terça-feira, 30 de setembro de 2014

15 CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO


CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 1

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 2

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 3

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 4

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 5

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 6

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 7

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 8

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 9

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 10

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 11

 

 

 

 

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 12

 


 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 13

 

 

 

(Podem chamar-lhe «capitalismo de compinchas»…)

 


 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 14

 

 

CENAS DA HISTÓRIA DO CAPITALISMO FINANCEIRO - 15

 


 TRÊS LEITURAS RECOMENDADAS A DESEMPREGADOS, PRECÁRIOS E EMPREGADOS MAL PAGOS, A VIVER ACIMA DAS SUAS POSSIBILIDADES



Fernando Santos ganha 100 mil por mês. Ainda assim menos que Paulo Bento.

Quando Fernando Santos foi chamado para treinar o Sporting na temporada 2003-04, encontrou no plantel “leonino” uma jovem promessa de 18 anos, pejada de talento, chamada Cristiano Ronaldo. Mas não iria desfrutar muito do promissor jogador, que rumaria ao Manchester United ainda antes da época arrancar, a troco de 15 milhões de euros. Onze anos depois, o novo seleccionador nacional terá, finalmente, a oportunidade de dirigir a estrela portuguesa, agora com o estatuto de “melhor do mundo”. A poucos dias de completar 60 anos, o técnico português foi o escolhido para suceder a Paulo Bento à frente dos destinos de Portugal até ao Euro 2016.

Fernando Santos será também o primeiro seleccionador contratado por Fernando Gomes à frente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O dirigente assumiu o cargo já com Paulo Bento no comando da equipa nacional (fora contratado pelo seu antecessor Gilberto Madaíl), apesar do treinador ter merecido a total confiança do novo responsável federativo, que lhe prolongou o vínculo ainda antes do Mundial do Brasil. A apresentação oficial do novo seleccionador será feita nesta quarta-feira na sede do organismo máximo do futebol nacional, em Lisboa.

Consensual em termos internos, com uma vasta experiência no curriculum, que inclui passagens pelos três “grandes” do futebol português e pela selecção grega (ao serviço da qual alcançou os quartos-de-final do Euro 2012), Fernando Santos surgiu como forte candidato ao cargo de seleccionador logo que foi anunciada a saída de Paulo Bento, no dia 11 de Setembro. E nem uma suspensão por oito jogos aplicada pela FIFA (que poderá ainda vir a ser reduzida), na sequência dos incidentes do final da partida entre a Grécia e a Costa Rica, no Mundial do Brasil, travou a decisão da FPF em contar com os serviços deste engenheiro de formação.

Depois de passagens pelos bancos do Estoril Praia e Estrela da Amadora, a carreira de Fernando Santos conheceu um forte impulso na temporada 1998-99, quando foi convidado por Pinto da Costa para orientar o FC Porto, sucedendo a António Oliveira. Nessa mesma época iria conquistar o inédito pentacampeonato pelos “dragões”, mas não teria sucesso nas duas temporadas seguintes. Rumaria então à Grécia para a sua primeira experiência no estrangeiro (AEK e Panathinaikos), antes de regressar, dois anos depois, a Portugal para assumir as rédeas do Sporting.

Na equipa de Alvalade, para além de Cristiano Ronaldo (com quem pouco conviveu), iria encontrar também Paulo Bento. Foi mesmo o último treinador do ex-seleccionador nacional, que encerrou a sua carreira como futebolista no final dessa temporada de 2003-04. Do plantel, faziam ainda parte Rui Jorge, actual seleccionador dos Sub-21, e João Vieira Pinto, actual director da FPF. A época não correria de feição a Fernando Santos, que terminou o campeonato no terceiro lugar, encerrando a sua aventura com os “leões”.

Passou mais dois anos na Grécia antes de um novo regresso a Portugal pela porta grande, desta vez com acesso ao Estádio da Luz. Tornava-se assim no terceiro treinador a orientar os três “grandes” do futebol português, sucedendo-se ao chileno Fernando Riera e ao brasileiro Otto Glória (que também foi seleccionador nacional), juntando-se mais tarde Jesualdo Ferreira a este grupo restrito.

Tal como no Sporting, também a sua passagem pelo Benfica não deixou muitas saudades. Depois do terceiro lugar na época de estreia (2006-07), acabaria demitido no início da temporada seguinte, substituído pelo espanhol José Antonio Camacho.

Com a chegada de Fernando Santos à selecção, poderão também ser sanadas algumas situações ocorridas durante o mandato de Paulo Bento, que acabaram por afastar alguns jogadores das convocatórias. São os casos de Danny, do Zenit, ou mesmo Ricardo Carvalho, do Mónaco. O novo técnico poderá também reabrir as portas da equipa nacional a Quaresma, que não fez parte das opções para o Mundial do Brasil.

Será com alguma expectativa que se aguardam as primeiras escolhas do novo seleccionador para o próximo encontro particular frente à França, no Stade de France, em Paris, no dia 11 de Outubro, um dia depois de Santos festejar o seu 60.º aniversário.

http://www.publico.pt/desporto/noticia/fernando-santos-e-o-novo-seleccionador-nacional-1670565

FPF limpa cadastro a Pinto da Costa

Conselho de Disciplina da Federação voltou a apreciar o caso da Fruta e, ao não considerar as escutas, anulou a condenação de dois anos ao líder portista.

http://www.cmjornal.xl.pt/exclusivos/detalhe/fpf_limpa_cadastrode_pinto_da_costa.html

Banco de Portugal está a calcular o valor da reforma a atribuir a Silveira Godinho como administrador no período de 2004 a 2007

À reforma do BES, entre outras, ( são quatro!) Silveira Godinho vai juntar a pensão de administrador do Banco de Portugal.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

BES - porquê só agora ?

BES - porquê só agora?

I N T R O I T O

ACTIVOS DA FAMÍLIA ESPIRITO SANTO

Herdade da Comporta
(onde, candidamente, iam brincar aos pobrezinhos) com uma área de 12,5 mil hectares (área cultivada de arroz, 1 100 hectares e produz também: vinho, milho, batata-doce e curgetes). A parte florestal tem uma área de 7 100 hectares de pinheiros e carvalhos. Existe um projecto imobiliário e turístico.
Industria hoteleira
Possui 14 unidades hoteleiras (Tivoli, Hotels & Resorts), todos de 4 e 5 estrelas. No Brasil 2 unidades ( S.Paulo e Praia do Forte em S.Salvador da Baía). Em Portugal 12 unidades (6 no Algarve, 3 em Lisboa, 2 em Sintra e um em Coimbra). Tem uma oferta total de 3000 quartos.
Operador Turístico
Tem mais de 50 balcões espalhados pelo País. A actividade alarga-se até Angola, Itália e Espanha. Opera com as marcas Top Atlântico, Carlson Wagonlit e BCD Travel. Detém a operadora online Netviagens.
Portucale
Proprietários da herdade Vargem Fresca (Ribatejo) com cerca de 510 hectares, alberga dois campos de golfe, Ribagolfe I e II. A Portucale esteve envolvida num escândalo em conjunto com o governo Santana Lopes/Durão Barroso/Paulo Portas, acerca de um abate ilegal de sobreiros, autorizado às pressas e após terem perdido as eleições para o PS. Conta-se, que na altura o CDS teria recebido um milhão de euros e justificado ter sido oferecido por diversos donativos de militantes, entre eles, o muito glosado MANUEL LEITE DO REGO.
Espirito Santo Saúde
O grupo tem cerca de 18 unidades clínicas, 1200 camas e cerca de 9000 funcionários. Os três principais hospitais são o da Luz, em Lisboa, o da Arrábida, em Vila Nova de Gaia e o Beatriz Ângelo, em Loures.
Fazendas no Brasil
O Grupo Espírito Santo tem duas grandes fazendas no interior do Brasil. Uma no Estado de S. Paulo com 12 mil hectares, mais propriamente em Botucatu, chamada Fazenda Morrinhos. Produz, laranjas, limões, eucalipto e cana de açúcar.
A outra é a Fazenda Pantanal de Cima, no estado de Tocatins, com uma área de 20 000 hectare, 3 mil dos quais asseguram produção de arroz no verão e de soja no inverno.
Herdade no Paraguai
É a maior herdade do Grupo, Estende-se por cerca de 135 mil hectares, no Paraguai. Este terreno  tem uma dimensão equivalente à do quinto maior concelho do País (Uma área onde caberiam 16 Lisboas) Alberga mais de 53 mil cabeças de gado e possui 75 mil hectares de pastagens, 12 mil hectares de floresta e 5 mil de cultivo agrícola,  nomeadamente de soja e algodão.
Atlantic Meals - Agroalimetar
Produz arroz, milho e alimento para crianças, como as farinhas sem glúten. Tem três unidades industriais em Portugal (Coruche, Biscainho e Alcácer do Sal) e uma outra em Sevilha. Opera com as marcas Ceifeira, Sorraia, Atlantic e Atlantic Le Chef. A Atlantic Meals é fornecedora das indústrias cervejeira e agroalimentar. Tem uma capacidade de secagem de  arroz e milho de 50 mil ton. ano.
Espirito Santo Property Brasil
É a empresa imobiliária do grupo no Brasil associada à OA (Oscar Americano), com vários projectos residenciais, de comércio, parques logísticos, escritórios e loteamento. As actividades principais são em S.Paulo, onde desenvolve projectos imobiliários emblemáticos, como o complexo Villa Lobos, com área comercial e residencial, ou a Alameda dos Pinheiros. Tem expandido a actividade a outros estados brasileiros, como é o caso da Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Baía. Já concretizou empreendimentos fora do Brasil, como é o caso do edifício Plaza Miami, no centro desta cidade norte americana, um prédio com uma área total de 120 mil metros quadrados com área residencial, escritórios e hotel.
Espirito Santo Property (Portugal)
É um dos maiores promotores imobiliários de Portugal. Vocacionado para o segmento alto, a empresa foi criada com o nome Espart, designação que acabou por ser alterada em Novembro do ano transacto. Um dos primeiros grandes trabalhos foi o desenvolvimento da Quinta do Patiño, no Estoril, transformando um antigo palácio e respectivos jardins numa das áreas mais exclusivas de Portugal. Conta além disso, no seu portfólio, com edifícios em Lisboa, com o nº. 15 da Rua Castilho e o 238 da Avª. da Liberdade, o Ivens 31, no Chiado e o Parque dos Príncipes, em Telheiras. E tem as residências do Palácio Estoril, a Quinta do Peru, em Azeitão, as Casas de São Francisco, em Santiago de Cacém, o Oeiras Golf & Residence, o Doro Atlantic Garden, em Gaia e as Quintas D'Al-Gariya, em Portimão, entre outros edifícios.
Companhia de Seguros Tranquilidade
Valor de activos sob gestão 800 (oitocentos) milhões de Euros.
Banco Espirito Santo
A GALINHA DOS OVOS DE OURO.
 
Não consta neste rol, as "poupanças estratégicas" eventualmente acantonadas em offshore´s (do BES/Angola, não se sabe onde param, cerca  5 mil milhões de $USA).
Sabe-se é que:
O BES/Portugal, emprestou 3 mil milhões de €. ao BES/Angola, os quais, dizem, estão perdidos.
O BES emprestou ao Grupo Espirito Santo 1 200 milhões de €. Com insolvência deste grupo, liquidação desta verba é um sonho.
A Caixa Geral de Depósitos, desembolsou 300 milhões de €, recebendo como garantia as acções do grupo, nesta altura do campeonato valem um grandíssimo ZERO. A C.G.D. (empresa pública), empresta 300 milhões de €? E quem será o responsável? Logicamente a ministra das finanças. Estão todos calados que nem ratos...
No cômputo geral,  a exposição de empresas portuguesas no Espírito Santos Financial Group (maior accionista do BES), é de cerca 5 000 milhões de € (cinco mil milhões de euros).
Ao  ser aceite o pedido de protecção de credores e ou em alternativa ser declarada a insolvência deste grupo, lá vem mais  um "tsunami" financeiro (Quando o mar bate na rocha quem se lixa, quem é?, quem é?: Obviamente o mexilhão).
No meu mail de cinco do corrente, aconselhava a quem tivesse muita fé, a pôr uma velinha aos pés da N.S.de Fátima e que rezassem muito e com toda a veemência, a fim de não ser outra vez o "mexilhão" a pagar estes desmandos. Hoje, não peço que ponham uma velinha mas sim uma palete delas e não rezem, acampem na igreja e se possível,  peçam acompanhamento pelo Duarte Lima.
A desgraça deste país é o sistema bancário e tudo o que rodeia. Não foi esta oligarquia, com o conforto do sr. governador do Banco de Portugal e do residente de Belém os incentivadores da chamada do FMI? com que objectivo? O objectivo era a salvação das suas casas bancárias, as maiores causadores da dívida soberana, hoje sobejamente sabido, ser ela mais privada do que pública em detrimento do povo português, vilmente sacrificado, para satisfação da ambição destes malandros.
Enoja, ver, ler e ouvir os mais diversos gurus do regime, tentar minimizar  os desmandos desta "troupe". No entanto o excremento é tanto, que a carpete da "sopeira",  já não tem capacidade para acolher tanto lixo e este, já incontrolavelmente, é exposto à saciedade.
Onde estarão as críticas do Marcelo Rebelo de Sousa (cardeal Richelieu) e de Sousa Tavares? O primeiro tem como companheira, à longuíssimos anos,  Rita Berta Cabral, administradora não executiva do BES e um dos três membros da Comissão de Vencimentos do BES, entre 2008/2012. Assíduo acompanhante de Ricardo Salgado nas férias no Mediterrâneo. Os netos do segundo, são os mesmos netos do sr. Ricardo Salgado.
Em súmula, que tem o sr. Cavaco Silva e o Governo a comentar sobre estas turbulências? Terão o moral suficiente para tomar decisões adequadas e criticar o seu aliado mais forte no derrube do governo anterior? Já começa a ser trágico (para o povo português) o constante envolvimento destas entidades com esta pirataria bancária. E o que é constrange mais, desde o mais brilhante quadro até ao mais humilde servente? O saber-se que esta gente vai usufruir de chorudas pensões de reforma e passam incólumes perante esta (in)justiça portuguesa.
Por fim, descobriu-se um novo super-homem, Vítor Bento. Este sr. foi convidado para presidir à administração do BES (antes tinha sido convidado para ministro das finanças. Declinou (sempre é melhor banqueiro que ministro) e assim avançou outro super-homem Vítor Gaspar (...afinal  havia outro..."vítor" ... como diz uma famosa canção), o que me leva a acreditar que o Vítor (Gaspar), não era tão super como os "gurus do regime" nos quiseram vender e este (Bento) será?
Desconfio  e muito. Para já, o sr. Vítor Bento não tem qualquer experiência bancária. Teremos que acreditar na sua perspicácia e inteligência e apesar de lhe conceder o benefício da dúvida nestes requisitos, não acredito nele. E porquê? Quando este individuo afirma e reafirma que a actual situação económica/financeira tem por culpado primário o POVO PORTUGUÊS, por ter VIVIDO ACIMA DAS SUAS POSSIBILIDADES, vai agora presidir a uma entidade, testemunho vivo, contrário à sua  pseudo-teoria.
Por fim, constata-se o aumento da dívida em 40%, desde a chegada da troika. A intervenção do Estado em 3 bancos (BCP, BANIF e BPI) BPN E BPP são casos de polícia e agora o estrondo do BES a somar às chorudas reformas dos ex-presidentes bancários, autores, no mínimo, de gestão danosa, com direito a prisão. E os "gurus do regime" não comentam nada? Ou será que comem todos na mesma gamela doirada?
O povo no alto da sua sabedoria:
"ROUBAS UM PÃO ÉS UM LADRÃO, ROUBAS UM MILHÃO ÉS UM BARÃO"
(frederico lopes)

Grupo Espírito Santo: "too big to fail" ou "too holy to jail?" 
Por Ana Gomes
Eu proponho voltarmos a 6 de Abril de 2011 e revisitarmos o filme do Primeiro Ministro José Sócrates, qual animal feroz encostado as tábuas, forçado a pedir o resgate financeiro. Há um matador principal nesse filme da banca a tourear o poder político, a democracia, o Estado: Ricardo Salgado, CEO do BES e do Grupo que o detém e controla, o GES - Grupo Espírito Santo. O mesmo banqueiro que, em Maio de 2011, elogiava a vinda da Troika como oportunidade para reformar Portugal, mas recusava a necessidade de o seu Banco recorrer ao financiamento que a Troika destinava à salvação da banca portuguesa.

A maioria dos comentaristas que se arvoram em especialistas económicos passou o tempo, desde então, a ajudar a propalar a mentira de que a banca portuguesa - ao contrário da de outros países - não tinha problemas, estava saudável (BPN e BPP eram apenas casos de polícia ou quando muito falha da regulação, BCP era vítima de guerra intestina: enfim, excepções que confirmavam a regra!). Mas revelações recentes sobre o maior dos grupos bancários portugueses, o Grupo Espírito Santo, confirmam que fraude e criminalidade financeira  não eram excepção: eram - e são - regra do sistema, da economia de casino em que continuamos a viver.

Essas revelações confirmam também o que toda a gente sabia - que o banqueiro Salgado não queria financiamento do resgate  para não ter que abrir as contas do Banco e do Grupo que o controla à supervisão pelo Estado - esse Estado na mão de governantes tão atreitos a recorrer ao GES/BES para contratos ruinosos contra o próprio Estado, das PPPs aos swaps, das herdades sem sobreiros a submarinos e outros contratos de defesa corruptos, à subconcessao dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. À conta de tudo isso e de mecenato eficiente para capturar políticos - por exemplo, a sabática em Washington paga ao Dr. Durão Barroso - Ricardo Salgado grangeou na banca o cognome do DDT, o Dono De Tudo isto, e conseguiu paralisar tentativas de investigação judicial - sobre os casos dos Submarinos, Furacão e Monte Branco, etc.. e até recorrer sistematicamente a amnistias fiscais oferecidas pelos governos para regularizar capitais que esquecera ter parqueado na Suíça, continuando tranquilamente CEO do BES, sem que Banco de Portugal e CMVM pestanejassem sequer...

Mas a mudança de regras dos rácios bancários e da respectiva supervisão - determinados por pressão e co-decisão do Parlamento Europeu - obrigaram o Banco de Portugal a ter mesmo de ir preventivamente analisar as contas do BES/GES. A contragosto, claro, e com muito jeitinho - basta ver que, para o efeito, o Banco de Portugal, apesar de enxameado de crânios pagos a peso de ouro,  foi contratar (cabe saber quanto mais pagamos nós, contribuintes) uma consultora de auditoria, a KPMG - por acaso, uma empresa farta de ser condenada e multada nos EUA, no Reino Unido e noutros países por violações dos deveres de auditoria e outros crimes financeiros e, por acaso, uma empresa contratada pelo próprio BES desde 2004 para lhe fazer auditoria...

Mas a borrasca era tão grossa, que nem mesmo a KPMG podia dar-se ao luxo de encobrir: primeiro vieram notícias da fraude monstruosa do GES/BES/ESCOM no BESA de Angola, o "BPN tropical", que o Governo angolano cobre e encobre porque os mais de 6 mil milhões de dólares desaparecidos estão certamente a rechear contas offshore de altos figurões e o povo angolano, esse, está habituado a pagar, calar e a ...não comer... Aí, Ricardo Salgado accionou a narrativa de que "o BES está de boa saúde e recomenda-se", no GES é que houve um descontrolo: um buracão de mais de mil e duzentos milhões, mas a culpa é... não, não é do mordomo: é do contabilista!

Só que, como revelou o "Expresso" há dias, o contabilista explicou que as contas eram manipuladas pelo menos desde 2008, precisamente para evitar controles pela CMVM e pelo Banco de Portugal, com conhecimento e por ordens do banqueiro Salgado e de outros administradores do GES/BES. E a fraude, falsificação de documentos e outros crimes financeiros envolvidos já estão a ser investigados no Luxemburgo, onde a estrutura tipo boneca russa do GES sedia a "holding" e algumas das sociedades para melhor driblar o fisco em Portugal.

Eu compreendo o esforço de tantos, incluindo os comentadores sabichões em economia, em tentar isolar e salvar deste lamaçal o BES, o maior e um dos mais antigos bancos privados portugueses, que emprega muita gente e que obviamente ninguém quer ver falir, nem nacionalizar. Mas a verdade é que o GES está para o BES, como a SLN para o BPN: o banco foi - e é - instrumento da actividade criminosa do Grupo. E se o BES será, à nossa escala, "too big to fail" (demasiado grande para falir), ninguém, chame-se Salgado ou Espírito Santo, pode ser "too holy to jail" ( demasiado santo para ir preso).

Isto significa que nem os empregados do BES, nem as D. Inércias, nem os Cristianos Ronaldos se safam se o Banco de Portugal, a CMVM, a  PGR e o Governo continuarem a meter a cabeça na areia, não agindo contra o banqueiro Ricardo Salgado e seus acólitos, continuando a garantir impunidade à grande criminalidade financeira - e não só - à solta no Grupo Espírito Santo.

Alerta Total

Primeira delação premiada homologada na Lava Jato incomoda Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander

Posted: 25 Sep 2014 03:29 AM PDT


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
 
Os grandes bancos brasileiros são os mais afetados pelo primeiro acordo formalmente fechado de delação premiada na Operação Lava Jato com Luccas Pace Júnior. Além de explicar o funcionamento do esquema de lavagem de dinheiro da doleira Nelma Kodama (que fazia operações em comum com o doleiro Alberto Yousseff), o réu forneceu detalhes sobre como os bancos ajudavam nas operações bilionárias de lavagem de dinheiro. Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander serão incomodados pelos investigadores da Lava Jato. Mais incomodados que eles só quem fica, mas finge que não, é o blindado Luiz Inácio Lula da Silva, que jura nada saber sobre a Lava Jato.
 
A grande expectativa é com as informações comprometedoras que poderão ser passadas ao Ministério Público e à Justiça Federal, com provas documentais e testemunhais, pelo doleiro Alberto Youssef. A previsão dos procuradores que investigam o caso é que as revelações do doleiro terão impacto mais profundo que as denúncias de Paulo Roberto Costa – que Lula chamava, carinhosamente, de "Paulinho". Poderosos políticos correm risco de incineração. No entanto, a cúpula de campanha petista avalia que as bombas da Lava Jato não afetarão o desempenho de Dilma no curto prazo, seja no primeiro ou na disputa do segundo turno eleitoral. Depois, só Deus sabe...
 
O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, e a força tarefa do Ministério Público Federal, junto com a Polícia Federal e a inteligência da Receita Federal, vão focar nos maiores bancos do País. O delator premiado citou quatro grandes bancos, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Santander, como coniventes com as operações de lavagem de dinheiro realizadas pelo grupo criminoso. Luccas denunciou que os bancos aceitavam operações de empresas de fachada com movimentações muito acima do que o porte delas permitiria. Os bancos Itaú, Santander e Bradesco não quiserem se pronunciar sobre as denúncias. 
 
Quem reagiu de forma mais transparente à denúncia de Luccas Pace Júnior foi o Banco do Brasil. O delator revelou que um gerente do BB atuava diretamente com a doleira Nelma. O BB esclareceu, em nota oficial, que cumpre integralmente a legislação em vigor e adota controles rigorosos de prevenção e combate à lavagem de dinheiro: "Repudiamos qualquer insinuação de conivência com os delitos investigados e informamos que o funcionário citado foi demitido do Banco do Brasil, por justa causa. Apurações internas sobre sua conduta foram repassadas às autoridades responsáveis pela investigação".
 
Presidenta da ONU?

 
Grande parte das onze páginas do discurso de Dilma Rousseff na abertura da Assembleia das Nações Unidas, ontem, foi inegavelmente uma inútil e abusiva tentativa de campanha eleitoral.
 
Dilma gastou longo tempo enaltecendo os feitos internos do governo petista no Brasil, em vez de tratar de assuntos de interesse global.
 
E ainda conseguiu se desgastar com os Estados Unidos e com Israel, na hora em que reclamou do emprego da força armada nos conflitos no Oriente Médio...
 
Dilma Transformer

 
Parto doloroso
 
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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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© Jorge Serrão. Segunda Edição do Blog Alerta Total de 25 de Setembro de 2014.

Che Sara Sara...

Posted: 25 Sep 2014 03:25 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
 
Em heráldica chama-se divisa ou mote um lema adotado por um indivíduo ou família   para resumir suas aspirações.

Os duques de Bedford há séculos adotaram a fatalista frase em italiano: "o que for será".

Em 1913 o então duque patrocinou a criação do Instituto Tavistock em honra a seu filho e herdeiro, que por cortesia, pela praxe inglesa, usa o título imediatamente inferior também detido pelo pai, o de Marquês de Tavistock.

Quem se interessar pelo tema leia o livro escrito por Daniel Estulin, ISBN  9789721061866 – O Instituto Tavistock.

São comuns motes ingleses em latim, francês e obviamente, inglês.

Raros são os em italiano e os em espanhol.

Nós todos, patriotas, devemos adotar Non Inultus Premor.

Delenda a classe política traidora da pátria.
Até porque, Dormientibus non sucurrit jus...
 
Só não percamos o timming porque facit tempus non reducitis...
 
 
Carlos Maurício Mantiqueira é Livre Pensador.

País de Tiriricas e Malufs

Posted: 25 Sep 2014 03:19 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho
 
O Brasil é um país dirigido por quadrilheiros. Dá vergonha de ser brasileiro, principalmente se você for ao exterior. Tudo o que você comentar a respeito do que acontece no país, em termos de administração pública e política, soa como piada.
 
Eles, os estrangeiros de países civilizados, não acreditam que possa haver tanta podridão e impunidade concentradas nos três poderes da República.
 
O Executivo compra usando dinheiro público; o Legislativo se vende recebendo dinheiro público e o Judiciário sacramenta toda essa podridão por conta das nomeações escusas promovidas pelo Executivo.  É desanimador, não deixa perspectivas.
 
O estado mais rico da federação, e tido com o de melhor nível cultural do país, elege para membro do Congresso Nacional, com uma das maiores votações da história dada para o cargo, um palhaço analfabeto.
 
O segundo mais votado não passa de um ladrão do erário, procurado pela polícia internacional e que se pisar fora do território nacional será imediatamente preso, mas circula livremente nos corredores da Câmara.
 
 
 
O Senado foi dirigido por muito tempo por uma corrupto, que há 50 anos suja a política e transformou o seu estado, o Maranhão, em uma capitania hereditária. Foi substituído na função por um não menos corrupto, que no primeiro momento se vendeu ao poder Executivo.
 
É triste e desanimador para o cidadão que trabalha, paga impostos e vive de acordo com sua consciência esclarecida, ver toda essa podridão e sentir-se totalmente impotente e mais, consciente de que seu voto  independente será vencido pelo voto de um analfabeto, que teve seu título de eleitor anotado e rastreado e, consequentemente, submetido seu voto para mais um corrupto em troca de uma garrafa de cachaça.
 
Que país é esse? Aconselho aos jovens brasileiros, que não forem negros, que não forem índios, e que não forem gays, que saiam do país, pelo menos temporariamente.
 
Vocês não terão futuro nesse país dominado há doze anos por corruptos e por minorias que querem impor suas verdades às maiorias.
 
 
Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

Manifestação pública de ignorância

Posted: 25 Sep 2014 03:17 AM PDT

Investidores indagam: O que será que Dilma Rousseff fala de Eike Batista que está denunciado pelo Ministério Público Federal por diversos crimes: formação de quadrilha, indução de investidores a erro, falsidade ideológica e insider trading (informação privilegiada para manipular o mercado), além da investigação sobre lavagem de dinheiro tocada pela Polícia Federal?
 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Aurélio Valporto

Acabei de assistir no "Jornal da Globo" a seguinte pérola: "Investidores estrangeiros não estão preocupados com questões de curto prazo, eles olham para o longo prazo e investem nas empresas brasileiras, comprando ações na bolsa" . Como se estivessem investindo nas empresas brasileiras.NÃO, NÃO ESTÃO INVESTINDO NAS EMPRESAS E MUITO MENOS ACREDITAM NA ECONOMIA BRASILEIRA A LONGO PRAZO.
Tratam-se de recursos de curtíssimo prazo que não correm qualquer risco, e nenhum benefício trazem para as empresas brasileiras. Estão apenas arbitrando taxas de juros. Entram apenas para fazer boxes de 3 ou 4 pontas explorando a taxa de juros embutidas nas operações, o risco é ZERO e não importa se o mercado cai ou sobe.
Estas operações ocorrem apenas em ativos que possuem alta liquidez e e forte mercado de derivativos (sem os quais as operações não podem ser montadas) notadamente Vale e Petro, papéis que não precisam de liquidez extra. Estes recursos não são utilizados para fomento da atividade econômica - tanto é que a bolsa fechará o ano sem nenhuma abertura de capital.
São recursos da pior espécie, o chamado "capital de motel", que nenhum benefício trazem ao agregado macroeconômico nacional, muito pelo contrário, geram uma taxa de câmbio "artificial" e desaparecem instantaneamente quando mais se precisa.
O único motivo de se admitir este tipo de influxo é causar a ilusão de que o balanço de pagamentos não vai tão mal, com o influxo de capitais autônomos compensando o pavoroso déficit em conta corrente.
Em resumo: a bolsa brasileira não tem nenhuma credibilidade, este tipo de influxo não fomenta a atividade econômica, não corre risco algum, apenas explora a elevada taxa de juros interna, "evapora-se" imediatamente levando embora os juros pagos quando dele se precisar, "maquiam" o balanço de pagamentos e "camuflam" a taxa de câmbio real.
A quem interessa "maquiar" e "camuflar", em detrimento da economia nacional? Este é um momento em que Edemir Pinto o o PT estão de mãos dadas a enganar, juntos, os agentes. Edemir para usar esta distorção provocada pelas taxas de juros para dizer que a bolsa "dele" não está abalada, o PT para usar a mesma distorção a fim de exibir números menos ruins no balanço de pagamentos e taxas de câmbio mais "palatáveis", além de usar estes números para exibir, falsamente, "confiança do investidor estrangeiro na economia nacional".
Tudo isso com a conivência da ignorância da Rede Globo
É TRISTE!
 
Aurélio Valporto, Economista, é Conselheiro da Associação Nacional de Proteção aos Acionistas Minoritários.

O texto que não escrevi

Posted: 25 Sep 2014 03:16 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira
 
Fui brindado com o recebimento de um artigo que eu gostaria de ter escrito. Com ele concordo nos mínimos detalhes . Seu autor, no semianonimato, chama-se Otacílio. Sei que é nordestino e se desfez de tudo que tinha para ir morar e trabalhar no exterior, bem longe.
 
Procurou, certamente, um exílio voluntário, emigrando de um país onde está cada vez mais difícil viver com decência. Os motivos que o fizeram abandonar o Brasil são impactantes.
 
Os que ainda pensam devem ter sentido na própria carne o drama desse cidadão,que agiu como se em legítima defesa estivesse. Seria não só egoísmo de minha parte guardar esse texto sem passá-lo adiante para multiplicar-se ,mas também um crime,por omissão,contra o meu povo.
 
Mas, se for o caso, assumo a responsabilidade pelos seus dizeres como se de mim tivessem partido.
 
O título: SERÁ QUE NINGUÉM NOTOU?
 
Você já leu a constituição brasileira,a tal "constituição cidadã" ,inspirada por Ulisses Guimarães,um dos sujeitos mais retrógrados que o Brasil pariu?
 
Vale a pena ler para se constatar que a mentalidade que norteia os destinos desse país de merda só poderia levá-lo ao fracasso, e o Brasil já é um país fracassado, aliás,o maior exemplo de fracasso no contexto mundial. É uma constituição generosa que cria direitos às pencas sem a contrapartida em deveres. Com uma constituição como a brasileira, não há nenhuma novidade o país estar indo à bancarrota. Mesmo se cobrassem 70% do PIB em impostos, nem assim haveria recursos suficientes para tantas benesses.
 
E mesmo assim o povinho vive numa pindaíba desgraçada e o governo medíocre alardeando vantagem do bolsa miséria já sustentar 13,2 milhões  de famílias. Ou seja, considerando 4 pessoas por família, são 50,8 milhões de indigentes que,somados aos miseráveis que não têm acesso ao bolsa miséria,verificamos que 30% da população é composta por miseráveis que nada produzem. Nenhuma nação no mundo suporta um peso morto como este.
 
Entretanto é o grande orgulho do PT,que até quis roubar a paternidade dessa idéia de Da. Ruth Cardoso,esposa de Fernando Henrique. Deve ser por isso que Lula  Lalau da Silva tem uma inveja desgraçada do FHC,que tem ideias pelo menos ruins,enquanto Lula é incapaz de conceber uma idéia que não seja para saquear os cofres públicos.
 
E por falar em Lula Lalau, somente agora a minha ficha caiu em relação ao pré-sal. Desde que Lula anunciou a descoberta do pré-sal que já havia sido descoberto vinte anos antes, eu tenho lido literatura especializada e consultado especialistas e só encontro uma resposta: petróleo no pré-sal existe em várias partes do globo,entretanto sua exploração no momento é impossível por falta de tecnologia própria e inviável economicamente em razão do preço atual do barril de petróleo em torno de US$ 100,00. Economicamente só compensaria caso o barril estivesse a pelo menos US$ 200,00.
 
Bem, eu ficava curioso quando lia alguma publicidade do petróleo anunciando mais um recorde de produção no pré-sal. Bem, se a Petrobras está retirando óleo do pré-sal,então tudo que eu li e ouvi está errado. E se está batendo recordes de produção todos os meses, porque então precisa importar quantidades imensas de gasolina e óleo diesel para vender no Brasil abaixo do preço de custo para segurar a inflação? Eu não encontrava uma explicação para tal mágica. Mas agora a ficha caiu!!!!
 
Preste atenção, mister: o pré-sal ao qual Lula Lalau se referia e a Dilma hoje se refere,é aquela plano de subtração de recursos da Petrobrás,idealizado por Lula Lalau (para esse tipo de coisa ele é um gênio) e gerenciado por Paulo Roberto Costa,o homem-bomba que está botando os petralhas a cagar nas cuecas.
 
Mas, voltando à política, um país que abriga trinta e tantos partidos políticos,todos socialistas,só tem um lugar para ir: à merda.
 
Não tem partido brasileiro que se declare democrático e capitalista. O brasileiro tem vergonha de se declarar capitalista.
 
Sabe, mister, não implantaram o comunismo no Brasil só porque ainda não quiseram,porque a coisa mais fácil é botar essa gente sob uma ditadura comunista. É um povo amorfo, não cheira nem fede,e jamais reage ao que for.
 
Veja, por exemplo, as duas candidatas disputando a presidência, uma delas vai ganhar, provavelmente a pior das duas, embora falta de experimento se a Marina Silva é pior do que a Dilma. Eu acho que povo quer experimentar para ver se existe coisa pior do que a Dilma.
 
Vá ser atrasado assim na pqp...
 
 
Sérgio Alves de Oliveira, Sociólogo e Advogado gaúcho.

A Caminho de um futuro sem empregos

Posted: 25 Sep 2014 03:14 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Vivek Wadhwa
 
Em um artigo de opinião no The Wall Street Journal, o ex-secretário do Tesouro Lawrence Summers reavivou um debate que eu tive com o futurista Ray Kurzweil, em 2012, sobre o futuro sem empregos.
 
Ele ecoou as palavras de Peter Diamandis, que afirma estarmos a passar de uma história de escassez para uma era de abundância. Em seguida, ele observou que as tecnologias que tornam possível tal abundância estão permitindo a produção de muito mais produto usando muito menos pessoas.
 
Em tudo isso, Summers está certo. Dentro de duas décadas, teremos energia quase ilimitada, alimentos e água potável;  avanços na medicina nos permitirão viver vidas mais longas e saudáveis​​; robôs conduzirão os nossos carros, fabricarão os nossos produtos e se desvencilharão das nossas tarefas.
 
Não haverá muito trabalho para os seres humanos. Carros auto-conduzidos estarão disponíveis comercialmente até o final desta década e, eventualmente, dispensarão os motoristas- do jeito que os automóveis dispensaram o cavalo e a charrete- e vai eliminar os postos de trabalho de motoristas de táxis, de ônibus e caminhões. Drones vão tirar os empregos dos carteiros e entregadores.
 
Os debates da próxima década serão sobre se devemos permitir que os seres humanos dirijam nas vias públicas. Os enervantes seres humanos colidem uns com os outros, sofrem acessos de raiva nas estradas, agem selvagemente em  engarrafamentos e precisam ser monitorados pela polícia de trânsito. Sim, também não vamos precisar mais de guardas de trânsito.
 
Robôs já estão substituindo trabalhadores na fabricação. Robôs industriais avançaram ao ponto em que podem fazer o mesmo trabalho físico dos seres humanos. O custo operacional de alguns robôs é agora menor do que o salário de um trabalhador chinês médio. E, ao contrário de seres humanos, os robôs não se queixam, não se filiam a sindicatos nem ficam distraídos. Eles prontamente trabalham 24 horas por dia e exigem um mínimo de manutenção. Os robôs também tomarão os empregos dos agricultores, farmacêuticos e balconistas de supermercados.
 
Sensores médicos em nossos smartphones, nas nossas roupas e banheiros em breve estarão monitorando a nossa saúde de minuto-a-minuto. Isso, combinado com registros médicos eletrônicos, dados genéticos e do estilo de vida irão fornecer informações suficientes para que os médicos se concentrem na prevenção das doenças ao invés de curá-las.
 
Se houver necessidade de medicamentos, poderão ser receitados com base no genoma da pessoa ao invés de "um-tamanho-serve-para-todos" como atualmente. O problema é que há agora tanta informação que os humanos nem conseguem efetivamente analisar. No entanto, médicos baseados em inteligência artificial podem, como o Watson da IBM. O papel do médico muda para proporcionar conforto e compaixão- não para diagnosticar a doença ou receitar medicamentos. Em outras palavras, computadores também estarão assumindo alguns dos empregos dos nossos médicos, e não precisaremos de tantos médicos humanos como temos hoje.
 
Será como o futuro que o CEO da Autodesk, Carl Bass, descreveu certa vez para mim: "A fábrica do futuro terá apenas dois funcionários: um homem e um cão. O homem estará lá para alimentar o cachorro. O cão vai estar lá para impedir o homem de tocar nos equipamentos ".
 
Summers está errado, entretanto, quando crê que os governos podem fazer o mesmo que fizeram na era industrial: "criar trabalho suficiente para todos que precisem labutar por renda, capacidade de compra e dignidade". Eles mal e mal conseguem acompanhar os avanços que estão ocorrendo na tecnologia, que dirá desenvolver políticas econômicas para o emprego. Mesmo os tribunais estão lutando para entender as questões éticas e legais de tecnologias avançadas.
 
Nem eles, nem os nossos legisladores chegaram a definir como proteger nossos dados e informações pessoais, controlar monopólios de serviços a cabo e de Internet, regular os avanços na genética e medicina, e como taxar  a economia compartilhada que empresas como Uber e a Airbnb abrigam. Como irão os legisladores lidar com o desmantelamento de indústrias inteiras em períodos mais curtos que os ciclos eleitorais? A era industrial durou um século, mas as mudanças dela resultantes ocorreram ao longo de gerações. Agora temos incubação de empresas no Vale do Silício sacudindo setores basilares, tais como cabo e  radiodifusão, hotéis e transporte.
 
O recado está claramente no quadro de avisos sobre o que está por vir. No entanto, mesmo os economistas mais brilhantes-e futuristas- não sabem o que fazer sobre isso.
 
Em seu debate comigo, Kurzweil disse: "A automação sempre elimina mais empregos do que cria, se você só olhar para as circunstâncias muito próximas ao redor da automação. Isso é o que os Luditas viram no início do século 19 na indústria têxtil, na Inglaterra. Os novos postos de trabalho vieram pelo aumento da prosperidade e novas indústrias que nem foram previstas". O argumento-chave de Kurzweil era o de que, assim como não pudemos prever os tipos de empregos que foram criados, não podemos prever o que está por vir.
 
Kurzweil é certo, mas o problema é que, não importa quais sejam os empregos do futuro, eles certamente exigirão mais habilidade e educação – os robôs podem se encarregar de todo o trabalho duro. Fabricantes que estão querendo trazer a produção de volta já se queixam de que não conseguem encontrar número suficiente de trabalhadores qualificados nos EUA para suas fábricas automatizadas. Empresas tecnológicas que escrevem software também se queixam da escassez de trabalhadores com as habilidades que eles necessitam. Não seremos capazes de retreinar a maior parte da força de trabalho com rapidez suficiente para assumir os novos empregos em indústrias emergentes. Durante a revolução industrial, foram as gerações mais jovens que foram treinadas, e não os trabalhadores mais velhos.
 
A única solução que eu vejo passa pelo encurtamento da semana de trabalho. Talvez possamos trabalhar de 10 a 20 horas por semana, em vez das 40 de hoje. E com os preços das necessidades e daquilo que hoje consideramos bens de luxo caindo exponencialmente, podemos não precisar de toda a população trabalhando. Há certamente uma possibilidade de distúrbios sociais por causa disso; mas podemos também criar o futuro utópico com que temos há muito sonhado, com uma expressiva parte da humanidade focada em criatividade e esclarecimento.
 
Independentemente disso, na melhor das hipóteses, temos outros 10 a 15 anos, em que há um papel para os seres humanos. O número de empregos disponíveis vai na verdade aumentar nos EUA e Europa antes de começar a diminuir. A China está defasada no tempo, porque tem uma economia baseada na produção e aqueles postos de trabalho já estão desaparecendo. Ironicamente, a China está acelerando este fim, abraçando robótica e impressão 3D. À medida que a fabricação volta para os EUA, novas fábricas precisam ser construídos, os robôs precisam ser programados, e nova infra-estrutura precisa ser desenvolvida. Para instalar o novo hardware e software em carros já em uso existentes para torná-los auto-conduzidos, necessitaremos de muitos novos mecânicos de automóveis. Precisamos fabricar os novos sensores médicos, instalar painéis solares cada vez mais eficientes e escrever novos softwares de automação.
 
Assim, o futuro é muito brilhante para alguns países a curto prazo, e no longo prazo é incerto para todos. A única certeza é que muita mudança está por vir para a qual ninguém realmente sabe como se preparar.
 
 
Vivek Wadhwa é um membro no Centro de Governança Corporativa Arthur & Toni Rembe Rocha, da Universidade de Stanford; Diretor de Pesquisa do Centro de Empreendedorismo e Comercialização de Pesquisa da Escola Pratt de Engenharia da Universidade Duke; Membro Emérito da Universidade da Singularidade. Ele é autor de "The Immigrant Exodus: Por que a América está perdendo a corrida global para capturar talento empresarial", nomeado pela revista The Economist como O Livro do Ano de 2012, e "Mulheres Inovadoras: mudando a cara da tecnologia", que documenta as lutas e triunfos da mulher. Ele foi nomeado pela revista Foreign Policy como Pensador Global TOP-100 em 2012. Em 2013, a revista Time o listou como uma das 40 Mentes Mais Influentes em tecnologia.

Texto traduzido para o Alerta Total por Carlos Bollmann de Bruns.

Inadimplência das empresas em alta – veja como reverter a situação

Posted: 25 Sep 2014 03:13 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Reinaldo Domingos

O número de empresas inadimplentes em agosto cresceu 7,64%, frente ao mesmo mês de 2013, segundo dados divulgados pelo SPC Brasil e pela CNDL. Este é o quinto mês seguido que fica acima dos 7%. Ainda segundo a pesquisa, o ramo de serviços é o mais problemático, com alta de 10,76% na inadimplência e representando 35,88% de todas as dívidas das pessoas jurídicas.

Assim, quando uma empresa enfrenta dificuldades financeiras, devido ao não pagamento de compromissos que devem ser honrados, o caminho certo para a solução dessa situação consiste em aplicar e realizar um plano para o pagamento das dívidas.

Primeiramente, se deve descobrir como e quando as dívidas foram geradas. Além disso, essas precisam ser amortizadas para que não sejam cobradas judicialmente pelos credores, prejudicando a imagem da empresa no mercado. É importante frisar que cada tipo de dívida garantida por um contrato é protegida por alguma lei, estabelecendo os efeitos do não pagamento do compromisso.

Principais passos para elaboração de um plano para o pagamento das dívidas:
<!--[if !supportLists]-->·  <!--[endif]-->Verificar se o negócio está dando lucro, desenvolvendo um amplo diagnóstico financeiro da empresa;
<!--[if !supportLists]-->·  <!--[endif]-->Realizar um levantamento correto do valor de todas as dívidas vencidas e vincendas (a vencer), identificando detalhes com credor, data do vencimento, valor, multas, juros, etc.;
<!--[if !supportLists]-->·  <!--[endif]-->Verificar a capacidade de pagamento da empresa, ou seja, se os lucros futuros serão suficientes para suportar a amortização do valor das dívidas. Caso contrário, adotar, se possível, os procedimentos para a redução de custos improdutivos e desperdícios, bem como aumentar o faturamento;
<!--[if !supportLists]-->·  <!--[endif]-->Estabelecer as prioridades para pagamento dos credores, seguindo a ordem proposta a seguir e considerando o valor de cada dívida, seu custo e risco do não pagamento. Ordenação do pagamento das dívidas:
<!--[if !supportLists]-->a.    <!--[endif]--> Dívida de menor valor, alto risco e/ou alto custo financeiro;
<!--[if !supportLists]-->b.    <!--[endif]-->Dívida de maior valor, alto risco e/ou alto custo financeiro;
<!--[if !supportLists]-->c.    <!--[endif]-->Dívida de menor valor, baixo risco e/ou baixo custo financeiro;
<!--[if !supportLists]-->d.   <!--[endif]-->Dívida de maior valor, baixo risco e/ou baixo custo financeiro.
 

Reforço que é sempre importante avaliar o não pagamento de cada dívida em baixo e alto risco, calculando o percentual do custo mensal, dividindo os juros mais encargos pelo valor total da respectiva dívida.

É de fundamental importância que o empreendedor efetue um controle frequente da execução do cronograma previsto neste passo, para avaliar os resultados e tomar as medidas corretivas, caso ocorram desvios em relação ao planejado.

Em todo esse processo, é conveniente que o empreendedor conte com o suporte de um consultor ou educador financeiro e até mesmo uma orientação jurídica. Além disso, também recomendo a realização de cursos relativos ao tema, pois, apenas assim terá conhecimento para enfrentar qualquer imprevisto.

Reinaldo Domingos é educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.

A pesada herança do Comunismo Italiano

Posted: 25 Sep 2014 03:11 AM PDT

"Conceitos como `direita´, `esquerda´, `democrata´, `reacionário´, para nós, marxistas, não podem ser conceitos absolutos. A verdade é sempre relativa e concreta. Isso vale para qualquer período, mas é particularmente válido para o período atual" (Andrei A. Jdanov, Relatório à I Conferência do Kominform, 25 de setembro de 1947) .
 
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja

A Itália foi o único país da Europa Ocidental onde a esquerda stalinista prevaleceu sobre a chamada "esquerda democrática", abstração feita do período do secretariado-geral de Enrico Berlinger no PC Italiano, a partir de 1972, e do eurocomunismo "de face humana, civilizado e culto". Antes disso, muito antes, em Bolonha, cidade "vermelha e burguesa", o Partido Comunista Italiano encarnou, por muito tempo, o modelo do futuro partido definido por Togliatti (1) desde antes da queda definitiva do fascismo: um "partido novo", não mais uma elite de revolucionários profissionais, vassalos de Moscou, mas um partido de massas, nacional e legal.

Entretanto, até a morte de Togliatti, em 1964, o PCI "sempre foi" - como afirmava com clareza o historiador Renzo De Felice, na véspera de sua morte - "um partido stalinista, nem revolucionário, nem reformista, mas apenas um simples elemento do sistema da URSS". Togliatti, que foi um dos primeiros artesãos da stalinização do Movimento Comunista Internacional assumiu anos depois uma "maquiagem de fachada", posicionando-se em prol dadesestalinização e em favor do "policentrismo" dentro do MCI (2).
Palmiro Togliatti foi, sem dúvida, um dos grandes atores da História do Século XX e uma das mais fortes personalidades do comunismo internacional. Seus camaradas tratavam-no como il Migliori ("O Melhor"). Em seus 18 anos de exílio, 10 dos quais passados na URSS, em nenhum momento sua autoridade de chefe do partido sofreu qualquer arranhão e ele nunca deixou de cumprir uma função decisiva de orientação da atividade do "Centro Estrangeiro"(expressão que designava a direção do PCI clandestino, instalada em Paris em janeiro de 1927).

Togliatti, que foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano em 21 de janeiro de 1921, desempenhou o cargo de Secretário-Geral do partido de 1926 até sua morte, em 1964 (3). Ele era dotado de uma prudência ardilosa, extraordinariamente hábil para decifrar, nas flutuações de jargão utilizadas pelo Komintern, a menor nova inflexão carregada de sentido ou a próxima mudança de linha. Privado de todo e qualquer escrúpulo, Togliatti se posicionava sempre do lado certo do golpe. Numa biografia traçada sobre ele pela seção de quadros do Komintern, datada de 21 de setembro de 1949 - pois todos, naquela charmosa instituição, eram espiões e se sabiam espionados - está assinalado "o fato de que Togliatti nunca exprimiu sua opinião antes de uma questão ter sido formalmente decidida" (3).

Em 1930, o PCI era um partido de quadros, com cerca de 7 mil inscritos, e adere sem maiores preocupações à linha stalinista que designou a social-democracia, rebatizada de "social-fascismo", como o "inimigo principal", chegando mesmo a qualificar, em 1934, o movimento Giustizia e Libertà(que representou um papel importante nos meios antifascistas exilados e durante a Resistência) de movimento fascista dissidente.

Para Togliatti, a consagração, como recompensa por sua disciplina de ferro e seu servilismo, chegou com o VII Congresso da Internacional Comunista. No dia da sessão inaugural, em 25 de julho de 1935, em Moscou, foi-lhe dada a honra de pronunciar, num clima de histeria coletiva, uma "mensagem de felicitações" ao camarada Stalin. Eis alguns trechos da mensagem: "Ao camarada Stalin, chefe, guia e amigo do proletariado de todo o mundo (...) Sob sua direção, a URSS tornou-se a muralha inexpugnável da revolução socialista (...) Camarada Stalin, na luta contra os contra-revolucionários trotskistas e zinovievistas, na luta contra os oportunistas de direita e de esquerda, você manteve a pureza da doutrina marxista-leninista, desenvolvendo-a como uma nova fase da revolução mundial que se inscreve na História como a época de Stalin" (4).

Nesse Congresso, Togliatti foi um dos eleitos para o Secretariado Político doKomintern, juntamente com Georgi Dimitrov, Dimitri Manulski, Wilhelm Pieck, Otto Kusinen, André Marty e Klement Gottwald.

Como membro dirigente do Komintern, Togliatti cometeu diversas ignomínias. A respeito dos cerca de mil italianos que deixaram a Itália fascista a fim de participar, com entusiasmo, da edificação do comunismo na URSS, sabe-se hoje, com precisão, que 108 foram detidos, torturados, condenados e executados entre 1935 e 1938. Todos haviam sido fichados pelo responsável italiano da seção de quadros do Komintern, Antonio Roasio, fiel a Togliatti.

No início de 1937, na época do processo contra o "Centro Paralelo" que tinha a fama de ser trotskista, Togliatti não hesitou em afirmar: "Trata-se de agentes do fascismo. Temos provas recentes de suas relações com a Alemanha, com a Gestapo e também com o Japão". Em meados do mesmo ano, seis membros do Comitê Central do KPD (PC alemão) desapareceram. Em 1938, chegou a vez de Bela Khun - outro "kominterniano" - ser executado.

Togliatti foi mandado para a Espanha, onde atuou, em nome do Komintern, no período de 14 de julho de 1937 a 25 de março de 1939, tendo ficado vinculado diretamente a Stalin. Aí, "Ercoli" torna-se "Alfredo" (seus codinomes) e aumenta ainda mais sua ignomínia. Em agosto de 1938, seu nome figurou entre os seis signatários de uma Resolução da presidência da Internacional Comunista que decidiu pela dissolução do Partido Comunista Polonês (KPP). Convocados a Moscou sob os mais variados e enganosos pretextos, os dirigentes poloneses foram detidos e executados. Ou seja, Togliatti ratificou a condenação à morte de dezenas de dirigentes do KPP (3)

Aos olhos de Stalin, o KPP tornava-se um obstáculo a ser removido para um possível acordo com a Alemanha nazista, pois a grande influência interna do nacionalismo polonês e a presença de numerosos judeus em sua direção deixavam pressagiar uma forte resistência de sua parte a um acordo desse tipo. Para se justificar, Togliatti dirá a seus primeiros biógrafos, em 1953, que seguia de perto as atividades e vicissitudes do KPP, tomando consciência, de forma clara, da sua evolução anti-soviética.

Todavia, além de Togliatti conhecer os dirigentes poloneses há mais de dez anos e nunca os ter criticado, suas declarações são suspeitas, pois a competência de seu secretariado não se estendia à Polônia, cuja assistência era responsabilidade de Manulski.

Na Espanha, onde detinha considerável poder, "Alfredo" participou ativamente da repressão ao POUM (Partido Operário Unificado Marxista), um partido anti-stalinista, e da eliminação do seu líder, Andrés Nin. Durante a II Guerra Mundial, Togliatti se viu também implicado na execução de quadros do Partido Comunista Espanhol e de ex-membros das Brigadas Internacionais que fizeram a má escolha de buscar refúgio na "pátria do socialismo".

Numa célebre entrevista concedida em 1956 à revista Nuovi Argomenti, Togliatti assim respondeu à questão de saber se era possível se opor, em Moscou, à espiral demente da repressão: "Se eu o tivesse feito, eles me teriam matado. A História dirá se valia mais morrer ou viver para salvar o partido" (3). Essa foi uma maneira elegante de dizer que se deve primeiro cuidar da própria pele, considerada mais importante do que a dos outros, mesmo quando esses outros são camaradas.

De junho de 1941 a janeiro de 1944, Togliatti dedicou a maior parte de seu tempo à propaganda radiofônica com destino à Itália. Esse período foi também aquele em que ele deu uma demonstração de como encarava as forças objetivas, leais ou hostis ao partido mundial da revolução que, enquanto organização coletiva, intérprete e instrumento da História, detinha todos os direitos. Trata-se do caso dos prisioneiros de guerra italianos, capturados pelos soviéticos em dezembro de 1942 e em janeiro de 1943.

Num primeiro momento, a agência Tass e a imprensa soviética falaram de 80 mil a 115 mil prisioneiros. L´Alba, o jornal dos prisioneiros de guerra italianos, do qual - pasmem! - Togliatti se autoproclamou diretor-adjunto, falou em 80 mil a 83 mil prisioneiros. Em 5 de março do ano seguinte, Togliatti, pela Rádio Moscou, evocou "mais de 40 mil prisioneiros".

Após a guerra, porém, os soviéticos disseram que iriam libertar todos os prisioneiros: 19 mil, o que provocou grande perturbação na Itália. Um ano mais tarde, em julho de 1946, a embaixada soviética em Roma declarou que 21.193 prisioneiros italianos seriam repatriados. Na realidade, todavia, esse número não chegou a 12.500 ex-combatentes do exército enviados à URSS pelo regime fascista. Os outros eram ex-prisioneiros dos alemães ou mesmo italianos que haviam sido obrigados a ir trabalhar na Alemanha.

Desde essa data e até hoje, persiste a dúvida sobre o destino das outras dezenas de milhares de militares italianos que caíram nas mãos do exército soviético e que desapareceram sem deixar rastros, o que atormentou não apenas suas famílias, mas também várias gerações de italianos.

Depois do colapso da União Soviética, o Ministério da Defesa da Federação Russa identificou 64.400 nomes de soldados italianos detentos nos campos soviéticos, sendo que 40 mil teriam morrido e 20 mil não foram identificados. Chega-se, assim, a um número global de cerca de 85 mil prisioneiros de guerra italianos na União Soviética.

O comportamento de Togliatti diante dessa tragédia tornou-se conhecido a partir de sua correspondência com um de seus subordinados, Vicenzo Bianco, representante italiano junto ao Comitê Executivo do Komintern, que pedira a "Ercoli" que interviesse junto às autoridades soviéticas a respeito do assunto. Togliatti respondeu-lhe de maneira glacial: "Nossa posição de princípio com relação aos exércitos que invadiram a União Soviética foi definida por Stalin, e nada há mais a dizer. Porém e, na prática, um bom número de prisioneiros deve morrer como conseqüência das duras condições de fato. Nada tenho de novo a dizer a esse respeito (...) Não estou sustentando de forma alguma que os prisioneiros devam ser suprimidos, sobretudo porque podemos nos servir deles para obter alguns resultados de outra maneira mas, nas durezas objetivas que podem provocar o fim de um bom número deles, não consigo ver nisso outra coisa que não seja a expressão concreta dessa justiça da qual o velho Hegel dizia ser imanente a toda História".

A reação de Togliatti, com essa resposta, explica-se por sua percepção de que a proposta de Bianco representava um desvio, chamado no jargão stalinista de`humanismo abstrato´: uma tentativa de colocar os interesses nacionais acima dos interesses de classe (3).

Objetivando transmitir segurança e melhorar a relação com os Aliados, em 15 de maio de 1943 Stalin decidiu dissolver o Komintern. Essa decisão favoreceria também o surgimento de uma "via nacional" para o comunismo, própria a cada país. No caso da Itália, Togliatti, herdeiro de Gramsci, já sustentava que a classe operária deveria de alguma forma "nacionalizar-se",a fim de se tornar a força hegemônica do processo revolucionário.

Togliatti deixou Moscou e chegou a Nápoles em 27 de março de 1944 e foi ministro da Justiça de 1945 a 1947, inicialmente no primeiro governo oriundo da Resistência, dirigido por Ferrucio Parri, chefe do Partido da Ação, e depois no governo democrata-cristão de Alcide De Gasperi. Nesse cargo, segundo alguns, ele teria se mostrado suave demais como agente de expurgo antifascista. O fato, todavia, é que ele era muito inteligente para nutrir ilusões sobre a real possibilidade de um expurgo político após mais de 20 anos de fascismo, a não ser liquidando um grande número de funcionários.

Pode ser dito também que, em certo sentido, ele cumpriu, no que diz respeito ao expurgo, um papel moderador, não por humanidade, mas por estratégia política, visando transformar seu partido de quadros em um verdadeiro partido de massas.

Nem por isso Togliatti pode ser tido como um verdadeiro democrata após 1945, como mostram os encontros quase cotidianos que mantinha, no pós-guerra, com o embaixador da URSS Mikhail A. Kostilev. Um desses encontros foi realizado secretamente em um bosque próximo de Roma, em 23 de março de 1948, véspera das eleições legislativas apresentadas como as que deviam assegurar uma vitória certa do PCI e que, ao contrário, representaram um fracasso. Os dois homens teriam discutido, então, a oportunidade ou não de uma insurreição armada.

Em 1951, foi ainda Togliatti que Stalin escolheu para dirigir o Kominform, cargo que ele recusou sob pretextos variados mas, de fato, porque não estava mais certo nem mesmo de seu próprio destino, na atmosfera de loucura dos últimos anos de Stalin.

Togliatti morreu em Yalta em 21 de agosto de 1964. Sua carreira, por mais longa e rica que tenha sido não esgota os 40 anos de história do PCI, mas o restante.

Tudo o que se passou desde então é, seguramente, outra história.
 
O texto acima é um resumo do tema em epígrafe, publicado nas páginas 535 a 559 do livro Cortar o Mal pela Raiz! História e Memória do Comunismo na Europa, diversos autores sob a direção de Stéphane Courtois, editora Bertrand do Brasil, 2006.

[1] Palmiro Togliatti (26 de março de 1893 em Gênova-21 de agosto de 1964 em Yalta), um dos fundadores do Partido Comunista Italiano em 21 de janeiro de 1921; Secretário-Geral do partido de 1937 a 1939; membro do Komintern. Baixo, traços finos, um físico delicado, o que lhe valeu o apelido irônico de "Ercoli" (Ercole-Hércules).

[2] Le Petit Larousse Compact, Paris, 1993.

[3] Aldo Agosti, Palmiro Togliatti, Torino, UTET, 1996.

[4] VII Congresso Mundial da Internacional Comunista, 25 de julho-25 de agosto de 1935, número especial de Correspondência Internacional nº 64, de 7 de agosto de 1935.

Carlos I. S. Azambuja é Historiador.