segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Suíços aprovaram iniciativa para facilitar expulsões de imigrantes condenados.

A maioria dos suíços aprovou este domingo uma iniciativa que prevê a expulsão automática dos estrangeiros condenados por crimes que vão desde a violação ao “abuso de ajudas sociais”.

Paga Portugal!

 
Contribuinte - Gostava de comprar um carro.
Estado - Muito bem. Faça o favor de escolher.
Contribuinte - Já escolhi. Tenho que pagar alguma coisa?
Estado - Sim. Imposto sobre Automóveis (ISV) e Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)
Contribuinte - Ah... Só isso.
Estado - ... e uma "coisinha" para o pôr a circular. Imposto de Circulação (selo).
Contribuinte - Ah!..
Estado - ... e mais uma coisinha na gasolina necessária para que o carro efectivamente circule.O Imposto sobre produtos petrolíferos (ISP).
Contribuinte - Mas... sem gasolina eu não circulo.
Estado - Eu sei.
Contribuinte - ... Mas eu já pago para circular...
Estado - Claro!..
Contribuinte - Então... vai cobrar-me pelo valor da gasolina?
Estado - Também. Mas isso é o IVA. O ISP é outra coisa diferente.
Contribuinte - Diferente?!
Estado - Muito. O ISP é porque a gasolina existe.
Contribuinte - ... Porque existe?!
Estado - Há muitos milhões de anos os dinossauros e o carvão fizeram petróleo. E você paga.
Contribuinte - ... Só isso?
Estado - Só. Mas não julgue que pode deixar o carro assim como quer.
Contribuinte - Como assim?!
Estado - Tem que pagar para o estacionar.
Contribuinte - ... Para o estacionar?
Estado - Exacto.
Contribuinte - Portanto, pago para andar e pago para estar parado?
Estado - Não. Se quiser mesmo andar com o carro precisa de pagar seguro.
Contribuinte - Então pago para circular, pago para conseguir circular e pago por estar parado.
Estado - Sim. Nós não estamos aqui para enganar ninguém. O carro é novo?
Contribuinte - Novo?
Estado - É que se não for novo tem que pagar para vermos se ele está em condições de andar por aí.
Contribuinte - Pago para você ver se pode cobrar?
Estado - Claro. Acha que isso é de borla? Só há mais uma coisinha...
Contribuinte - ...Mais uma coisinha?
Estado - Para circular em auto-estradas
Contribuinte - Mas... mas eu já pago imposto de circulação.
Estado - Pois. Mas esta é uma circulação diferente.
Contribuinte - ... Diferente?
Estado - Sim. Muito diferente. É só para quem quiser.
Contribuinte - Só mais isso?
Estado - Sim. Só mais isso.
Contribuinte - E acabou?
Estado - Sim. Depois de pagar os 25 euros, acabou.
Contribuinte - Quais 25 euros?!
Estado - Os 25 euros que custa pagar para andar nas auto-estradas.
Contribuinte - Mas não disse que as auto-estradas eram só para quem quisesse?
Estado - Sim. Mas todos pagam os 25 euros.
Contribuinte - Quais 25 euros?
Estado - Os 25 euros é quanto custa o chip.
Contribuinte - ... Custa o quê?
Estado - Pagar o chip. Para poder pagar.
Contribuinte - Não percebo.
Estado - Sim. Pagar custa 25 euros.
Contribuinte - Pagar custa 25 euros?
Estado - Sim. Paga 25 euros para pagar.
Contribuinte - Mas eu não vou circular nas auto-estradas.
Estado - Imagine que um dia quer...tem que pagar.
Contribuinte - Tenho que pagar para pagar porque um dia posso querer?
Estado - Exactamente. Você paga para pagar o que um dia pode querer.
Contribuinte - E se eu não quiser?
Estado - Paga multa.

domingo, 28 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Quase 20 mil assinaturas contra os custos extra da factura da luz.

A petição da Deco para reduzir os custos "extra" da factura da electricidade reuniu quase 20 mil assinaturas até ao final da tarde de ontem, no primeiro dia de circulação.PUBLICO. Local para assinar a petição : DECO. basta clicar acederá.

António Marinho Pinto reeleito bastonário da Ordem dos Advogado.

António Marinho Pinto foi reeleito como bastonário da Ordem dos Advogados conseguindo 9532 votos num universo de 20.521 votantes, revelou fonte ligada ao processo. Nas eleições para o triénio 2011-2013, Fernando Fragoso Marques terminou na segunda posição, com 5991 votos, seguido de Luís Filipe Carvalho, com 3666. PUBLICO.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pista de Beja sem capacidade para receber aviões comerciais. Crimes não punidos.

A estrutura, construída em 1966 pela Força Aérea alemã, era constituída por lajes de betão, posteriormente reforçada em betão pré-esforçado. Para poder receber aviões comerciais, necessita de "obras adicionais" que ascenderão a oito milhões de euros, antes mesmo da inauguração da infra-estrutura. Este facto, diz o TC, "deveu-se a erro no modelo utilizado" na avaliação das capacidades da pista, o que impediu a sua certificação por "não estar conforme" com os requisitos exigidos pelo Instituto Nacional da Aviação Civil. O tribunal constatou que "não foram apuradas" pela EDAB "quaisquer responsabilidades" sobre este equívoco. A entidade visada garante que "a qualidade da pista tem sido demonstrada empiricamente pela operação continuada de pesos superiores às aeronaves civis". PUBLICO.

Los estratos urbanos de Gonçalo Byrne.

Em Espanha!!!

“Como cualquier persona, una ciudad es una y muchas al mismo tiempo. Que la historia de cualquier lugar está construida a base de capas es más cierto en las ciudades, donde el paso del tiempo queda petrificado en estratos que se entretejen, solapan, pelean y a veces ocultan unos a otros. Esa narrativa urbana, que a veces recupera, otras imagina y tantas más sólo apunta, está presente en los trabajos y en la docencia que imparte el arquitecto portugués Gonçalo Byrne. Y la muestra Gonçalo Byrne, urbanidades que la Fundación Barrié de la Maza expone en A Coruña hasta el tres de Abril trata de explicarlo.” EL PAÍS

Renasceu a Lisboa antes do terramoto.

Uma belíssima iniciativa.

Uma nova recriação virtual mostra como era Lisboa antes do sismo de 1755. Ruas e edifícios que ruíram, como a Casa da Ópera ou a Rua Nova dos Ferros, ergueram-se agora da destruição. A viagem a essa Lisboa antiga pode fazer-se a partir de hoje no Museu da Cidade. PUBLICO.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Portugal está a deixar cair a geração mais qualificada.

A taxa de desemprego entre os jovens mais do que duplica o índice geral. Entre os que arranjam emprego, só cerca de um terço escapa à regra dos contratos a termo, recibos verdes e outras formas de precariedade. Um em cada dez licenciados abandona o país. É o retrato de uma geração sem saída. Em tempos de greve geral, não espanta que as centrais sindicais tenham colocado os jovens na primeira linha da luta.
Sendo Portugal um país com baixa qualificação académica da sua força de trabalho - e tendo em conta a importância da formação num mundo cada vez mais competitivo -, o número crescente de licenciados a saírem das universidades deveria ser uma boa notícia. Mas não é. No actual cenário de crise, os jovens são os mais prejudicados pela extinção de postos de trabalho e, entre eles, os que investiram na formação académica são exactamente os que se deparam com mais portas fechadas.
Elísio Estanque, professor de Economia e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, considera que este discurso das centrais sindicais é "ainda mais apropriado pelo facto de o instinto de sobrevivência e o individualismo criarem junto dos jovens alguma resistência às formas de luta colectiva". Cabe ao sindicalismo encontrar "formas de os sensibilizar e mobilizar".
"O individualismo assume-se em situações de desafogo, quando há oportunidades. Em situações de crise, isto muda", diz Elísio Estanque, convicto de que "o individualismo já atingiu o seu ponto de exaustão". "Acho natural que, por desespero ou consciencialização, os jovens comecem a organizar-se de outra forma." Nesse sentido, "a recente invasão pacífica de um call-center pode ser um sinal dos tempos".
Formas de luta mais imaginativas conseguem tornear as dificuldades colocadas por um sistema que os impede de "dar a cara de forma explícita". Com contratos a prazo ou a recibos verdes, não é fácil afrontar a entidade patronal, para mais numa altura em que se vive um "défice democrático", na opinião de Elísio Estanque: "Ser sindicalizado é ser criminoso, diabolizam-se os sindicatos de forma excessiva. E a repressão, o controlo e o despotismo acabam por privilegiar os medíocres em detrimento dos mais competentes. A fidelidade é mais importante do que a competência."
Os melhores estão a sair?
Com poucos (e maus) empregos à sua espera, não espanta que muitos jovens optem por deixar o país. O fluxo da emigração atingiu nesta década valores só comparáveis aos do êxodo dos anos 60 do século passado e os números só baixaram nos últimos dois anos porque a crise também se faz sentir lá fora. Rui Pena Pires, sociólogo e professor do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa, fala em 60.000 saídas por ano - eram à volta de 70.000 na década de 1960. Os números são diferentes, no entanto, porque antigamente "quase ninguém regressava no curto prazo e agora a mobilidade é maior".
"Ainda não há estatísticas por idade, só daqui a uns seis meses. Mas a emigração concentra-se na população activa jovem... Por dedução, pensamos serem esses os que estão a sair", explica o coordenador do projecto de investigação Atlas das Migrações. Quando chegarem, os números tratarão de confirmar o sentimento geral. "Todos nós conhecemos gente que saiu recentemente de Portugal. Os meus dois filhos, por exemplo, estão fora do país."
Mais preparados, em muitos casos até com relacionamentos cultivados em programas de intercâmbio estudantil, os licenciados estão na primeira fila dos que olham para lá das fronteiras. O mercado de trabalho é global. O Banco Mundial calculou que um quinto dos licenciados portugueses vive fora do país e uma afinação dos números aponta para um dado ainda mais significativo: um em cada dez (11 por cento) licenciados tira o "canudo" por cá, antes de emigrar. PUBLICO.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sucesso português

Ontem, numa conversa a propósito da nomeação de António Horta Osório para a chefia do Lloyds Bank, depois do sucesso que teve no Santander britânico, alguém me dizia: "Não percebo por que é que, só pelo facto de alguém ser português, temos necessariamente de ficar contentes com a subida desse alguém na cena internacional".
Eu não conheço pessoalmente Horta Osório mas, devo confessar, sinto sempre uma grande satisfação quando o adjetivo "português" se liga ao nome de alguém com sucesso, à escala mundial. Portugal é um país conhecido pela sua história (somos um dos países mais antigos do mundo), mas não somos reconhecidos pelos outros como um país "produtor" de vencedores. E o prestígio subliminar de um país no imaginário coletivo constrói-se também, para além de muitos outros fatores, pela visibilidade positiva das personalidades que dele emergem. Seja Horta Osório, seja Oliveira, seja Saramago, seja Siza Vieira, seja Mourinho...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sindicato europeu aceita negociar redução de salários.

O líder da confederação de sindicatos europeus admite corte de salários em troca de formação ou subsídio de desemprego. A redução temporária de salário e da jornada laboral, completada com subsídio de desemprego ou até formação profissional, foi uma forma encontrada por alguns países europeus, como a Alemanha, Áustria e Holanda para manter o nível de emprego e qualificar os seus trabalhadores no período de crise. Tudo feito com o apoio e empenho dos sindicatos. A poucos dias da greve geral convocada em Portugal, John Monks, o secretário-geral da confederação de sindicatos europeus (ETUC), defende esta solução como "boa alternativa ao desemprego" e forma de acomodar o impacto da austeridade. "Fizemos um apelo aos sindicatos de todos os países, mas poucos o aceitaram. Uns não quiseram, outros não viam recursos suficientes para esses programas, outros receavam abusos dos empregadores", explica em entrevista ao Diário Económico. Monks, que vê o sindicalismo como "um movimento, não um monumento", não vê problemas em defender estes esquemas de cortes de salário? "A questão central é que as pessoas mantêm o emprego, é certo que vêm as suas bases salariais reduzidas - reconhece Monks -, mas quando a economia retoma voltam ao trabalho a tempo inteiro, e agora com mais competências por causa da formação".Económico.

Made in Portugal

O Zé, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egypt), começou o
dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.
Depois de um banho com sabonete (Made in France ) e enquanto o café
(importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech
Republic ), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China ). Vestiu uma
camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapore) e um
relógio de bolso (Made in Switzerland). Depois de preparar as torradas de
trigo (produced in USA ) na sua torradeira (Made in Germany ) e enquanto
tomava o café numa chávena (Made in Spain ), pegou na máquina de calcular
(Made in Korea ) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e
consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand ) para ver as
previsões meteorológicas. Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in
India ), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel ), entrou no
carro Saab (Made in Sweden ) e continuou à procura de emprego. Ao fim de
mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu
telemóvel (Made in Finland ) e, após comer uma pizza (Made in Italy ), o Zé
decidiu relaxar por uns instantes. Calçou as suas sandálias (Made in
Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho
(produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonesia) e pôs-se a pensar
porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...

Talvez os consumidores portugueses devessem ler este postal.

Estima-se que se cada português consumir 150€ de produtos nacionais, por
ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima,
cria postos de trabalho. Ponham o V email a circular. Pode ser que acorde
alguém. Dê preferência aos produtos de fabrico Português. Se não sabe quais
são, verifique no código de barras. Todos os produtos produzidos em
Portugal começam por 560 ... Comprar nas lojas dos chineses pode ser mais
barato do que ir a uma Zara e outras do género, mas sai mais caro, pois eles
não pagam impostos,
e não dão postos de trabalho a portugueses e não consomem produtos
nacionais.

Operadoras contra iPhone com cartão SIM incorporado.

Cartelização ?

“Entre as operadoras que já demonstraram esta preocupação encontram-se a britânica Vodafone, a France Telecom e a Telefónica, que se recusaram a fazer qualquer comentários, tal como a Apple. O executivo de um grupo de telecomunicações europeus disse mesmo que a Apple se arrisca a uma guerra com as operadoras móveis, caso as empresas se recusem a subsidiar a compra do equipamento… Económico

10 formas de ‘emagrecer’ a factura do IRS.

Aproxima-se o prazo limite para recolher todas as facturas que poderá apresentar ao fisco para diminuir a sua factura com o IRS. Aproveite porque este será o último ano em que poderá ter acesso a benefícios fiscais sem limites. Saiba quais as despesas que poderá deduzir.

1 - Saúde
Este tipo de despesas é uma das componentes mais importantes para a maioria das famílias. Este ano, os agregados poderão deduzir até 30% das facturas de saúde sem qualquer limite, desde que se tratem de despesas isentas de IVA ou com IVA de 5% (em vigor até ao final de Junho de 2010) e de 6% (taxa em vigor a partir de Julho de 2010). Já os medicamentos com IVA superior (20% até final de Junho e 21% a partir de Julho) também são dedutíveis desde que o contribuinte apresente receita médica e até ao limite de 65 euros.

2 - Educação
As despesas de educação estão também entre as mais importantes para as famílias portuguesas. Este ano, será possível deduzir até 30% das despesas relativas a educação até um limite de 760 euros. Para ter acesso à dedução máxima terá de apresentar despesas no valor de 2.533 euros. São aceites, entre outras, facturas relativas à compra de material escolar, mensalidades de jardins de infância ou escolas do ensino básico, secundário ou superior. No caso das famílias com mais de três dependentes, o limite é acrescido de 142,5 euros por cada dependente.

3 - Seguros de vida
Este é o último ano em que os portugueses poderão deduzir 25% dos prémios entregues nos seguros de saúde, até um limite de 65 euros (se for solteiro) ou 130 euros (no caso de um casal). A partir do próximo ano estas deduções serão eliminadas. Também a partir do próximo ano serão também eliminadas as deduções relativas a prémios de acidentes pessoais.

4 - Habitação
Este ano os contribuintes poderão deduzir até 30% das despesas relativas ao pagamento de juros e amortizações de empréstimos à habitação até um valor máximo de 591 euros. Para ter acesso a esta dedução máxima, as famílias terão de apresentar despesas no valor de 1.970 euros. Nos casos em que o rendimento colectável do agregado se situe até ao 2º escalão (até 7.250 euros), ou no 3º (mais de 7.250 euros até 17.979) e 4º (mais de 17.979 até 41.349 euros) escalões de IRS existe uma majoração no limite de dedução. Até ao 2º escalão o montante máximo dedutível é de 886,5 euros. No 3º e 4º escalões o limite passa para 709,2 euros e 650,1 euros.

5 - Rendas
Quem não tem casa própria e vive numa casa arrendada também poderá deduzir 30% das rendas pagas ao longo do ano, com o objectivo de baixar a factura de IRS. No total, o fisco aceita deduções até a um valor máximo de 591 euros. Para atingir esse montante terá de apresentar despesas no valor 1.970 euros.

6 - PPR
Os planos de poupança reforma (PPR) são das aplicações financeiras que mais benefícios fiscais têm dado às famílias. No entanto, esta situação vai alterar-se. Este ano os contribuintes poderão deduzir 20% das entregas feitas nos PPR até a um limite que varia entre os 300 e os 400 euros , consoante a idade do investidor. Ou seja, para ter acesso ao benefício máximo, os investidores terão de fazer entregas no PPR no valor de 2.000 euros. No próximo ano, e devido à imposição de limites nos benefícios fiscais, os portugueses poderão beneficiar de uma dedução de apenas 100 euros, no máximo.

7 - Seguros de saúde
Este ano, os contribuintes poderão deduzir até 30% dos prémios pagos em seguros de saúde até a um limite de 85 euros (solteiro) ou 170 euros (se tratar-se de um casal). A este valor deverá acrescentar ainda 43 euros por cada elemento dependente. No próximo ano, este tipo de despesas será considerado benefício fiscal.

8 - Energias Renováveis
Este ano poderá deduzir no IRS 30% das despesas feitas com a compra de equipamentos que funcionam com energias renováveis (como é o caso dos painéis solares até ao limite de 803 euros). Para ter acesso a esta dedução terá de apresentar despesas no valor de 2.677 euros. No próximo ano, estas despesas passam a ser consideradas como benefício fiscal. E como tal, o contribuinte poderá deduzir até a um valor máximo de 100 euros.

9 - Encargos com lares
Este ano, os contribuintes poderão deduzir no IRS também 25% das despesas feitas com lares e instituições de apoio à terceira idade até ao limite de 403,75 euros. Para conseguir obter esta dedução máxima terá de apresentar facturas no valor de 1.615 euros. São também aceites despesas com lares e residências autónomas para pessoas com deficiência, seus descendentes, ascendentes e colaterais até ao terceiro grau desde que os rendimentos não superem o ordenado mínimo nacional.

10 - Pensões de alimentos
As despesas que possam estar a cargo do contribuinte relativas ao pagamento de pensões de alimentos podem também ser dedutíveis no IRS. O fisco aceita 20% das despesas feitas com este objectivo, sem impor um limite máximo. No entanto a partir do próximo ano, o caso muda de figura. Segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2011 a partir do próximo ano, as pensões de alimentos pagas pelos contribuintes continuam a ser deduzidas apenas em 20% do valor pago, mas passam a ter um limite mensal equivalente a 2,5 vezes o salário mínimo. Económico

Brent cai 2% e volta a custar menos de 85 dólares!

O receio de que a procura de combustíveis abrande na China penalizou a evolução dos preços do petróleo na semana passada. O barril do ‘Brent', a referência para as importações portuguesas, recuou 2% para menos de 85 dólares por barril na semana passada. No entanto, desde Janeiro, a matéria-prima regista uma subida de 9%.  No mesmo sentido, em Nova Iorque, o ouro negro recuou 4% para 81,23 dólares, a maior queda semanal desde Agosto. As cotações da matéria-prima foram pressionadas pelo receio que a procura de combustíveis recue na China, um dos maiores consumidores de energia do mundo. Isto depois de Pequim ter obrigado os bancos a aumentarem as suas reservas, numa tentativa de conter a inflação. "Estas medidas para travar o crescimento da economia chinesa e as preocupações do país com a inflação estão a pesar no mercado petrolífero", explicou John Kilduff, do fundo Again Capital LLC em Nova Iorque, à Bloomberg. Económico

domingo, 21 de novembro de 2010

Caixa

"Também passei por isto!"
 
"Faz hoje 39 anos, dia por dia, que entrei para a função pública. Para a Caixa Geral de Depósitos, que tinha então a sua sede no majestoso edifício do Calhariz, onde eu passei a trabalhar, no "serviço de títulos".

As regras eram à antiga. Entrava-se às 9.30 h. Às 9.35, o senhor Marques, chefe da secção, recolhia o livro de ponto. Para o assinar depois, era necessário justificar o atraso e penitenciar-se pelo mesmo. A hora de saída, para almoço e à tarde, era, também, sagrada. Cinco minutos antes da saída final, o Serra, na secretária ao meu lado, sacava de um pano de feltro para limpar os sapatos que, logo depois, apontavam para a porta de saída, para onde disparava quando o ponteiro do relógio tremia nas 5.30 h. Ah! e trabalhava-se nas manhãs de sábado, claro!

Ao almoço, espalhavamo-nos pelas tascas da zona, em grupos variáveis. Se o sol aparecia, escostavamo-nos, antes do regresso ao trabalho, pelos passeios em frente, apreciando o "pequename" que passava. Eu aprendia a vida com que a vivia com dificuldades bem maiores que a do episódico colega que eu era, futuro licenciado, olhado como figura passageira pelos colegas, onde fiz - diga-se - sólidos amigos.

O meu curso universitário prosseguia entretanto, como "estudante voluntário". No primeiro ano, para fazer as "frequências", tinha de pedir autorização para as escassas ausências. Depois, era necessário utilizar os dias de férias, para poder ir a esses exames. Dispensa para aulas ou exames era, então, uma miragem.

Eu tinha entrado ao serviço, como todos, por um concurso público onde algum domínio da escrita compensou ligeiras falhas na área da contabilidade. Antes de ser admitido, li e assinei, sob o olhar atento de um antigo ministro de Salazar, uma declaração onde atestava o meu "ativo repúdio pelo comunismo e de todas as ideias subversivas". No meu bolso, recordo-me bem, levava um livro de Engels, das Éditions Sociales.

O trabalho era sereno, burocrático, sem surpresas. Nem muito exigente, nem deixando tempo para "calaceirices". Essas ficavam para colegas antigos, "primeiros oficiais", com mais "ronha", alguns eternamente parados nas secretárias ou saltitando em conversas, sob o olhar crítico do senhor Marques, entre as várias áreas do imenso "open space" por que nos distribuíamos.

Os contínuos, Rui e Abrantes, davam-nos, regularmente, uma caneta Bic. Quando a respetiva carga acabava, trocavamo-la por outra igual, devolvendo a velha, claro está! Nas horas vagas, tentavam impingir-nos relógios Cauny.

Às segundas-feiras, o futebol dominava. Não se falava muito de política, salvo com o Aldeia e o Murta, amigos com quem essa intimidade entretanto se criara. Dois ou três sabiam que a minha eleição não tinha sido "homologada", por duas vezes, como dirigente associativo universitário, e que isso me tinha criado "problemas", sobre os quais nunca elaborei muito E, por essa razão, ensaiavam alguma cumplicidade, deixando cair que "isto" tinha de mudar, mais cedo ou mais tarde. As vigorosas manifestações do sindicato dos bancários, do qual não podíamos ser associados por sermos funcionários públicos, eram comentadas com todo o cuidado, porque as paredes tinham ouvidos. As paredes e alguns "fachos" que nos rondavam, que pressentíamos poderem ser perigosos.

Pela véspera de Natal, o chefe de repartição, que durante todo o ano assomava uma meia dúzia de vezes à nossa sala, colocava-se junto à saída para um excecional aperto de mão anual. E, de 26 até 31 de Dezembro, lá estávamos nós, em horas extraordinárias (não pagas aos novatos), para tentar garantir os "acertos" para as contas ficarem exatas.

Era assim a vida de um bancário público, nos tempos do Estado Novo. Nostalgia? Nenhuma, podem crer. Mas, hoje, lembrei-me."

Lusofonia

 


Acabo de ter conhecimento do blogue Estudos Lusófonos, criado por professores da Sorbonne.

Bela iniciativa, à qual desejo muita sorte.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

TVI = Vergonha.

Desconheço a autoria, mas subscrevo o texto!
"Chama-se "Agora é que conta", passa na TVI" e é apresentado por Fátima Lopes. O programa começa com dezenas de pessoas a agitar uns papéis. Os papéis são contas por pagar. Reparações em casa, prestações do carro, contas da electricidade ou de telefone. A maioria dos concorrentes parece ter, por o que diz, muito pouca folga financeira. E a simpática Fátima, sempre pronta a ajudar em troca de umas figuras mais ou menos patéticas para o País poder acompanhar, presta-se a pagar duzentos ou trezentos euros de dívida. "Nos tempos que correm", como diz a apresentadora - e "os tempos que correm" quer sempre dizer crise - , a coisa sabe bem. No entretenimento televisivo, o grotesco é quase sempre  transvestido de boas intenções.
Os concorrentes prestam-se a dar comida à boca a familiares enquanto a cadeira onde estão sentados agita, rebolam no chão dentro de espumas enormes ou tentam apanhar bolas de ping-pong no ar. Apesar da indigência absoluta do programa, nada disto é novo. O que é realmente novo são as contas por pagar transformadas num concurso "divertido". Ao ver aquela triste imagem e a forma como as televisões conseguem transformar a tristeza em entretenimento, não consigo deixar de sentir que esta é a "beleza" do Capitalismo: tudo se vende, até as pequenas desgraças quotidianas de quem não consegue comprar o que se vende. Houve um tempo em que gente corajosa se juntava para lutar por uma vida melhor e combater quem os queria na miséria. E ainda há muitos que não desistiram. Mas a televisão conseguiu de uma forma extraordinariamente eficaz o que o séculos de repressão nem sonharam: pôr a maioria a entreter-se com a sua própria desgraça. E o canal ainda ganha uns cobres com isso. Diz-se que esta caixa mudou o Mundo.
Sim: consegue pôr tudo a render. Até as consequências da maior crise em muitas décadas. Entretanto a apresentadora recebe 40.000€ por mês. Foi este o valor da transferência da SIC para a TVI. Uma proposta irrecusável segundo palavras da própria."

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Funcionárias que ajudaram Madoff em fraude são detidas.

Em Portugal nem sequer quem faz as falcatruas!

Duas ex-funcionárias que ajudaram o ex-gestor de financiamentos Bernard Madoff a preparar a maior fraude da história de Wall Street foram acusadas em Nova York, anunciou nesta quinta-feira a promotoria.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Batalha naval

Esta velha história de Viana do Castelo surgiu ontem, numa conversa ao almoço, com um recém-descoberto novo amigo vianense, filho de um grande amigo do meu pai.

Estava-se durante a segunda guerra mundial. Portugal vivia dividido entre os apoiantes dos Aliados e os defensores da Alemanha e do Eixo. Na juventude vianense da época, a afetividade pendia mais para o lado dos Aliados, mas alguns germanófilos sobreviviam. Um destes últimos era uma figura um tanto caricata, tradicionalmente alvo de algumas "partidas", por via de uma credulidade que se somava a um inultrapassável défice cultural.

Um dia, os "aliadófilos" chegam junto desse seu amigo próximo do Eixo, mostrando-se escandalizados:

- Vocês não têm vergonha?! Acaba de ser anunciado que a Alemanha abateu, em alto mar, um contra-torpedeiro suíço. Ao que chegámos! Berlim nem sequer respeita os países neutrais!

O amigo germanófilo, cujos conhecimentos geográficos escasseavam, deu como óbvia a perca do navio daquela que seria a "poderosa" marinha suíça e, pragmático, respondeu, já desafiador:

- O que é que vocês querem?! Guerra é guerra!

Poesia Erótica, ezra pound.

Teus lábios,
doce mel de frutas sazonais,
se oferecem livres
ao desfrutar dos beijos.

Tua boca molhada,
ostra aberta ao desejo,
saliva de todas delícias.
A flor de todas carícias
tuas pétalas
ficam expostas aos meus sentidos.

Abre-se,
jardim das virtudes,
fazendo-se carne
e despeja sobre mim
tua água farta.

O calor de teus ermos,
o vale de tua sombra,
transmite-me, dentro de ti,
a dádiva profana da terra onde
todos os frutos habitam
e se depositam
todas as sementes.

Sabe-se que tu, mulher,
antes de mais nada
tens a vagina preparada
para afirmar-te fêmea
a qualquer tempo.

II

Tenho a ânsia infinita de te possuir
até o fundo, sem qualquer constrangimento.
E ao mesmo tempo quero fazer-te sentir
-se, então, senhora nem que por um momento.

Em meio à faina, meio da batalha.
Espada em riste, sem traço de clemência.
Afasto as portas de tua residência
e cravo tudo rompendo a tua malha.

E ao sentir-se tão fundo lancetada
tua vagina entrega-se de todo,
vibra por dentro, toda encharcada
e me domina enquanto eu a fodo.

E a luta afasta de nós todas as éticas
no afã de possuir a alma alheia.
Uma ciranda entoada sem poéticas,
uma charanga expressa em carne, nervo e veia.

E eu te domo, gazela desfreada.
E eu te como, boceta enfurecida.
Eu te quero assim, escancarada,
pra despejar em ti a minha vida.

E se aproxima a última estocada
o frenesi expresso, uníssono dueto
tua boceta me traga esfaimada
e te devoro no teu fundo aposento.

Mas num momento em que tudo é mais tudo,
como se fizesse a morte inquilina.
nesse instante supremo eu fico mudo
e me rendo, inteiro, em tua vagina.

CINO

Arre! Já celebrei mulheres em três cidades,
Mas é tudo a mesma coisa;
E cantarei ao sol.

Lábios, palavras, e lhes armamos armadilhas,
Sonhos, palavras, e são como jóias,
Estranhos bruxedos de velha divindade,
Corvos, noites, carícia:
E eis que não o são;
Já se tornaram almas de canção.

Olhos, sonhos, lábios, e a noite vai-se.
Em plena estrada, uma vez mais,
Elas não são.
Esquecidas, em suas torres, de nossa toada,
Uma vez por causa do vento, da revoada
Sonham rumo de nós e
Suspirando dizem, "Ah, se Cino,
Apaixonado Cino, o de olhos enrugados,
Alegre Cino, de riso rápido.
Cino ousado, Cino zombeteiro,
Frágil Cino, o mais forte de seu clã bandoleiro
Que bate as velhas vias sob o sol,
Se Cino do alaúde aqui voltasse!"

Uma vez, duas vezes, um ano -
E vagamente assim se exprimem:
"Cino ?" "Oh, eh, Cino Polnesi
O cantor, não é dele que se trata ?"
"Ah, sim, passou uma vez por aqui,
Sujeito atrevido, mas...
(São todos a mesma coisa, esses vagabundos)
Peste! As canções eram dele ?
Ou cantava as dos outros ?
Mas e o senhor, Meu Senhor, como vai sua cidade ?"

Mas e senhor, "Meu Senhor", bá! por piedade!
E todos os que eu conhecia estavam fora, Meu Senhor, e tu
Eras Cino-Sem-Terra, tal como eu sou,
O Sinistro.

Já celebrei mulheres em três cidades.
Mas é tudo a mesma coisa.
E cantarei do sol.
...eh?... a maioria delas tinha olhos cinzentos,
Mas é tudo a mesma coisa, e cantarei do sol.

"Pollo Phoibeu, panela velha, tu,
Glória da égide do Zeus do dia,
Escudo d'azul aço, o céu lá em cima
Tem por chefe tua rútila alegria!

Pollo Phoibeu, ao longo do caminho,
Faze do teu riso nossa chanson;
Que teu fulgor ofusque nossa dor,
E que o choro da chuva tombe sem som!

Buscando sempre o rastro recente
Rumo aos jardins do sol...
..............................................
Já celebrei mulheres em três cidades
Mas é tudo a mesma coisa.

E cantarei das aves alvas
Nas águas azuis do céu,
As nuvens, o borrifo de seu mar.

Ezra Pound - Poesia

Um Pensamento com 2064 anos ...

Madaíl ganha 402 mil/ano.

Gilberto Madaíl recebe como presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) o equivalente a 28 ordenados mínimos (475 €), ou seja, 13 300 euros por mês. A revelação foi feita por Valentim Loureiro num programa da TVI 24.Correio da Manhã

Instituto que gere recursos da Justiça esconde contas relativas aos dois últimos anos.

Mais um ministro que não sabe o que anda a fazer! Ou será que sabe e muito bem…

“O Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça (IGFIJ), que gere os recursos do ministério, não divulga desde 2007 os seus relatórios de contas. No site do organismo, o documento de gestão mais recente é o plano de acção para este ano. Nada consta, contudo, relativamente aos planos de actividades e aos relatórios de contas relativos a 2008 e a 2009. A lei-quadro dos institutos públicos obriga a que na página electrónica destes organismos sejam publicados "os orçamentos e as contas dos últimos três anos, incluindo os respectivos balanços". Contactado pelo PÚBLICO, o Ministério da Justiça (MJ) contorna a questão, não explicando porque é que faltam os planos e os relatórios de contas dos dois últimos anos. "O Plano de Acção 2010 está disponível na Internet. O relatório de actividades 2010 será, naturalmente, publicado", afirma o ministério numa resposta enviada por email. No Parlamento, ontem o ministro da Justiça, Alberto Martins, evitou precisar a dimensão do "buraco" do IGFIJ, depois do Tribunal de Contas ter recomendado numa auditoria divulgada há dias que o ministério faça uma "avaliação urgente da situação financeira e patrimonial" do instituto. Alberto Martins apenas adiantou, em resposta a uma questão levantada pelo PSD, que o défice deste ano "vai ser bastante menor" que os 323 milhões de euros previstos para 2009. PUBLICO.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Motorista da EPAL indemnizado com valor três vezes superior ao previsto na lei.

Ainda estão a aceitar inscrições?

Cento e dez mil euros. Foi esta a indemnização recebida pelo motorista do presidente da Empresa Portuguesa de Águas Livres (EPAL), um valor mais de três vezes superior ao previsto na legislação do trabalho. O trabalhador, há 26 anos na empresa pública, é apontado como militante socialista e casado com uma funcionária da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS, avança o “Correio da Manhã”.

CGD teme fuga de quadros por causa dos cortes salariais ?!

 Se não fosse grave, dava vontade de rir!

A Caixa Geral de Depósitos questionou o Governo, por escrito, sobre a decisão de aplicar à instituição pública as medidas de austeridade inscritas no quadro do Orçamento do Estado para 2011.PUBLICO.

A nossa nova bandeira.

 

Eis a nova bandeira portuguesa, que assinala a comemoração da nossa Republica!


 




 

 


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Antecipação de 39 riscos de país em 2010-1014

Neste GEAB Nº 48 a nossa equipe apresenta a actualização anual dos "riscos-país" frente à crise. Baseada numa análise que este ano integra onze critérios, esta ferramenta de apoio à decisão já deu provas da sua pertinência antecipando fielmente as evoluções dos últimos doze meses. A identificação, no princípio de 2009, de uma nova fase da crise (a fase de deslocamento geopolítico mundial) havia imposto considerar novos parâmetros (nove indicadores haviam sido retidos em 2009) para integrar eficazmente as tendências que remoldam o sistema global [1] . Neste fim de 2010, o LEAP/E2020 passa a considerar que os diferentes países do planeta são arrastados num mergulho colectivo no seio desta fase de deslocamento geopolítico nos aspectos sócio-económicos e estratégicos [2] . Nossos trabalhos permitem-nos continuar a apresentar a antecipação LEAP/E2020 dos "risco-país" no período 2010-1014 [3] , adaptando as categorias à evolução da crise, através de quatro grupos de países [4] caracterizados por impactos contratados deste mergulho na fase de deslocamento geopolítico da crise sistémica global [5] ... resistir.

Adeus

Recordo-me muito bem desta figura!
A quem quereria dizer adeus o homem que dizia adeus?
Quase todas as noites, na área do Saldanha, em Lisboa, essa figura insólita, de óculos escuros e cabelo branco, acenava ao carros que passavam. Dizem que um trauma familiar terá estado na razão desse estranho comportamento.
Agora, segundo as notícias, chegou a hora de dizermos adeus ao homem que dizia adeus.

"G vain"?

 
A reunião do G-20 (parece que, na prática, já são 30 e tal, à volta da mesa...) de Seul traduziu-se por um acordo de mínimos, com escassos compromissos e muita "langue de bois". Daí que, em França, alguns lhe chamem "G vain".

Nada que não fosse espectável, num quadro internacional em que, depois do "susto" financeiro de 2008/9, cada um parece estar a "fazer pela vida" e começam a esfumar-se as boas intenções no sentido de provocar uma reforma global no sistema internacional.

O G20 tem várias limitações, a começar pelo caráter discutível da sua composição e a acabar pela dificuldade em consensualizar medidas que afetariam de forma diferenciada os seus componentes. Pelo meio, fica a incomodidade de alguns integrantes do G8/G9 em partilharem responsabilidades com alguns Estados cujo estatuto internacional tem, por vezes, um sentido mais simbólico que real.

Para um país como Portugal, que está naturalmente ausente deste mecanismo de cooptação privilegiada, o trabalho de uma instância desta natureza tem o mérito de provocar uma possível aproximação de políticas e o risco de se arrogar como um "diretório" de poderes fácticos à escala global, que, pela sua proeminência, pode por em causa a preeminência das instituições internacionais onde repousa a legitimidade última na ordem internacional. Não nos opomos à revisão desta e sempre demos mostras de estarmos empenhados em revisitá-la em termos de melhoria da sua eficácia, mas sempre considerámos não ser saudável fazer repousar os termos institucionais de referência do sistema internacional em estruturas de composição "ad hoc", geradas e formatadas por agendas de circunstância.

A França terá, a partir de agora e pelo prazo de um ano, a presidência do G20 (como também herdará a presidência do G8). Esperamos que o pragmatismo e a influência franceses possam ser suficientes para desenhar um espaço de trabalho útil, com objetivos muito claros, que possam ir para além dos meros remendos de conjuntura.

Ricos ganham milhões livres de impostos.

O povo em geral continua a pagar, não se preocupem!

Mudanças na tributação propostas no Orçamento para 2011 deixam de fora os principais milionários da Bolsa portuguesa.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Governo quer impor tectos para vencimentos de médicos contratados. (?!)

"Estamos a preparar com o Ministério das Finanças aquilo que poderá ser regular e coordenar os valores que poderão ser oferecidos aos médicos em contratos individuais de trabalho", afirmou Ana Jorge aos jornalistas à margem de uma conferência europeia que decorre em Lisboa.  A ministra reagia a uma notícia avançada na edição desta quinta-feira do ‘Jornal de Notícias’, segundo a qual há hospitais EPE (entidades públicas empresariais) a contratar individualmente médicos do quadro em licença sem vencimento, pagando-lhes o dobro para evitar a saída dos profissionais para o privado.  Ana Jorge reconhece que é permitido aos hospitais EPE negociar com os médicos os seus contratos, mas diz que é necessário haver uma regulação.  "É preciso pôr alguma ordem nos valores oferecidos. Os accionistas [ministérios das Finanças e Saúde] têm obrigação de pôr algumas regras de funcionamento,  definindo um tecto mínimo e um teto máximo", explicou. Correio da Manhã.

A Policia Judiciária faz buscas ao Banco Privado Português e a casa de ex-responsáveis.

Depois destes dois anos, em que tudo o que havia a fazer está feito, a ver está visto ??? A Polícia Judiciária está, esta quinta-feira, a fazer buscas no Banco Privado Português e também nas casas dos ex-responsáveis (O ex-presidente do banco João Rendeiro e outros) da mesma instituição bancária. 

Tribunal da UE condena "golden shares" do Estado na EDP

O Tribunal de Justiça da União Europeia pronunciou-se hoje no Luxemburgo contra dos direitos especiais (golden shares) detidos pelo Estado português na EDP (Energias de Portugal) e contestadas pela Comissão Europeia. «Estas golden shares constituem uma restrição não justificada à livre circulação de capitais» e «contararia o Direito na UE», lê-se no acordão do tribunal lido esta manhã. Dinheiro Digital

Ministra acusa farmácias do aumento da despesa com medicamentos - Última Hora - Correio da Manhã

Deve ser por isso que a ministra fez um despacho a permitir que cada farmácia coloque o preço que quiser nos medicamentos!!!

“Houve medicamentos que quase passaram a custar o dobro! A ministra da Saúde, Ana Jorge, acusou esta quinta-feira as farmácias de incitarem os utentes a comprar mais medicamentos em Setembro devido à alteração das comparticipações, o que levou a um aumento da despesa com medicamentos.”CM

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Bruxelas impede desvios de verbas da linha Porto-Vigo para outros projectos.

A Comissão Europeia decidiu que as verbas RTE-T (Rede Transeuropeia de Transportes) para a linha Porto-Vigo em alta velocidade não podem ser desviadas para outros projectos, embora admita uma reprogramação do Fundo de Coesão. PUBLICO.

Sector ferroviário mobiliza-se para Greve Geral.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) declarou à Lusa que entregou esta terça-feira pré-avisos para a Greve Geral de 24 de novembro "em todas as empresas em que existem associados do sindicato", onde se incluem a CP - Comboios de Portugal e a Refer - Rede Ferroviária Nacional, a CP Carga, a Soflusa, o Metro do Porto, a Fertagus, a Via Porto, a EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, o Metro de Mirandela e o Metro Transportes do Sul do Tejo. A adesão à Greve Geral tem como fundamento o protesto contra "as medidas do Governo que visam o empobrecimento dos trabalhadores e das populações" e "a redução actual e congelamento futuro dos salários dos trabalhadores das empresas do Sector Público Empresarial do Estado e da redução real dos salários dos trabalhadores do sector privado", bem como o "aumento da carga fiscal sobre os trabalhadores e as populações mais desfavorecidas da sociedade". Também o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), que é uma estrutura independente que representa os operadores de revisão e venda e assistentes comerciais da CP, deu a conhecer à Lusa, esta terça-feira, um comunicado em que anuncia que estará "em jornada de luta no dia 24 de novembro, com incidências na véspera e dia seguinte", de forma a demonstrar a sua oposição face às “privatizações do transporte ferroviário", às medidas que "põem em causa" os passes sociais e ao pacote de austeridade inscrito no Orçamento do Estado, que "visa reduzir os salários dos trabalhadores". Esquerda

“Aqui podia viver gente”.

Os deputados Francisco Louçã e Rita Calvário estiveram esta segunda-feira na Rua da Alegria, em Lisboa, onde alguns activistas do Bloco pintaram e decoraram uma fachada de um prédio devoluto e colocaram uma faixa com a frase “Aqui podia viver gente”. Em Lisboa, foi lançado um site para acompanhar esta campanha, onde se encontra um levantamento dos prédios devolutos na cidade e informações sobre a proposta bloquista de requalificação urbana. Ver www.aquipodiavivergente.com.

Livros e bibliotecas

É impressionante a qualidade dos equipamentos públicos que, nas últimas décadas, surgiram um pouco por todo o país. A minha terra de origem, Vila Real, dispõe hoje de um conjunto invejável de estruturas, que já mudaram, por completo, a face da cidade.
No passado sábado, pude experimentar a funcionalidade da nova Biblioteca Municipal. A convite do economista Jaime Quesado, fiz nela a apresentação do seu livro "O Novo Capital", um evento que contou com significativas presenças, desde responsáveis locais até ao próprio líder da Oposição nacional.
O pretexto do livro proporcionou intervenções sobre algumas das temáticas nele desenvolvidas, em certos pontos questionando opções feitas em matéria de políticas públicas e educativas. Uma sessão que poderia ter tido um cariz meramente formal acabou por motivar reflexões que lhe conferiram um particular interesse.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Simon Svergaard: "O Governo português está a esconder-se da tempestade"

De acordo com Simon Svergaard, vice-presidente da entidade que analisa como os países se vêem uns aos outros, a crise da dívida e os impasses políticos não terão ainda afectado aquela posição no ranking. Mas se as medidas de austeridade gerarem agitação social, a reputação será atingida e a economia vai sentir o impacto.
Como é que se avalia a reputação de um país?
Há cerca de dez anos desenvolvemos um modelo para avaliar a reputação das empresas, que mede a ligação emocional que uma pessoa tem com uma empresa. Há três anos decidimos fazer o mesmo para os países. Fizemos uma investigação sobre como conseguiríamos obter um quadro de pontuações para um país que reflectisse a sua reputação. Basicamente, há quatro pontos-chave: é um país em que confia, é um país pelo qual tem uma estima grande, é um país onde gostasse de ir e é um país que lhe desperta um sentimento positivo. Além disso, tentamos perceber por que é que aquele país tem uma determinada reputação, o que envolve questões sobre até que ponto o Governo é eficiente, sobre a situação económica do país, o ambiente físico e o estilo de vida.
No último estudo que fizeram, a reputação de Portugal estava em 19º lugar em 39 países. Mas, olhando para a auto percepção dos próprios portugueses, a reputação descia para 32º lugar entre 35 nações. O que contribui para isto?
Apesar da diferença, Portugal é um dos países onde há um equilíbrio entre a forma como os estrangeiros vêem o país e como os portugueses o vêem. Quando se vive num país, tende-se a ser mais positivo para com esse país. Em Portugal, isso não acontece. Quanto à percepção por parte dos países do G8, Portugal é um país muito bonito e com um estilo de vida apelativo. Em contrapartida, tem pontuações mais baixas ao nível do avanço económico, por ser um país que não se identifica com nenhuma grande marca e por ser visto como pouco desenvolvido no campo da tecnologia, quando, na realidade, é bastante desenvolvido.
Isso quer dizer que esses avanços não são suficientemente visíveis?
Sim. Portugal tem uma rede de infra-estruturas viárias que é das melhores da Europa, tem uma rede de comunicação moderna, um sistema bancário em que todos os ATM estão interconectados. Há países considerados muito desenvolvidos, como os da Escandinávia, que não têm estes avanços. O problema é: será que o resto do mundo sabe desta faceta? Portugal tem capacidade para se posicionar como um dos países líderes da Europa no campo da tecnologia, mas, para isso, tem de começar a comunicar o que faz.
O vosso estudo foi feito no início do ano, quando Portugal ainda não tinha enfrentado a pressão dos mercados sobre a dívida pública. Que impacto este contexto tem na sua reputação?
Se olharmos para a situação actual na Grécia e também em França, não tenho dúvidas de que estes países terão uma pontuação menor no próximo estudo. Cada vez que há um acontecimento físico num país, a reputação desce. É o caso das manifestações sociais na Grécia e em França contra as medidas de austeridade. Isto leva a uma perda de reputação que tem um efeito imediato na economia, fazendo diminuir a actividade turística e pode ainda gerar perdas no investimento estrangeiro. Em Portugal, a situação é um pouco diferente, mas pode agravar-se, se Portugal também não conseguir evitar manifestações e greves. A partir do momento em que houver agitação social, a reputação de Portugal é atingida.
Mas acha que Portugal está já a perder reputação?
Não. Mas acho que o Governo português está a esconder-se da tempestade, à espera que esta desapareça. Se o Governo quer melhorar e aumentar reputação, tem de assumir responsabilidade de prestar atenção ao que se diz sobre o país lá fora e desempenhar um papel mais activo na comunidade global. Portugal acaba de ser nomeado para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, tem Durão Barroso à frente da Comissão Europeia, tem de saber aproveitar-se disso para aumentar a sua presença a nível internacional.
O Governo não tem sabido comunicar como deve ser?
O Governo português devia ser mais pró-activo em termos de comunicação e garantir que as suas políticas e medidas não são discutidas apenas na imprensa nacional mas internacional. Neste momento, se olharmos para os meios de comunicação internacionais, apenas ouvimos falar da Grécia, da Irlanda ou da Espanha. Não passa a ideia que Portugal é um país que está pronto para fazer qualquer coisa para sair da crise.
Tem-se falado muito da possibilidade de Portugal vir a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), como fez a Grécia. Se isso acontecer, que impacto tem sobre a reputação do país?
No curto prazo, não tenho dúvidas de que uma intervenção do FMI faria Portugal perder confiança, pois passaria a imagem de que o Governo não consegue tomar conta do país. Poderia gerar-se a noção de que Portugal é uma nova Grécia. Contudo, no longo prazo, poderia até ser bom, porque ajudaria o país a resolver a crise. Por isso, não posso dizer que é algo necessariamente mau. PUBLICO.

Hu Jintao, o presidente da China, em Portugal.

O que eu gostava de ver respondido é o que ficou por dizer, em publico.

- São mais isenções de impostos?

- Mais isenção de cumprimento das condições laborais, nas suas fábricas, em Portugal?

- Mais opacidade nas relações com a administração publica?

- Onde se tratam os doentes e feridos da comunidade chinesa?

- Onde se enterram os mortos chineses, que vivem e morrem em Portugal?

E muitas outras questões se poderão colocar. Hu Jintao quer empresas portuguesas a vender no mercado chinês?!?!?! só para rir, pois embora os trabalhadores ganhem pouco e haja más condições de trabalho, nas empresas onde prestam serviço, não são tão más quanto as da china e, por isso não temos NUNCA preços competitivos e, o Sr. Hu Jimtao sabe disso e os governantes, muito maus que temos, também o sabem.

Querem comprar o BCP? fazem bem e levem para a  china o Jardim Gonçalves! Quanto à EDP podem fazer o mesmo e levem todos os asilados políticos, que o Sr.. Mexia lá tem. O Sr.. Ulrich não os quer no seu BPI ou está a negociar às escondidas! É que os chineses já disseram que também querem lá entrar!

Para os chineses estas compras são peanuts!

Volto à questão inicial: Que querem de facto os chineses, de Portugal?

PSD chumba comissão de inquérito aos incêndios florestais de Verão na Madeira.

cheira-me a esturro!

“Os deputados do PSD-Madeira chumbaram hoje a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito para “o apuramento de responsabilidades em relação aos incêndios florestais de 2010”, proposta pelo PCP madeirense.” PUBLICO.

Secretário de Estado nomeou dois antigos sócios para administração dos CTT.

É só disto..

O secretário de Estado, que tem a tutela dos CTT, nomeou, em 2005, Marcos Afonso Vaz Batista, um dos sócios que tinha na empresa Puro Prazer, passa assumir funções na administração dos CTT e de outras cinco empresas do grupo dos correios. Em 2009, Paulo Campos traz para o grupo Luís Manuel Pinheiro Piteira, que dentro dos CTT é convidado para a administração da Empresa de Arquivo de Documentação (EAD). Este ano, acumulou ainda a estas funções o cargo de administrador de outra empresa dos CTT, a “Payshop”, avança a Renascença. Os dois administradores partilhavam com o agora secretário de Estado a gerência da empresa Puro Prazer, criada em 1994. Contactado pelo PÚBLICO, o gabinete de assessoria de comunicação do ministério confirmou que ambos os responsáveis tiveram uma relação profissional com Paulo Campos na empresa "Puro Prazer", entre 1994 e 1996, data em que a empresa acabou a sua actividade. Carla Fernandes, da assessoria de comunicação, corrigiu que apenas durante esses dois anos houve uma parceria empresarial, apesar da empresa em causa só ter sido legalmente dada como extinta em 2002, por atrasos alheios aos três sócios. O PÚBLICO pediu outros esclarecimentos sobre as nomeações e aguarda ainda uma resposta do ministério…PUBLICO.

sábado, 6 de novembro de 2010

Passos Coelho insiste na responsabilização dos que colocam em causa futuro do país.

Esta seria a grande novidade no panorama politico. Assim se leve à pratica e teremos um país no qual todos nos sentiremos bem, pois é mais justo e mais livre! Naturalmente que os membros deste governo e do anterior, já estariam todos a braços com a justiça que, se fosse implacável, hoje não estaríamos nas condições em que estamos! Não veríamos tanto carro topo de gama, não veríamos as lojas de marcas famosas cheias, não sairia tanto dinheiro para os cofres suíços e offshore, não veríamos tantos iates, aeronaves, etc., mas a população em geral viveria melhor.

“O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, reiterou hoje em Estremoz a ideia de que aqueles que colocam em causa o futuro do país têm de ser responsabilizados não apenas em eleições mas também penalmente.”PUBLICO.

Lacão disponível para repensar ordenados altos na RTP e no sector público.

Andam a reboque e provavelmente não dá em nada…

“O líder parlamentar do CDS-PP, Mota Soares, pediu, por quatro vezes, que o ministro Jorge Lacão dissesse se acha “justo e razoável” que quadros da RTP ganhem 15.000 euros por mês, “quase o dobro” do Presidente da República. Só no final da reunião das Comissões de Orçamento e Finanças e da Ética sobre o Orçamento do Estado de 2011, o ministro dos Assuntos Parlamentares admitiu que “não deve haver temas tabus” e que se deve reponderar “quais são os níveis justos e proporcionais dos vencimentos no sector público empresarial”.PUBLICO

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Saúde esconde valor do buraco acumulado do SNS!!!

Mentirosos, incompetentes, e mais …

Os responsáveis do Ministério da Saúde esconderam o valor do défice acumulado (saldo do exercício mais dívidas de anos anteriores) no mapa com a execução orçamental do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ao contrário do que acontece todos os anos no Parlamento, no âmbito da discussão na especialidade das propostas do Orçamento do Estado (OE), o mapa que a ministra Ana Jorge e os secretários de Estado, Óscar Gaspar e Manuel Pizarro, entregaram aos deputados e à comunicação social com a execução de 2010 não tem qualquer referência ao valor do saldo (défice) acumulado do SNS. Apesar da insistência dos deputados da oposição, os responsáveis do ministério não revelaram esse valor.
E percebe-se porquê. É que o buraco da Saúde deverá ultrapassar já os mil milhões de euros, tendo em conta que no final de 2009 o défice acumulado do SNS atingia quase os 600 milhões de euros e que este ano as contas da Saúde derraparam em mais de 500 milhões de euros. À saída do plenário, o PÚBLICO perguntou ao secretário de Estado Óscar Gaspar se os números são tão negros que merecem ser escondidos, mas o governante defendeu-se dizendo que a tabela que excluíram este ano é de "ordem mais técnica" e justificou que não foi solicitada pelos deputados. No entanto, durante a tarde, vários foram os deputados que repetiram a mesma pergunta: "Qual é a dívida total acumulada do SNS?" "A senhora ministra não esclarece o que importa saber e também não contabiliza a dívida a fornecedores que já é superior a 1500 milhões. Vai ficar para a história como a pessoa que destruiu o SNS", disse a centrista Teresa Caeiro. Uma preocupação também manifestada pelo bloquista João Semedo, pelo comunista Bernardino Soares e pela social-democrata Clara Carneiro. Manuel Pizarro limitou-se a responder que "a despesa com a Saúde está controlada e muito longe dos maus agoiros".
Em relação ao défice do exercício, o mapa facultado revela que este se situará nos 199,4 milhões de euros, um valor inferior à derrapagem de mais 500 milhões já assumida pelo Governo pela voz do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. Óscar Gaspar explicou que a diferença é justificada pelas parcelas que são consideradas por cada ministério, explicando que nestes 500 milhões estão os 385 que Ana Jorge teve de avançar aos hospitais em nome da ADSE, 100 milhões da derrapagem com a comparticipação dos medicamentos a 100 por cento e 50 da despesa com farmácia em ambulatório. Estes 199,4 milhões são ainda bem diferentes (para pior) dos 24 milhões de euros de saldo positivo que o ministério estimava alcançar no final deste ano, aquando da discussão da proposta de OE2010. Estes dados confirmam que as medidas anunciadas em Maio pela ministra da Saúde para conter a despesa e o desperdício no sector - que segundo Ana Jorge iriam ter efeitos ao longo do segundo semestre - afinal não tiveram grande impacto. Os dados agora revelados indicam ainda que o défice do exercício de 2009 ainda foi pior do que o inscrito no mapa do ano passado. O ministério previa ter um saldo negativo de 331,1. Agora ficou a saber-se que foi de 394,8 milhões de euros. Apesar deste cenário, para 2011 a tutela faz uma previsão ainda mais positiva do que aquela que em 2009 fez para 2010: para o ano Ana Jorge estima que o SNS venha mesmo a dar um lucro de 31,9 milhões de euros.
Ordenados dos gabinetes geram polémica
Quanto ganham os membros do Governo na área da saúde? A questão foi ontem levada ao Parlamento pela deputada do PSD Maria Teresa Fernandes. As contas da parlamentar mostram que a despesa em ordenados dos gabinetes da ministra da Saúde e dos dois secretários de Estado totaliza cerca de três milhões de euros. Um valor que foi prontamente desmentido por Ana Jorge. PUBLICO.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PGR em silêncio sobre audição a António Mota. Da Mota-Engil

A PGR, em resposta ao Económico, recusou comentar a audição do presidente do grupo Mota-Engil que decorre no DCIAP.

António Mota terá sido indiciado pela prática de crimes de fraude fiscal agravada e branqueamento de capitais num caso relacionado com a Operação Furacão, avançou a edição online do Sol sem citar qualquer fonte. Segundo a mesma publicação, o presidente da Mota-Engil está a ser ouvido no DCIAP na condição de arguido nesse processo. Contactada pelo Económico, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recusou fazer qualquer comentário. A informação foi avançada já depois do fecho da bolsa. As acções da Mota-Engil encerraram a sessão de hoje a recuar 0,84% para 2,12 euros.Económico

Decretos-lei 70/2010 e 72/2010, que reduzem os apoios aos portugueses com rendimentos insuficientes e aos desempregados!

por Eugénio Rosa [*]

Com o pretexto de que a economia portuguesa está a recuperar, mas fundamentalmente com o objectivo de reduzir o défice orçamental de 9,3% para apenas 2% do PIB entre 2009 e 2013, o que corresponde a uma redução da despesa publica de 12.234,8 milhões € em quatro anos, que significa um corte muito grande, o governo, através do Decreto-Lei 77/2010, eliminou as medidas extraordinárias de apoio aos desempregados que eram para vigorar durante a crise, e que foram as seguintes: (a) Eliminação da prorrogação por mais 6 meses do subsídio social de desemprego inicial e subsequente;

(b) Eliminação da redução do prazo de garantia (numero de dias de descontos para a Segurança Social) para se ter acesso ao subsídio de desemprego que era de 365 dias e que agora passou para 450 dias;

(c) Eliminação da majoração de 10% do subsídio de desemprego para os desempregados com dependentes a seu cargo. Portanto, medidas todas elas que vão atingir profundamente todos os portugueses que não têm trabalho, reduzindo ainda mais os que têm direito a receber o subsídio de desemprego. E isto quando o numero de desempregados a receber subsídio de desemprego não para de diminuir. De acordo com o Ministério do Trabalho, em Fevereiro de 2010 eram 370.658, mas em Junho de 2010 já apenas 352.846, ou seja, menos 17.812.
Para além destas medidas extraordinárias que o governo tinha aprovado no inicio do ano para vigorarem até ao fim de 2010, mas que eliminou em Junho deste ano, este governo aproveitou a "embalagem" e eliminou também uma medida que não era extraordinária, que tinha sido implementada através do Decreto-Lei 245/2008, portanto muito antes das chamadas medidas extraordinárias, que era a seguinte: "Os titulares do direito a abono de família para crianças e jovens, de idade compreendida entre 6 e 16 anos durante o ano civil que estiver em curso, têm direito a receber, no mês de Setembro, além do subsídio que lhes corresponde, um montante adicional de igual quantitativo que visa compensar as despesas com encargos escolares, desde que matriculados em estabelecimento de ensino". Após a publicação do Decreto-Lei 77/2010, passaram a ter direito, não todas as famílias que recebiam abono como acontecia, mas apenas as beneficiários pertencentes ao 1º escalão do abono de família, ou seja, passaram a ter direito a este adicional de abono a receber em Setembro de cada ano apenas as famílias cujo rendimento familiar a dividir pelo numero de filhos com idade entre os 6 e 16 anos seja inferior a 209,61€/mês, o que reduziu drasticamente o numero de famílias com direito ao adicional do abono de família.
E como tudo isto já não fosse suficiente, este governo aprovou dois outros decretos – o Decreto Lei 70/2010 e 72/2010 – que entram em vigor dois meses após a sua publicação, ou seja, em 1 de Agosto de 2010, que reduzem o apoio aos portugueses com rendimentos insuficientes, portanto próximos ou mesmo no limiar da pobreza, e aos desempregados. E são esses dois decretos que entrarão em vigor no inicio de Agosto, que revelam um profunda insensibilidade social, que vamos analisar seguidamente procurando tornar claros os seus efeitos.
O DECRETO-LEI Nº 70/2010 – A alteração da chamada condição de recursos vai reduzir significativamente o direito a apoios sociais
O acesso em Portugal a muitas prestações de apoio social (abono de família, abono pré-natal, subsídio social de desemprego, complemento solidário de idoso, rendimento social de inserção, acção escolar, taxas moderadoras, comparticipações nos medicamentos, comparticipação nas despesas dos utentes de cuidados continuados, etc.), de quem não possua recursos suficientes depende de cumprir a chamada " condição de recursos", que é definida com base no rendimento "per capita" do agregado familiar.
Para reduzir o número daqueles que têm direito a esses apoios sociais o governo alterou a fórmula como se calcula o rendimento "per capita".
Até aqui só eram considerados como pertencentes ao agregado familiar aqueles em que se verificava uma relação dependência económica. Após 1 de Agosto de 2010, com a entrada em vigor do Decreto-Lei 70/2010, são consideradas todas as pessoas em economia comum, ou seja, que residem no mesmo alojamento e suportem em conjunto as despesas fundamentais ou básicas, portanto muitas mais, o que fará aumentar o rendimento familiar, e quanto maior seja o rendimento familiar menos é a probabilidade de ter direito a apoios sociais.
Para além disso, até aqui o rendimento "per capita" era obtido dividindo o rendimento do agregado familiar pelo número de pessoas que o constituíam. Após 1 de Agosto de 2010, com a entrada em vigor do Decreto-Lei 70/2010, já isso não acontece. O primeiro adulto "vale" 1, mas cada adulto seguinte vale apenas 0,7; e as crianças, cada uma somente 0,5.
Um exemplo, para tornar as consequências desta alteração mais claras. Imagine-se um agregado familiar cujo rendimento é de 1000€/mês, constituído por 2 adultos, em que um foi despedido, e por duas crianças. Até aqui o rendimento "per capita" do agregado familiar obtinha-se dividindo os 1000€ pelas 4 pessoas, o que dava 250€. Agora divide-se apenas por 2,7 (o 1º adulto=1; o 2º adulto =0,7; cada criança =0,5), e obtém-se já 370€, de rendimento "per capita". Para se ter acesso ao subsídio social de desemprego é obrigatório que o rendimento "per capita" do agregado familiar do desempregado seja inferior a 80% do IAS, ou seja, a 335€. Pela forma como antes era calculado o rendimento "per capita" o desempregado daquele agregado familiar tinha direito ao subsídio social de desemprego. Após a a entrada em vigor do Decreto-Lei 70/2010 este mesmo desempregado já não tem direito ao subsídio social de desemprego. O que acontece com este subsídio sucede como muitos outros apoios sociais a pessoas a viver no limiar da pobreza. Portanto, o numero de portugueses com insuficiência de recursos com direito a apoios sociais (abono de família, abono pré-natal, subsídio social de desemprego, complemento solidário de idoso, rendimento social de inserção, acção escolar, taxas moderadoras, comparticipações nos medicamentos, comparticipação nas despesas dos utentes de cuidados continuados, etc.) vai diminuir significativamente. Mas é desta forma que este governo pretende reduzir as despesas do Estado, para assim reduzir o défice orçamental.
O DECRETO-LEI Nº 72/2010: Reduz o subsídio de desemprego e determina a diminuição geral dos salários no futuro
E como tudo isto já não fosse suficiente, o governo também alterou a lei do subsídio de desemprego, ou seja, o Decreto-Lei nº 187/2007. Segundo o nº2 do artº 29 do Decreto-Lei 72/2010, que também entra em vigor em 1 de Agosto de 2010, o valor máximo do subsídio de desemprego vai baixar de 65% do salário ilíquido que o trabalhador recebia antes de ser despedido para apenas 75% desse salário líquido , ou seja, depois de deduzir o desconto para a Segurança Social (11%) e a retenção do IRS. Para além disso, o desempregado passa a ser obrigado a aceitar qualquer emprego, sob pena de perder o direito ao subsídio, desde que o salário oferecido nos primeiros 12 meses seja igual ao subsídio de desemprego mais 10%, e depois basta que seja igual ao subsídio de desemprego, que no máximo corresponde a 75% do salário liquido que o trabalhador recebia no emprego anterior (.
Portanto, e repetindo para ficar claro, a partir de 1 de Agosto de 2010, com a entrada em vigor do Decreto-Lei 72/2010 não é só o subsídio de desemprego que vai diminuir (passa de 65% do salário ilíquido que o trabalhador tinha antes de ser despedido para apenas 75% desse salário liquido ), mas também o salário do desempregado em futuro emprego já que ele ficará obrigado a aceitar um emprego cujo salário seja apenas igual ao subsídio de desemprego após mais 10% nos primeiros 12 meses de desemprego, e depois desse período é obrigado a aceitar um emprego desde que o salário seja igual ao subsídio de desemprego que está receber, o qual no máximo é igual a 75% do salário liquido que recebia antes de cair no desemprego. E se não aceitar perde o direito ao subsídio de desemprego (artº 13º, artº 41, nº1, alínea a; artº 49,nº1, alínea a). É de prever que os patrões aproveitem esta disposição da lei, ou seja, esta ajuda do governo para baixar ainda mais os salários. Mas é desta forma que este governo pretende promover o emprego em Portugal, reduzindo ainda mais a qualidade do emprego e os salários.
O CARACTER RECESSIVO DO PEC E A INSENSIBILIDADE SOCIAL DESTAS MEDIDAS
O PEC:2010-2013 é um programa recessivo porque reduz a despesa e o investimento público e diminui o poder de compra da população através do congelamento dos salários e das prestações sociais, ou da sua eliminação, e da subida dos impostos (só a subida do IVA e do IRS reduz o poder de compra da população em mais de 1.260 milhões €/ano). Como se está a verificar igual corte de despesas públicas em todos os países da U.E. (mais de 200.000 milhões €), as exportações tornar-se-ão mais difíceis, e o desemprego vai continuar a aumentar. A saída de Portugal da crise torna-se assim mais difícil.
Para além de tudo isso, pelas medidas analisadas neste artigo que também constam do PEC, fica claro que ele é também um programa que revela uma profunda insensibilidade social.
Numa altura como esta é necessário que o País e também as famílias façam uma aplicação rigorosa dos seus recursos, não se endividando mais (as taxas de juro estão a aumentar), e que ninguém cruze os braços, não deixando de participar em movimentos da sociedade civil para que a politica do governo português e da UE deixe de se preocupar apenas com a redução do défice orçamental e em "agradar os mercados" e passe a se preocupar com as pessoas, em particular com as que menos têm. [*] Economista, edr2@netcabo.pt  Este artigo encontra-se em http://resistir.info/.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Também sou mineiro

Tirem-me daqui!
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O que na Rússia se escreve sobre nós!

No Pravda - 4 páginas sobre Portugal
por
Joao Martins a Quarta-feira, 20 de Outubro de 2010 às 14:05

" Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal pelo Governo liberal de José Sócrates, um caso de um outro governo de centro-direita pedindo ao povo Português a fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria.
E não é porque eles serem portugueses.
Vá ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos, e você vai descobrir que doze por cento da população é português, o povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao Japão....e Austrália.
Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto com o mundo real, um esteio na classe política elitista Português no Partido Social Democrata e Partido Socialista, gangorras de má gestão política que têm assolado o país desde anos 80.
O objectivo? Para reduzir o défice. Por quê?
Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?
Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia deixou-se a ser sugado é aquele em que a agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, baseadas nos estados unidos da América (onde havia de ser?) virtual fisicamente controlam as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da atribuição das notações de crédito.
Com amigos como estes organismos, e Bruxelas, quem precisa de inimigos? Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e com medo, apavorada com a Alemanha depois que suas tropas invadiram seu território três vezes em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de pesadelo de Hitler. França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para sua indústria.
E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos por motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de qual país eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.
Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata, direita) e PS (Socialista, de centro), têm sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo sua agricultura (agricultores portugueses são pagos para não produzir) e sua indústria (desapareceu) e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas), a troco de quê?
O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza em uma base sustentável?
Aníbal Cavaco Silva, agora Presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que estavam despejando bilhões através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque ele éconsiderado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é) e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice público em Portugal e o campeão de gastos públicos.
A sua "política de betão" foi bem concebida, mas como sempre, mal planeada, o resultado de uma inepta, descoordenada e, às vezes inexistente localização no modelo governativo do departamento do Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o país e seu povo.
Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral.
O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam
Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini. Maserati. Foram organizadas caçadas de javali em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e Aníbal Silva ficou a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político. E ele é um dos melhores.
Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo diplomata excelente, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, "Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando") que criou mais problemas com seu discurso do que ele resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha. Resultando em dois mandatos de José Sócrates; um Ministro do Ambiente competente, que até formou um bom governo de maioria e tentou corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado por interesses instalados.
Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projectos de educação).
E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria, demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes. Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os resultados:
Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%). Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país (5%) Concordo com o sacrifício (1%) Um por cento. Quanto ao aumento dos impostos, a reacção imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afectará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar. É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português. Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado de suas ideias e propostas.
Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, enviou os interesses de Portugal no ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos. Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem se deveriam ter sido assimilados há séculos, pela Espanha. Que convidativo, o ditado português "Quem não está bem, que se mude". Certo, bem longe de Portugal, como todos os que possam, estão fazendo. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe política abominável.

Timothy Bancroft-Hinchey

Pravda.Ru