quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ayn Rand: Sociedades condenadas

Frase de 1920 ...

FRASE DE 1920 ...

Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand 

"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de si;
quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".

Filósofa  AYN RAND 

 

 



 

 



Paris e o 28 de maio


Ainda a tempo de "comemorar" o dia de hoje, aqui deixo a imagem da casa - no nº 192 do boulevard de La Villete, em Paris - onde viveu, entre 1927 e 1932, José Domingues dos Santos (1885-1958), primeiro-ministro da I República. Na prática, esta casa funcionou como sede informal da "Liga de Defesa da República", mais conhecida como "Liga de Paris".

A "Liga" foi uma estrutura oposicionista à ditadura militar implantada em Portugal em 28 de maio de 1926, que congregou personalidades como Afonso Costa, Jaime Cortesão, António Sérgio, Raul Proença, Bernardino Machado, Álvaro de Castro, Jaime de Morais e muitos outros. Sobre a atividade deste grupo de exilados, tomei a iniciativa de organizar na Embaixada, inserido nas comemorações do centenário da República, um colóquio com historiadores portugueses e franceses.

A importância da indústria para a saída da crise

Sem querer ser exaustivo na abordagem dum tema tão complexo creio necessário neste tempo de austeridade e desemprego, refletir sobre as razões da importância da indústria como uma das vias para uma saída da crise a favor dos que vivem do trabalho.

Rajoy não convence ninguém sobre saúde da banca espanhola

"Não vamos deixar nenhuma região ou entidade financeira cair, porque senão é o país que cai", disse ontem o primeiro-ministro espanhol, numa declaração à imprensa convocada para reafirmar que a Espanha não necessita de um plano de resgate financeiro e a tentar serenar a opinião pública sobre a saúde de um sistema financeira que parece estar na eminência de um colapso.

Bloco vota contra isenção de taxas ao Rock in Rio

Mais uma vez o executivo municipal propôs que a empresa Better World, multinacional que produz o Rock in Rio, ficasse isenta do pagamento de taxas municipais. A isenção para a edição de 2014 foi discutida esta terça feira na Assembleia Municipal de Lisboa (AML). Desde a primeira edição em 2004, o município beneficiou sempre a Better World com generosas isenções de taxas e apoios com serviços municipais.

Diplomacia


Há semanas, o "Diário de Notícias" inseria um texto sobre as atividades delituosas de um vice-cônsul português no estrangeiro, qualificando-o como "diplomata". A utilização desta designação já vinha do passado.

Numa carta ao diretor do jornal, expressei há semanas o meu protesto pela abusiva utilização desse qualificativo, prática seguida, aliás, por outros pares da imprensa, menos atentos à especificidade da função diplomática. Quando um diplomata comete um delito, deve ser tratado como tal. Quando esse delito é da responsabilidade de um qualquer outro funcionário do MNE em ação no exterior deve ser identificada a sua função específica. Um diplomata é um diplomata, um vice-cônsul é um vice-cônsul.

Hoje, numa nova reportagem sobre o tal assunto do vice-cônsul, o DN trata a questão em termos perfeitamente corretos. Não quero estabelecer nenhuma relação de causa-e-efeito com a minha carta, mas registo e congratulo-me com o rigor jornalístico da peça da jornalista Mariana Oliveira.

Em tempo: chamam-me a atenção para o facto do meu colega António Russo Dias ter também colocado "os pontos nos is" sobre este assunto, numa carta enviada ao DN, acolhida aqui pelo provedor dos leitores do jornal, Óscar Mascarenhas. Como dizia alguém de cujo nome me não quero lembrar, todos não somos demais...

Portugal arrisca multa diária de 22 mil euros nas telecomunicações.

Proteger os operadores nacionais, em vez dos cidadãos, dá nisto…

“O valor da coima diária foi hoje divulgado pelo executivo comunitário, que pede ao Tribunal de Justiça que multe também a Eslovénia, a Bélgica, a Polónia e a Holanda (com coimas diárias diferentes).
Em causa está o facto de, a 25 de Maio do ano passado, Portugal e estes quatro países não terem concluído o processo de transposição para o direito nacional de dois novos diplomas, a directiva Legislar Melhor e a directiva Direitos dos Cidadãos, que alteram cinco diplomas.
Na proposta enviada ao Tribunal de Justiça, é proposto que cada um dos cinco Estados-membros pague uma multa diária “desde a data do acórdão até à notificação da transposição cabal das regras das telecomunicações para o direito nacional”, explica a Comissão numa nota. Bruxelas sublinha, no entanto, que poderá não dar seguimento à medida “se as medidas de transposição lhe forem notificadas”.
Para Portugal, a coima proposta é de 22.014 euros por dia, para a Eslovénia é de 13.063 euros, para a Bélgica é de 70.353 euros, para a Polónia é de 112.190 euros, e para a Holanda é de 105.688 euros. O valor varia em função dos elementos em falta para estar concluída a transposição das regras.
No caso de Portugal, falta transpor um elemento relacionado com a antiga directiva sobre privacidade, adiantou à agência Lusa um porta-voz da Comissão Europeia.
As novas regras, que alteram a directiva-quadro das telecomunicações e as directivas “acesso”, “autorização”, “serviço universal” e “privacidade nas comunicações electrónicas”, permitem que se possa mudar de operador de comunicações telefónicas, fixas ou móveis, sem ser preciso mudar de número.
Em matéria dos direitos dos utilizadores da Internet, os operadores devem prestar-lhes informação “quando outras partes guardem ou acedam a dados nos seus computadores”.
Em caso de perda de dados pessoais dos utilizadores das telecomunicações, os operadores têm ainda de informar “prontamente os clientes e as autoridades de protecção dos dados”. PUBLICO.

O que a Troika queria Aprovar e Não conseguiu!

Não sei como se sabem estas coisas... Mas seria bom que tudo isto se efectivasse, com troika ou sem ela.

NENHUM GOVERNANTE, FALA NISTO... PUDERA...

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República.
2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem ser auditados*?
6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. (algumas sim, outras não, conforme a zona do país) Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;.
10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.
14. Controlar o pessoal da Função Pública (no que toca aos quadros superiores, onde muitos deles não fazem nada e ainda atrapalham quem trabalha, pagos por nós) que nunca estão no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.
17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e> entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.
19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.
20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
23. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".
24. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;
25. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".
26. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.
27. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
28. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
29. Pôr os Bancos a pagar impostos.

Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros o Estado.

Ao "povo", pede-se o reencaminhamento e divulgação deste postal, até percorrer todo o País e estrangeiros...

um dos grandes tesouros da China!

Só mesmo os asiáticos para um trabalho tão bonito. Sigam as instruções

 Vão com calma e passeiem neste longo quadro.
Desloquem o cursor de um lado para o outro, ou simplesmente parando com o rato para fixar aquela parte que desejam ver.
Logo que apareçam os quadrados brancos cliquem neles. São 3 e verão o imaginário desenrolar-se de forma animada, para além do que está no quadro.
É um quadro chinês muito célebre.
As pessoas fazem fila de horas no museu de Xangai para o ver.
O quadro foi pintado cerca de 1085-1145, durante a dinastia da "Canção do Norte".  Foi repintado durante a dinastia Qing.
Mede 5,28m de comprimento e 24,8cm de altura.
É considerado como um dos grandes tesouros da China e foi exposto no museu de arte de Hong-Kong no ano passado.

http://www.npm.gov.tw/exh96/orientation/flash_4/index.html

SUBSÍDIOS FÉRIAS E NATAL 2 012.- Dec. Lei não foi revogado

Dec. Lei n.º496/80 de 20 Outubro Os nossos governantes e a Troika
desconhecem isto!!!! Não tiveram tempo para consultar este decreto-lei
uma vez que data de 1980..... Como pode o Governo Central retirar os
subsídios de férias e de natal se o Decreto-lei nº. 496/80,o qual não
foi revogado, no seu artº.17, diz que os mesmos são inalienáveis e
impenhoráveis. Faz a tua parte e divulga o máximo que te for possível.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pelo mundo fora!



Os arautos da transparência, têm como adjunto do primeiro-ministro, o senhor Carlos Moedas...

Os arautos da transparência, têm como adjunto do primeiro-ministro, o senhor Carlos Moedas, que se veio agora a saber ter 3 empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação, tendo tido como sócios, Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Button a quem comprou todas as quotas em Dezembro passado.
Como clientes tem a Ren, a EDP, o IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros entre outros.
Nada obsceno para quem é adjunto de PPC !!!
E não é que o bom do Moedas até comprou as participações dos ex-sócios para "oferecer" o bolo inteiro à mulher???!!!!. Diz ele à Sábado.
Não esquecer ainda que o Carlos Moedas é um dos homens de confiança do Goldman Sachs, a cabeça do Polvo Financeiro Mundial, onde estava a trabalhar antes de vir para o Governo.
Também o António Borges é outro ex-dirigente do Goldman e que agora está a orientar(!?!?) as Privatizações da TAP, ANA, GALP, Águas de Portugal, etc.
Adoro estes liberais de trazer por casa, dependentes do Estado, quer para um emprego, quer para os seus negócios.
Lamentavelmente, a política económica suicidária da UE, que resultou nas tragédias que ja todos conhecem, acresce a queda do Governo Holandês (ironicamente, acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê o seu espaço de manobra cada vez mais reduzido e os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos. Vale a pena lembrar uma vez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc. apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única. Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte ­americano levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores. Ficou também demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido. Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (com prejuízo para os seus clientes).
Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece corn a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras. Desde a crise financeira de 1929 que o Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos. Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como condena milhões de pessoas a fome.
No que toca a canibalização económica de um país a fórmula é simples: o Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas. Em simultâneo impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse pais. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais.
Como as empresas nacionais estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão não conseguem competir e acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais.
A estratégia predadora do Goldman and Sachs tem sido muito eficiente. Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações. Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc. fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respectivamente), entre outros. Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs. Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias.
Texto de Domingos Ferreira
Professor/Investigador Universidade do Texas, EUA, Universidade Nova de Lisboa

in https://www.google.pt/search?sourceid=chrome&ie=UTF-8&q=Os+arautos+da+transpar%C3%AAncia%2C+t%C3%AAm+como+adjunto+do+primeiro-ministro

 

Reportagem da RTP reacende polémica sobre estudo com crianças da Casa Pia.

Chamaram-lhe "Casa Pia Study". Foi noticiado pelo PÚBLICO a 14 de Novembro de 2003. Diz respeito a um estudo norte-americano sobre o uso de de amálgamas de mercúrio, os vulgares "chumbos", nos tratamentos dentários com 500 crianças da Casa Pia. Desde o primeiro dia, houve polémica – que se reacendeu agora, graças a uma reportagem emitida segunda-feira à noite pela RTP1. PUBLICO.

Directora do FMI continua sob crítica: ganha 380 mil/ano livre de impostos.

A directora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, ganha 380 mil euros por ano em salário, livre de impostos. A remuneração de Lagarde está a ser criticada depois de aquela responsável ter dito, numa entrevista durante o fim-de-semana, que os gregos devem empenhar-se em ajudar o país a braços com uma grave crise, pagando os seus impostos. PUBLICO.PT

terça-feira, 29 de maio de 2012

Bruxelas quer ferrovia entre Sines e Madrid que suporte velocidade de 200 km/h

Há trinta anos (30) que defendo que esta linha é prioritária!!! 

“O jornal refere que a carta, datada de 18 de Maio, foi enviada pelo coordenador de Transportes da Comissão Europeia, o italiano Carlo Sechhi, ao ministro português da Economia, Álvaro Santos Pereira, e à ministra espanhola do Fomento, Ana Pastor.
Os planos portugueses para a ferrovia, que se traduzem numa linha de velocidade elevada para transporte de mercadorias, estiveram em cima da mesa numa reunião, em Fevereiro, entre o ministro português e a homóloga espanhola. Portugal tem insistido na construção de uma linha de bitola europeia, dedicada ao transporte de mercadorias, entre Sines e Badajoz, para facilitar as exportações portuguesas para a Europa, o que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu em Março ser desejável estar pronta até 2014.
Na carta citada pelo jornal espanhol, o coordenador de Transportes da Comissão Europeia defende a construção da ligação entre Lisboa e Madrid, quanto antes e independentemente se a linha é para comboios convencionais ou de alta velocidade, que una as duas capitais em menos de cinco horas com comboios a 200 quilómetros por hora.
A linha suportaria mercadorias de Sines e, refere a Comissão Europeia, poderia ser adaptada, a médio prazo, a alta velocidade. Bruxelas defende a construção de uma ligação entre Évora e a fronteira espanhola para garantir uma ligação mais directa do que a actual.
Declarando-se consciente das dificuldades financeiras que atravessa Portugal, Sechhi refere, ainda segundo o mesmo jornal, que uma das hipóteses poderia ser construir uma linha convencional. Posteriormente, e quando a conjuntura económica melhore, modernizar-se-ia o traçado para aguentar comboios de 250 ou 300 quilómetros por hora.
Detalhando a sua proposta, Secchi refere que, numa primeira fase, seria construída a plataforma do traçado Évora-Caia com via dupla, com linhas de bitola ibérica (1,666 metros) como os existentes em toda a rede convencional dos dois países.
Esta “seria adaptada a bitola internacional [1,435 metros e usado na maior parte da Europa para a alta velocidade] no futuro”, refere. Isso “permitiria garantir de forma relativamente rápida o funcionamento da linha de mercadorias entre Sines e Madrid e, ao mesmo tempo, efectuar a conexão entre Lisboa e Madrid em quatro horas e meia ou cinco com velocidades de 200 quilómetros por hora”. Desta forma, Portugal poderia garantir “em um relativamente curto espaço de tempo, ligar o porto de Sines com Espanha e até França, proporcionando, além disso, uma melhor conexão de passageiros” entre as duas capitais e “permitindo fechar o ramal de Cáceres”.
Para uma fase posterior, à espera de que Espanha termine as obras do TGV até Badajoz, ficaria pendente a electrificação da linha e a instalação dos sistemas de segurança e sinalização para comboios de alta prestação.
Contempla também a proposta, quando “a disponibilidade financeira o permita”, realizar a modernização dos traçados actuais de Évora a Lisboa e a Sines.
Secchi defende a viabilidade económica da proposta já que a curto prazo se reduziriam os custos face ao abandonado TGV e sendo que o grosso das obras seriam co-financiadas “até 95%” – com fundos europeus.
Sem referir o custo estimado da infra-estrutura, o responsável europeu defende que o desenvolvimento da linha por fases “possibilitaria minimizar as necessidades de financiamento próprio” por parte de Portugal, utilizando Fundos de Coesão do período 2007-2014, parte das ajudas concedidas pela Rede Transeuropeia de Transportes ao troço Caia-Poceirão (245 milhões de euros) e com fundos adicionais do próximo orçamento 2014-2020. Carlo Sechhi pede uma reunião das três partes para discutir a proposta e assegura que, com este plano, Espanha teria garantida a obtenção de fundos europeus aprovados para o AVE a Badajoz no período 2007-2014.” PUBLICO.

Grécia

Na Grécia, o povo votou e os políticos que escolheu consideraram-se incapazes de gerar uma solução governativa que permitisse impor as reformas que ajuda externa hoje exige. Por essa razão, a Grécia regressa, daqui a dias, às urnas, na esperança de que o povo grego reveja o seu sentido de voto e faça uma escolha diferente.

E se não o fizer? E se o sentido desse voto confirmar a não aceitação das políticas de rigor que, há mais de dois anos, estão a ser impostas ao país, sem que, no entanto, os gregos vejam uma luz de esperança, ao fundo do túnel de sofrimento que atravessam?

Ontem, um português, amigo de há mais de meio século, que vive na Grécia, deixou-me no Facebook a mensagem: "por aqui vai tudo mal, mas ainda vai ser pior".

E juntou-lhe um poema de Gunter Grass, que ele próprio traduziu:

"A vergonha da Europa"

À beira do caos porque fora da razão dos mercados,
Tu estás longe da terra que te serviu de berço.

O que buscou a Tua alma e encontrou
rejeita-lo Tu agora, vale menos do que sucata.

Nua como o devedor no pelourinho sofre aquela terra
a quem dizer que devias era para Ti tão natural como falar.

À pobreza condenada a terra da sofisticação
e do requinte que adornam os museus: espólio que está à Tua cura.

Os que com a força das armas arrasaram o país de ilhas
abençoado levavam com a farda Hölderlin na mochila.

País a custo tolerado cujos coronéis
toleraste outrora na Tua Aliança.

Terra sem direitos a quem o poder
do dogma aperta o cinto mais e mais.

Trajada de negro, Antígona desafia-te e no país inteiro
o povo cujo hóspede foste veste-se de luto.

Contudo os sósias de Creso foram em procissão entesourar
fora de portas tudo o que tem a luz do ouro.

Bebe duma vez, bebe! grita a claque dos comissários,
mas Sócrates devolve-Te, irado, a taça cheia até à borda.

Os deuses amaldiçoarão em coro quem és e o que tens
se a Tua vontade exige a venda do Olimpo.

Sem a terra cujo espírito Te concebeu, Europa,
murcharás estupidamente.

EUA autorizam a China a negociar diretamente com o Tesouro, a compra de títulos norte-americanos

As novas regras de relacionamento significam que o Banco do Povo da China compra agora papéis da dívida dos EUA por método exclusivo, diferentemente do autorizado a qualquer outro banco central no mundo.

Grécia: Chegaram os Fundos-Abutre

Nem todos estão descontentes com a asfixia da economia grega. Na terça-feira, um grupo de "investidores" financeiros ganhou a taluda na economia grega, apenas por serem os jogadores menos escrupulosos do mercado.
Dart Management é um fundo de investimento com sede nas Ilhas Caimão, um território britânico conhecido pelo seu estatuto de paraíso fiscal. O seu modelo de negócios garantiu-lhe o título de "fundo-abutre".

Síria: massacre recebe condenação internacional

O Conselho de Segurança da ONU condenou, este domingo, por unanimidade – ou seja, com o apoio da Rússia e da China – o massacre de sábado, na Síria, ocorrido em Houla, e que vitimou mais de uma centena de pessoas, incluindo 32 crianças com menos de 10 anos de idade. A decisão daquele órgão da ONU deixa Damasco sem dois dos seus principais aliados internacionais e põe a descoberto o cada vez maior isolamento do regime de Bashar al-Assad.

Greve de jornalistas paralisa comunicação social na Grécia

Uma greve de 24 horas contra despedimentos e cortes salariais devido à crise paralisou esta segunda-feira grande parte dos órgãos de comunicação social da Grécia. As redações da maioria das estações televisivas e de rádio, bem como da agência noticiosa do país, Ana, não estão a emitir qualquer informação, enquanto os principais sites de notícias não estão a ser atualizados.

Camões em Paris

Aproxima-se o dia 10 de junho, dia que Portugal escolheu para sua data nacional, uma data que é, simultaneamente, a da morte de Luiz de Camões, em 1580.

Esse foi o ano em que a independência do país se perdeu para a Espanha, por seis décadas. Foi recuperada em 1 de dezembro de 1640, uma data que, oficial ou privadamente, sempre comemorarei.

Acho que diz muito de um povo escolher, como sua data identitária, o dia triste da morte de um poeta. Não sei o que os poetas portugueses pensarão disso. Ficarão orgulhosos? Ou, como Woody Allen, acharão que a melhor maneira de garantirem a imortalidade seria, de facto, não morrerem?

Há dias, Eduardo Lourenço, numa entrevista, revelava que o único livro que sempre o acompanhava nas viagens era uma edição de bolso de "Os Lusíadas". Embora Camões, vale a pena lembrar, seja muito mais do que esse poema épico. Faço parte de uma geração que foi academicamente educada a "não gostar" de Camões, ao forçarem-me a "dividir as orações" em "Os Lusíadas", em lugar de me revelarem aquela obra como um percurso ímpar pela graça da nossa História. Felizmente, consegui ultrapassar o trauma, a tempo.

Aqui por Paris, vamos, este ano, e uma vez mais, celebrar Camões, por volta dessa data.

Na Embaixada, vamos organizar uma conferência, por uma especialista de Camões, a professora universitária Maria Vitalina Leal de Matos, sobre o tema "Camões: l'homme, l'oeuvre et le mythe". Será na terça feira, dia 5 de junho, pelas 18,30 horas, no 3 rue de Noisiel, sendo o metro mais próximo o "Porte Dauphine". Por razões de espaço, as entradas não são livres. Quem quiser assistir, deve solicitar um convite pelo telefone 01 53 92 01 00 ou, de preferência, pelo mail: instituto.camoes.paris@wanadoo.fr.

Na imagem deste post, estão as escadas da avenue Camoëns (como os franceses chamam a Camões), junto ao boulevard Delessert, muito próximo do Palais de Chaillot, no lado do Sena oposto à Tour Eiffel. Na sua base está, desde 1987, este monumento ao poeta, de autoria de Clara Meneres. No dia 10 de junho, tal como em todos os anos passados, o pessoal da Embaixada de Portugal irá, pelas 11.00 horas, colocar aí uma coroa de flores. Quem quiser acompanhar-nos será muito bem vindo.

RTP: trabalhadores colocam administração em tribunal

A comissão de trabalhadores (CT) da RTP anunciou esta segunda-feira que entregou, na sexta-feira passada, uma ação judicial contra o conselho de administração da televisão pública. "Contra o desmantelamento da RTP, recorremos aos tribunais", afirma a CT em comunicado citado pela Lusa, garantindo que, "antes de decidir dar este passo, esgotou todas as vias possíveis para entabular um diálogo construtivo".

China: governo fez desaparecer Chen Guangfu

Desde sexta-feira, Chen Guangfu encontra-se desaparecido, segundo informou a agência de notícias Reuters.
 

Queremos Homens Completos ou Meros Cidadãos?

Queremos Homens Completos ou Meros Cidadãos? A educação actual e as actuais conveniências sociais premeiam o cidadão e imolam o homem. Nas condições modernas, os seres humanos vêm a ser identificados com as suas capacidades socialmente valiosas. A existência do resto da personalidade ou é ignorada ou, se admitida, é admitida somente para ser deplorada, reprimida ou, se a repressão falhar, sub-repticiamente rebuscada. Sobre todas as tendências humanas que não conduzem à boa cidadania, a moralidade e a tradição social pronunciam uma sentença de banimento. Três quartas partes do Homem são proscritas. O proscrito vive revoltado e comete vinganças estranhas. Quando os homens são criados para serem cidadãos e nada mais, tornam-se, primeiro, em homens imperfeitos e depois em homens indesejáveis.

A insistência nas qualidades socialmente valiosas da personalidade, com exclusão de todas as outras, derrota finalmente os seus próprios fins. O actual desassossego, descontentamento e incerteza de propósitos testemunham a veracidade disto. Tentámos fazer homens bons cidadãos de estados industriais altamente organizados: só conseguimos produzir uma colheita de especialistas, cujo descontentamento em não serem autorizados a ser homens completos faz deles cidadãos extremamente maus. Há toda a razão para supor que o mundo se tornará ainda mais completamente tecnicizado, ainda mais complicadamente arregimentado do que é presentemente; que graus cada vez mais elevados de especialização serão requeridos dos homens e mulheres individuais. O problema de reconciliar as reivindicações do homem e do cidadão tornar-se-á cada vez mais agudo. A solução desse problema será uma das principais tarefas da educação futura. Se irá ter êxito, e até mesmo se o êxito é possível, somente o evento poderá decidir.

Aldous Huxley, in "Sobre a Democracia e Outros Estudos"

O Paradoxo da Afectividade.

Cesare Pavese

O erro dos sentimentais não está em crer que existem «ternos afectos», mas em se considerarem com direito a esses afectos, em nome da sua própria natureza. Enquanto apenas as naturezas duras e resolutas sabem criar à sua volta um círculo de ternas afeições. E é evidente - tragédia - que essas o gozam menos. Quem tem dentes, etc.


Cesare Pavese, in "O Ofício de Viver"

A Noite Suavemente Descia.

A noite
Suavemente descia;
E eu nos teus braços deitádo
Até sonhei que morria.
E via
Goivos e cravos aos mólhos;
Um Christo crucificado;
Nos teus olhos,
Suavidade e frieza;
Damasco rôxo, cinzento,
Rendas, velludos puídos,
Perfumes caros entornados,
Rumôr de vento em surdina,
Insenso, rézas, brocados;
Penumbra, sinos dobrando;
Vellas ardendo;
Guitarras, soluços, pragas,
E eu... devagar morrendo.
O teu rosto moreninho,
Eu achei-o mais formoso,
Mas, sem lagrimas, enxuto;
E o teu corpo delgado,
O teu corpo gracioso,
Estava todo coberto de lucto.
Depois, anciosamente,
Procurei a tua boca,
A tua boca sadía;
Beijámo-nos doidamente...
- Era dia!
E os nossos corpos unidos,
Como corpos sem sentidos,
No chão rolaram... e assim ficaram!...


António Botto, in 'Canções'

Inédito

(de "Antologia de poesia portuguesa erótica e satírica") 

Inédito

Nunca te foram ao cu
Nem nas perninhas, aposto!
Mas um homem como tu,
Lavadinho , todo nu, gosto!
Sem ter pentelho nenhum
com certeza, não desgosto,
Até gosto!
Mas... gosto mais de fedelhos.
Vou-lhes ao cu
Dou-lhes conselhos,
Enfim... gosto!

António Botto

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A boleia


Há semanas, num cruzamento de estrada, na Alemanha, e num segundo, veio-me à memória uma história passada na segunda metade dos anos 60, também na parte ocidental daquele país, também numa confluência de caminhos, num tempo em que, em férias, eu percorria a Europa "à boleia".

(Para as gerações atuais, desde as que já usufruíram do Interail até às que hoje usam a Ryanair, pode parecer bizarra aquela forma de viajar. Hoje, praticamente, ninguém dá boleias, por muitas razões, em especial as questões de segurança. Nesse tempo, as coisas eram muito diferentes. Percorriam-se milhares de quilómetros, sem grandes cuidados, com a graça de conhecer gentes diferentes, sem grandes custos, num acumular de experiências bastante ricas. Eu que o diga! Um ano, saí de Lisboa, da Rotunda do Relógio, chegando até à fronteira da Suécia com a Noruega, dormindo em Pousadas de juventude, passando vários dias em Paris, Amesterdão e Copenhague, "mecas" para alguns de uma geração portuguesa que tentava escapar sazonalmente à periferia. E, noutros dois anos, fiz aventuras similares, embora menos ambiciosas.)

Mas voltemos à estrada. Já não me recordo bem qual a cidade do sul da Alemanha que, naquele dia de século passado, eu pretendia alcançar, mas tinha escrito o seu nome a letras grandes na página de um largo bloco que eu utilizava para solicitar as boleias. A certo passo, parou um automóvel, conduzido por um cavalheiro idoso. Num inglês algo macarrónico mas suficiente, confirmou o meu destino e convidou-me a entrar no carro.

Nesse instante, dei-me conta que era uma pessoa que não utilizava os pedais da viatura, devido a uma acentuada deficiência física. Junto ao volante, tinha manípulos para o acelerador e o travão. Terá sido porventura o olhar menos discreto que deitei para tão pouco usuais instrumentos que logo levou o meu disponível condutor a explicar que havia sido ferido na Segunda Guerra, na frente leste. "Foram os russos que me fizeram isto", disse, com uma voz cortante, para logo acrescentar: "E foram também os russos, durante a invasão do meu país, que mataram a minha mulher".

Não me recordo da minha reação, porque havia muito pouco que eu pudesse dizer, perante a tragédia que afetara, de forma tão brutal, a vida aquele homem. O tempo que vivíamos era de plena "guerra fria", havia ainda duas Alemanhas, os russos e a sua influência estavam por muito perto, apenas a algumas dezenas ou centenas de quilómetros.

O meu condutor sentiu-se estimulado a continuar a falar contra os russos, contra o comunismo, contra o executivo da "grande coligação", entre os cristão-democratas da CDU e os social-democratas do SPD, que então governava em Bona, em particular contra o então MNE Willy Brandt, que ele achava "um traidor", um esquerdista "vendido aos vermelhos". Ora eu, à época, até considerava Brandt um excessivo moderado, e a expressão "social-democrata", no nosso jargão político-radical de então, tinha uma sonoridade quase insultuosa. Por uma proverbial prudência, mantive-me calado, evitando qualquer comentário que pudesse aumentar a quase ira que jorrava do discurso prolixo e incessante do meu interlocutor.

"Mas isto vai mudar, você vai ver! Aqui na Alemanha, estamos a organizar um novo partido, o NPD, e vamos dar a volta a isto. Um destes dias, vamos acabar com esses vermelhos e vamos criar um regime novo. A Alemanha é um grande país. Temos de resgatar a nossa memória e deixar de ter complexos quanto ao regime que tivemos durante a guerra, que só foi derrotado pela aliança entre as democracias corruptas do ocidente e os bandidos comunistas. Vou hoje mesmo para uma reunião do NPD onde, com gente que combateu na Wehrmacht, mas também já com muitos jovens patriotas, estamos a preparar o futuro. Os Brandts e estes democratas traidores que nos governam vão ter a devida lição".

Importa lembrar, chegado a este ponto, que o NPD foi um partido neonazi criado em 1964, que nunca conseguiu fazer-se eleger para o parlamento federal, mas que chegou a estar representado em assembleias estaduais. A sua influência foi sempre muito diminuta na política alemã e alguma radicalização da conservadora ala bávara dos cristão-democratas, a CSU, de Franz-Josef Strauss, terá contribuído para esse inêxito.

Aquela viagem estava a ser-me muito incómoda. Ia-me enterrando cada vez mais no banco do automóvel, desejoso que aquilo acabasse rapidamente, perturbado por aquele insólito encontro com uma Alemanha que apenas pelos jornais sabia que existia. Mas, ao mesmo tempo, olhando para o drama pessoal daquele homem, até era levado a entender que ele pudesse pensar da maneira que o fazia. Num certo momento, num cruzamento, tive uma inspiração: disse-lhe que, afinal, tinha mudado de ideias e que ficaria por ali, mudando os meus planos de percurso. Parou, eu retirei a mochila do banco de trás, agradeci a amabilidade da boleia e, quando me preparava para fechar a porta, ouvi-o perguntar "Você disse que era português?" Confirmei, para logo o ouvir de volta: "Que sorte que você tem de viver num país que tem à frente o Salazar. Aquilo é que é um homem!".

Não tenho a certeza, mas, baralhado como eu estava e desejoso de me ver livre do neonazi que, no fundo, tão amável tinha sido para comigo, confesso que não estou nada seguro de não ter confirmado...

Irlanda: “Rejeitar as falsas ameaças do governo”

No site do Partido Socialista para a campanha contra o "tratado da austeridade", Paul Murphy, deputado europeu eleito pelo Partido Socialista/Aliança da Esquerda Unitária (United Left Alliance) e membro do Grupo da Esquerda Unitária (GUE/NGL), explica porque razão os irlandeses devem recusar o Pacto Orçamental Europeu e exigir uma alternativa:

João de Sá Coutinho (1929-2012)

Através de um amigo comum, acabo de tomar conhecimento da morte, no dia de hoje, do embaixador João de Sá Coutinho.

Para a minha geração no MNE, Sá Coutinho representava, de certo modo, a "carreira" que soubera transformar-se, com naturalidade democrática, num apoio à nova diplomacia pós-25 de abril. Alguns meios mais conservadores chamaram-lhe, por essa altura, o "conde vermelho", numa alusão ácida às suas origens aristocráticas, bem simbolizadas na sua magnífica casa em Ponte de Lima.

Conheci-o pessoalmente quando, como então era da praxe, me fui apresentar nas Necessidades, no final de 1985, regressado de Luanda. Eu saíra desse posto um pouco à pressa, motivado por um convite formal que recebera da hierarquia diplomática para vir a assumir um lugar de chefia intermédia em Lisboa, nas novas estruturas criadas para a nossa próxima entrada nas instituições europeias. Recordo o embaraço de Sá Coutinho, então secretário-geral do ministério, quando se viu obrigado a informar-me que, por ordens "de cima" a que era totalmente alheio, a "casa" já não contava comigo para ocupar essa chefia... Na sua impotência perante o inevitável, senti-o solidário.

A vida não fez com que nos cruzássemos muito. Às vezes, nas minhas não raras passagens por Ponte de Lima, voltei a encontrá-lo pelas esplanadas do Largo de Camões, esguio e elegante, sempre com aquele sorriso algo irónico, que era a sua imagem de marca pessoal, com que acompanhava as graças que lhe saíam fáceis, de quem olhava a vida com olhos sábios e serenos.

Há meses, a propósito de uma historieta que por aqui contei, em que ele era a figura central, escreveu-me uma carta divertidíssima, fantasiando uma suposta colocação minha em Nouakchott, aliada à decisão excecional que, segundo me "informava", teria sido tomada no sentido de o enviar a ele para Paris, forçando a minha substituição. Pelo meio, dava-me conselhos deliciosos, como a compra de um camelo para serviço na nova embaixada, aconselhando-me também a planear fins-de-semana turísticos e gastronómicos em... Bissau.

João de Sá Coutinho, que, tal como o meu pai, era um orgulhoso minhoto de Ponte de Lima, foi um grande senhor da nossa diplomacia, um profissional distinto. Acima de tudo, era um homem de bem que soube servir e honrar o seu país.

Cavaco ataca a Grécia

 
"O único problema que existe neste momento [na União Europeia] chama-se Grécia. Portugal deseja que a Grécia permaneça na zona do euro, mas essa decisão depende do povo grego e essa decisão será com certeza manifestada nas eleições gregas que vão ter lugar a 17 de junho", afirmou Cavaco Silva em Sidney, perante empresários portugueses residentes na Austrália, segundo a agência Lusa.
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Rússia

Somos dois...

De há muito que deixei de ligar ao festival da Eurovisão, que, salvo algumas exceções, se converteu num espetáculo "kitsh", de qualidade quase sempre muito duvidosa. O facto de algumas das nossas participações nacionais terem oscilado entre o estanhado mau-gosto e o retorno a um nacional-cancionetismo de novo tipo também me estimulou a perder tempo com aquele festival.

Desta vez, porém, reconciliei-me, momentaneamente, com a Eurovisão. Ao ver e ouvir as velhotas russas, dei por mim a apreciar, com gosto, o espetáculo e a pensar que, por uma vez, o passado pode vir a ter imenso futuro.

Estado assume dívida de Aprígio Santos.

Como???

Estado assume activos tóxicos de 130 milhões de euros de presidente da Naval 1º Maio. CdaM

Acabar com a economia paralela pode resolver défice.

Digo o mesmo, e há muitos anos!

“O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, defendeu hoje um combate cerrado à economia paralela, sublinhando que em causa estão 15.000 milhões de euros que "quase" resolviam o problema do défice de Portugal.” DN

Miguel Relvas: "Vou sair mais forte"

Como é que ainda não se demitiu, ou Passos Coelho o demite? Não foi o suficiente ainda, com mentiras, pressões, e outros…?

“A pressão política sobre o braço-direito do primeiro-ministro não acalmou. A oposição pede esclarecimentos extra no parlamento e o incómido existe mesmo dentro do PSD…“DN

Aulas no privado dadas pelo chefe.

“A Estradas de Portugal (EP) pagou formação a, pelo menos, sete funcionários do departamento de informática numa universidade privada ( Lusófona). O director do curso era o superior hierárquico dos trabalhadores em questão. CdaM

Frota milionária vale mais de 1,6 milhões.

O que considero interessante é ninguém questionar a proveniência do dinheiro… Seja em que assunto for de Angola.

“A frota automóvel do presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA) vale mais de 1,6 milhões de euros. São 11 veículos e uma moto que Álvaro Sobrinho adquiriu, em particular ao longo dos últimos três anos…” CdaM

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Se

Durante dois dias, por razões que não vêm para o caso, estive ligeiramente "alheio" à informação sobre o que se passa em Portugal.

Hoje, ao retomar o contacto, leio esta frase do Dr. Jardim Gonçalves, antigo presidente do BCP, a propósito da entrada do Estado nos capitais dos bancos:


Devo dizer que, antes de terminar o dia, vou tentar encontrar uma gramática de língua portuguesa, porque me dou conta que, afinal, estou um pouco desatualizado quanto à utilização dos pronomes reflexos.

Crioestaminal suspende anúncio

A Crioestaminal anunciou que, a pedido de "muitos" pais, suspendeu o polémico anúncio onde defende os benefícios da recolha das células do cordão umbilical". A decisão da empresa surge poucas horas depois do deputado João Semedo ter apresentado uma queixa sobre essa campanha publicitária, junto do Instituto Português do Sangue e Transplantação e da Entidade Reguladora da Comunicação Social.

O homem que abre portas nos negócios

Na Finertec, fez negócios para Angola

Milícias pró-Eduardo dos Santos atacam opositores

Milícias pró-Eduardo dos Santos atacam opositores.

Imprensa


Tem vindo a ser extremamente curioso acompanhar a evolução de alguma imprensa francesa, no período posterior às eleições presidenciais. Com algumas exceções, essa imprensa - não falo dos órgãos regionais, que não acompanho - assumiu, ao longo do último ano, uma clara atitude política, de apoio ou de oposição, em face daqueles que eram os dois principais candidatos. Alguns desses orgãos de comunicação social foram de um seguidismo quase militante, tornando-se verdadeiros instrumentos de campanha, quer na defesa do seu político preferido, quer na diabolização daquele de quem não gostavam.

O resultado das eleições, revertendo a realidade face ao statu quo ante, obrigou a uma reconversão de atitude, a qual, nota-se, não está a ser fácil. Passar da oposição à "situação" (como se dizia no Estado Novo) pressupõe o abandono de um estilo exaltado e a criação de outro mais sereno. Sair de esteio mediático do poder para se transformar numa tribuna acerba de combate requer a adoção de uma nova tipologia jornalística, que se vê até na construção dos títulos. São culturas diferentes, que apenas o tempo ajudará a sedimentar. Para um observador exterior, é, sem dúvida, um fenómeno muito interessante para se observar.

Noto que esta realidade se prolonga aqui também pelos "sites" noticiosos, que, em alguns casos, têm considerável importância e influência. Já a blogosfera não é, em França, tão proeminente como entre nós, aparecendo quase sempre como mero prolongamento escrito de outra ação pública mais visível dos seus titulares.

Velharias


Não tenho por hábito regular fazer aqui apologia de outros blogues. Mas, desta vez, não resisto. Um amigo chamou a minha atenção para este magnífico Restos de Colecção, onde se recolhem coisas antigas (como o próprio "c" na palavra "colecção").

Este cartaz da União Nacional é imperdível, por todas as razões, em especial por essas em que o leitor está a pensar...

Investidores do Facebook processam bancos

As autoridades judiciais americanas receberam quarta-feira queixas de investidores que se consideram lesados pela forma como a rede social Facebook entrou em bolsa. Acusam os bancos Morgan Stanley, Goldman Sachs e a própria empresa de terem omitido informações sobre o real valor da rede social enquanto ocorria a oferta pública que marcou a entrada em bolsa.

Crise: carros de luxo ganham quota em Portugal

Portugal lidera a queda da venda de carros na Europa, com uma quebra de 46,8% até abril, a maior entre os países da União Europeia. Mas há marcas cuja quebra é menor que outras. O resultado está a criar situações inéditas. Pela primeira vez, BMW e Audi vendem mais que Opel, Ford, Citroen ou Fiat, algo que aparentemente era impensável.

Samuel Pisar

Há dias em que, por precipitação, falamos demais. Ontem, para mim, foi um deles.

Num jantar, aqui em Paris (alguns comentadores acham que a vida dos diplomatas é feita de jantares: é verdade, temos o hábito, quiçá excessivo, de jantar uma vez por dia), fiquei sentado próximo de um cavalheiro, já de certa idade, que, em determinado momento, e tendo sabido que eu era português, se referiu a uma homenagem que vai ser prestada, na UNESCO, a Aristides de Sousa Mendes. Revelou-me estar envolvido na organização e eu congratulei-me logo com isso, tanto mais que, como o informei, era agora o representante português na UNESCO e também ia colaborar no evento. Porque, à mesa, havia uma senhora de permeio e porque ele falava em voz bastante baixa, não tinha ouvido bem o seu nome.

A certo passo da conversa, ainda sob o tema Portugal, perguntou-me por Mário Soares e pela sua "simpática esposa", que conhecia bem. Disse-lhe as últimas notícias que sabia de ambos, tendo ele acrescentado: "Um livro meu tem um prefácio de Mário Soares". Com um orgulho algo adolescente (cada vez mais me convenço que nós "adolescemos" com a idade), saiu-me de imediato: "Tem graça! Eu também tenho um livro prefaciado por Mário Soares". Sorrimos e o jantar lá prosseguiu.

Minutos depois, perguntei discretamente à senhora que se interpunha entre mim e o tal cavalheiro, já octogenário: "Tem ideia de como se chama o seu vizinho do lado? Não consegui ouvir o nome dele...". A senhora olhou para o pequeno papel que identificava o conviva e disse, baixo: "Samuel Pisar".

Samuel Pisar? "O" Samuel Pisar, nascido na Polónia, que estivera detido em Auschwitz, que escapou miraculosamente das garras de Mengele e de outros cenários de horror, cujo pai fora morto pela Gestapo? "O" Samuel Pisar que, no fim da guerra, se formara em Oxford e na Sorbonne, e que, naturalizado americano, dera aulas em Harvard e fora assessor económico de John Kennedy? Olhei de viés e, com uma curiosidade acrescida, procurei escutar algo que ele dizia para o outro lado da mesa. Nada de decisivo, apenas elogiava a textura dos espargos que estavam a ser servidos, agora que é a época deles.

No final do jantar, num canto, falámos um pouco da Europa e do lugar de Portugal nela. Samuel Pisar é hoje um senador de uma vida que, como poucos, soube recriar a partir da barbárie e que um dia, ao que agora recordo, escreveu: "hoje, sobrevivente dos sobreviventes, sinto uma obrigação de transmitir algumas verdades que aprendi na minha passagem pelo mais baixo da condição humana e, depois, por alguns dos seus momentos altos".

Nunca me perdoarei de ter, inadvertidamente, "rivalizado" com Samuel Pisar, ao reivindicar ter, como ele, um prefácio de Mário Soares. Ou melhor, e pensando bem, talvez tenha a obrigação de ficar contente por poder ter, com ele, esse honroso ponto em comum.

Lançado manifesto português de apoio à Syriza

No documento, intitulado "Pela vitória da Grécia contra a chantagem", os subscritores referem que apoiam a "esquerda grega contra a troika porque também é necessário que a esquerda portuguesa construa caminhos de coerência e alternativas corajosas, fale sem meias palavras e conquiste a maioria".

quarta-feira, 23 de maio de 2012

São todos "JOVENS" e da Nomenklatura

 

NINGUÉM INVESTIGA ISTO?

Gestores com oito cartões de crédito

Os ex-administradores da GEBALIS (empresa municipal da CM Lisboa) Francisco Teixeira, Clara Costa e Mário Peças receberam, entre Fevereiro de 2006 e Outubro de 2007, oito cartões de crédito daquela empresa municipal. O limite de crédito atribuído àqueles ex-gestores oscilou entre cinco mil euros e dez mil euros por mês. O despacho de acusação do Ministério Público, a que o CM teve acesso, diz que, 'no início do mandato, a cada um dos arguidos foram fornecidos cartões de crédito', apesar de haver 'uma omissão legal e dos próprios Estatutos da Gebalis [sobre essa regalia]', segundo o relatório da Polícia Judiciária.
A Francisco Ribeiro, ex-presidente da Gebalis, foram dados, segundo o despacho de acusação, três cartões de crédito: um do BES com limite de 7500 euros, um do BPI com dez mil euros e um do Millennium bcp com cinco mil euros. Mário Peças, ex
-vogal da empresa, teve também três cartões de crédito: um do BES com 7500 euros, um do BPI com dez mil euros e um do Millennium bcp com cinco mil euros.
Já Clara Costa contou com um cartão de crédito do BES com um limite de crédito de 7500 euros e outro do Millennium bcp com cinco mil euros. À excepção do cartão de crédito do BPI atribuído a Mário Peças, todos os cartões tiveram vários números e diferentes datas.
'Com os respectivos cartões de crédito em seu poder, cada um dos arguidos decidiu que os utilizaria para pagamento das despesas relativas a refeições suas e com amigos e outras pessoas de cujo convívio poderiam beneficiar no seu percurso profissional, político ou financeiro, quer nos dias de trabalho, quer em férias ou fins-de-semana, quer, ainda, no decurso de viagens ao estrangeiro', precisa o despacho de acusação do Ministério Público.
Ontem, Clara Costa manifestou a sua 'total inocência'.

REFEIÇÕES

De Março de 2006 a Outubro de 2007, Clara Costa gastou 11 530 euros em refeições com o cartão de crédito.

40 145 euros foi a despesa de Mário Peças em refeições, de Março de 2006 a Outubro de 2007, com cartões de crédito.

12 738 euros foi o gasto de Francisco Ribeiro em refeições, de Março de 2006 a Outubro de 2007, com cartões de crédito.

                                            REFEIÇÕES EM RESTAURANTES DE LUXO

MÁRIO PEÇAS
                                             RESTAURANTE DATA/HORA VALOR
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 11-02-006 / 17h12        134,50 euros+10,5 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 05-03-2006 / 17h09       304,40 euros + 25,6 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 29-04-2006 / 15h10       233.55 euros + 16,45 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 21-05-2006 / 16h05       237.75 euros + 12,25 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 10-06-2006 / 15h20   217.60euros + 12,4 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 13-06-2006 / 15h32      261.70 euros + 18,3 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 09-07-2006 / 15h37    253.20 euros + 16,8 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 27-08-2006 / 15h23     247.85 euros + 22, 55 euros de gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 11-11-2006 / 16h56       372.35 euros + 27,65 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 25-11-2006 / 16h25     305.40 euros + 24,6 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 14-01-2007 / 16h35     281.20euros + 38,8 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 05-05-2007 / 16h25     325 euros + 25 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 13-06-2007 / 16h01      287.30 euros + 22,7 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 29-09-2007 / 14h43       251.45 euros + 28,55 euros gratificação
Porto Sta Maria (Estrada do Guincho) 20-10-2007 / 16h11    310.85 euros + 29,15 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 01-12-2006 / 16h09     223.50 euros + 16,5 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 04-12-2006 / 15h58     142 euros + 18 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 14-12-2006 / 16h42     471.20 euros + 28,8 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 05-01-2007 / 15h27     206.50 euros +23,5 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 29-01-2007 / 16h52     262.50 euros + 27,5 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 01-03-2007 / 15h36     212.50 euros + 17,5 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 08-03-2007 / 15h42     225 euros + 25 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 10-03-2007 / 15h04     180.890 euros + 39,1 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 27-03-2007 / 21h50     147 euros + 15 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 28-03-2007 / 14h54     185.30 euros +14,7 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 18-04-2007 / 16h00     458.60 euros + 21,3 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 25-05-2007 / 14h59     318 euros +32 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 12-06-2007 / 22h52     206.90 euros + 13,1 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 25-07-2007 / 15h13     129.40 euros + 15 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 01-08-2007 / 16h06     209.40 euros + 10,6 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 28-08-2007 / 15h25     167.60 euros + 15 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 29- 08- 2007 / 14h56 141 euros + 19 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 18-09-2007 / 15h56     217.30 euros + 22,7 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 17-10-2007 / 15h38      151 euros
Varanda da União s/ data     106 euros + 9 euros gratificação
Varanda da União 20-02-2006     137.75 euros + 12,25 euros gratificação
Varanda da União 16-03-2006     212 euros + 18 euros gratificação
Varanda da União 29-05-2006     141.50 euros + 13,5 euros gratificação
Varanda da União 26-06-2006     90 euros + 10 euros gratificação
Varanda da União 30-10-2006     817 euros + 53 euros gratificação
Varanda da União 29-11-2006     112 euros + 13 euros gratificação
Varanda da União 18-12-2006     223.25 euros + 21.75 euros gratificação
Varanda da União 10-04-2007     204 euros + 16 euros gratificação
Varanda da União 17-04-2007     110 euros + 10 euros gratificação
Varanda da União 10-08-2007     153.25 euros + 16.75 euros gratificação
António do Barrote 03-08-2006     125.95 euros + 14.05 euros gratificação
António do Barrote 17-08-2006     208.95 euros + 11.05 euros gratificação
António do Barrote 18-01-2007     144.50 euros + 15.5 euros gratificação
António do Barrote 13-03-2007     188.85 euros + 21.15 euros gratificação
António do Barrote 29-05-2007     160.85 euros +  14. 15 euros gratificação
Sabores, Artes, Imagens (Parque das Nações) 01-09-2006     96.10 euros + 8,9 euros gratificação
Sabores, Artes, Imagens (Parque das Nações) 07-09-2006     65 euros + 5 euros gratificação
Restaurante o Terreiro do Paço 31-10-2006     213.30 euros + 11,7 euros gratificação
O Nobre 02-11-2006     190 euros + 9,12 euros gratificação
O Nobre 13-11-2006     149.30 euros + 10.7 euros gratificação
Jardim Visconde da Luz (Cascais) 05-11-2006 198.90 euros + 11,1 euros gratificação
Restaurante A Gondola 15-11-2006 105.30euros + 24.7 euros gratificação
Atanvá 30-11-2006 89.70 euros + 5,3 euros gratificação
Atanvá 29-03-2007 194.70 euros + 25.3 euros gratificação
Atanvá 30-07-2007 62.20 euros +  17,8 euros gratificação
Atanvá 16-08-2007 62.30 euros +   7,7 euros gratificação
Atanvá 27-08-2007 72.55 euros +  7,45 euros gratificação
Atanvá 28-08-2007 114.50 euros +  10.5 euros gratificação
Atanvá 13-09-2007 152.90 euros + 17,1 euros gratificação
Atanvá 11-10-2007 56.80 euros + 8,2 euros gratificação
Antavá 23-10-2007 73.55 euros + 6.45 euros gartificação
Restaurante Paberesbares 12-12-2006 131.50 euros + 13.5 euros gratificação
Restaurante Paberesbares 03-10-2007 113 euros + 17 euros gratificação 
Restaurante O Cortador 13-12-2006 152.20 euros + 17,8  euros gratificação
O Jacinto 15-12-2006 125 euros + 15 euros gratificação  
O Jacinto 17-12-2006 98.95 euros + 10.05 euros gratificação 
O Jacinto 11-04-2007 158.65 euros +   11.35 euros gratificação
Tico Tico 11-03-2007 97.95 euros + 12.05 euros gratificação
A Laurentina 13-04-2007 61.20 euros +  13.8 euros gratificação
Taberna Ibérica 04-06-2007 199.60 euros +  20.4 euros gratificação
O Mercado do Peixe 14-06-2007 160.68 euros + 17.32 euros gratificação
Le Petit 26-07-2007 68.20 euros +  6.8 euros gratificação
O Polícia 22-08-2007 152.20 euros + 17,8 euros gratificação
Casa Gallega 16-08-2007 227.90 euros +  7.1 euros gratificação
Marisqueira Cais Sodré 19-09-2007 89.10 euros  + 10.9 euros gratificação
Belcanto 27-09-2007 102 euros  + 13 euros gratificação
Belcanto 24-10-2007 77 euros + 8 euros gratificação
1º Direito 04-10-2007 57 euros + 6 euros gratificação
O Galito 29-10-2007 57.55 euros +  7.45 euros gratificação
Ritz Four Seasons (Lisboa) 20-07-2006 321.75 euros +  28.25 euros gratificação
Ritz Four Seasons (Lisboa) 25-01-2007 110 euros 
Sete Mares 16-04-2007 510.45 euros + 39.55  euros gratificação
Sete Mares 25-07-2007 251.25 euros + 18.75 euros gratificação
Vela Latina 31-03-2006 99.60 euros + 11,4 euros gratificação
Tertúlia do Paço 20-03-2006 112.20 euros + 7.8 euros gratificação
Restaurante XL 27-03-2006 106.05 euros + 8.95 euros gratificação
Gambrinus (Luxo) 08-05-2007 / 15h43 170.10 euros + 14,9 euros gratificação
Restaurante Paberesbares s/ data 130.50 euros +9.5 euros gratificação
Varanda da União 06-09-2006 102.25 euros + 7.75 euros

                                                                     Este jovem come  caro. E muito, não Vos parece??????

FRANCISCO RIBEIRO

Francisco Ribeiro efectuou pagamentos de refeições, utilizando cartões de crédito do BES (...) a partir de 31-05-2007 (...), do BPI (...) a partir de Setembro de 2007 (...) e Millenium (...) a partir de Março de 2007, num valor mensal aproximado e distribuídos pelos seguintes números de dias:

Mês Nº dias Valor/Mês

Março 06    13        794,00 euros
Abril 06        13               415,28 euros
Maio 06       10         321,35 euros
Junho 06    14         675,43 euros  
Julho 06      13         302,19 euros
Agosto 06    8         629,29 euros
Setembro 06 14    729,27 euros
Outubro 06 9           297,98 euros
Novembro 06  8      163,41 euros
Dezembro 06 4     295,00 euros
Janeiro 07    4         158,00 euros
Fevereiro 07 6       245,00 euros
Março 07 7                 508,00 euros
Abril 07      10         839,00 euros
Maio 07     13         1100,00 euros
Junho 07 13         610,00 euros
Julho 07    8                 770,00 euros  
 
                                                                      Este outro, parece mais frugal!!!!!!!!!!!.............


 

Estão a ver porque motivo há necessidade de retirar as PENSÕES aos Idosos ?