial, que é a verdade das coisas. Doa a quem doer."

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Restauração promete não fazer despedimentos se IVA descer

O que estes Srs precisam, sabemos nós, pois esta chantagem pura é inadmissivel num estado de direito (infelizmente não é o caso português…)

Os seus lucros já são fabulosos, e pagam mal aos seus funcionários!

A titulo de exemplo: que justifiquem porque a simples “bica” dá um lucro de cerca de 400%! Os bolos idem! etc, etc…

A Associação da Hotelaria, Restaurantes e Similares de Portugal (AHRESP) quer que o Governo inclua no próximo Orçamento do Estado a redução do IVA na restauração de 12 para cinco por cento.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

FRASES

"Infelizmente, a recuperação pode perder o gás e ser seguida por um segundo abrandamento económico, abrandamento este que não sei se ocorrerá em 2010 ou 2011."

George Soros, "Diário Económico", 4-1-2010

Tribunal de Contas acusa Estado de camuflar despesa de 214,4 milhões de euros

Tribunal de Contas acusa o Estado de em 2008 ter “camuflado” como encargo de dívida pública 214,4 milhões de euros de despesa relativa à aquisição de activos financeiros, neste caso relativos à aquisição das posições de vários bancos no Fundo Margueira, constituído na sequência da reestruturação da Lisnave, em Almada, segundo avança o diário i.
A reestruturação da Lisnave remonta a 1997, quando o Estado assina o respectivo acordo com o Grupo Mello, que previa a constituição de um fundo imobiliário (o Margueira, para onde foi transferido o património imobiliário da empresa, sobretudo em Almada), com o objectivo de permitir pagar aos credores da empresa.
Os credores ficaram com posições no fundo: BCP, Caixa Geral de Depósitos, Totta e BPI ficaram com 49 por cento, por conta de dívidas da Lisnave. Mas como os projectos imobiliários que permitiriam a sua rentabilização não avançaram, o estado teve de comprar essas posições. Desembolsou, em 2008, 214,4 milhões de euros.
É este valor que o Tribunal de Contas, no seu parecer sobre a Conta Geral do Estado (citado pelo i) considera que foi camuflado, numa operação que envolveu o Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público (IGTCP). Isto porque “a transferência para a Parque Expo destas unidades de participação, a três dias da sua aquisição pelo Estado através do IGTCP, camuflou uma despesa de activos financeiros, ao ser incorrectamente classificada como encargos com amortização de dívida pública”. PUBLICO.PT

domingo, 3 de janeiro de 2010

Para você, com carinho!

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho. É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora. Claro que a vida prega peças. O bolo não cresce, o pneu fura, chove demais, perdemos pessoas que amamos...
Mas, pensa só:
Tem graça viver sem rir de gargalhar, pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida pro trabalho?
Eu quero viver bem...E você? 2009 foi um ano cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões, tristezas e perdas, reencontros...
Normal...

2010 não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda, mas o Homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?
O que eu desejo pra todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência. O nosso desejo não se realizou?
Beleza...Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento (me lembro sempre de uma frase que ouvi e adoro: 'cuidado com seus sonhos, desejos, eles podem se tornar realidade').
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano...Mas,se a gente se entender e permitir olhar o outro e o mundo com generosidade,as coisas ficam diferentes. Desejo para todo mundo esse olhar especial!

2010 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente.
Pode ser muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
2010 pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, especial!
Depende de mim...De você.
Pode ser...E que seja!'
(Arnaldo Jabor)

FRASES

 "Se os jovens aos 30 anos têm um emprego precário, mal remunerado e ainda precisam da ajuda dos pais para manterem um nível de vida digno, como podem pensar em ter filhos?"

Armando Esteves Pereira, "Correio da Manhã", 30-12-2009

Atentado na Costa Rica - Salvar as tartarugas éurgente !

ESPECTACULO A NIVEL MUNDIAL

 

ESTO SUCEDE EN COSTA RICA 



 

 

 

 

http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7812.JPG

 http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7918.JPG
 http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7934.JPG
 

http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7907.JPG

 

http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7904.JPG

 

http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7945.JPG

 

http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7921.JPG

 

http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7937.JPG

 

http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7938.JPG

 

http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7895.JPG

 

http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7964.JPG

 

http://www.aldia.cr/galerias/tortugasostional/slides/MVQ_7759.JPG

 


FAVOR DIFUNDIR ESTE CORREO

 

CON LOS ROSTROS DE ESTOS CRIMINALES DE TORTUGAS !!!!!!!!!!!!!


 

 


 

 



 

 


 

 


 

 


 

 

__,_._,___