Um estudo académico português acaba de revelar serem algo desanimadores os resultados que se extraem, em matéria de realização efectiva de negócios, da presença de empresários nacionais que viajam integrados em visitas oficiais portuguesas ao estrangeiro. Segundo essa análise, os responsáveis empresariais frequentemente não preparam com cuidado as reuniões com os seus contrapartes e o saldo destes exercícios acaba, muitas vezes, por não ser relevante para as nossas exportações ou para a criação de parcerias.
Há cerca de cinco anos, numa intervenção na reunião anual do Fórum dos Embaixadores da então API (Agência Portuguesa para o Investimento), expressei a ideia de que deveria ser feita uma "sindicância funcional" aos resultados efectivos que Portugal tinha obtido com a contínua presença de empresários nas comitivas oficiais portuguesas ao estrangeiro, ao longo das últimas décadas. Qualifiquei mesmo algumas dessas viagens - não todas, como é evidente - como um simples "turismo empresarial". As minhas palavras não saíam do nada: derivavam da observação continuada do comportamento de alguns dos nossos empresários, em imensas ocasiões que eu próprio havia testemunhado.
Quem estava presente nessa reunião deve lembrar-se que esta minha sugestão provocou então algum mal-estar, porque parecia que eu estava a tocar numa qualquer "vaca sagrada", como se o apontar do dedo ao sector empresarial, privado ou público, constituísse em Portugal um acto de lesa-magestade.
Assumo a imodéstia de que, afinal, eu poderia ter alguma razão. Infelizmente.
Há cerca de cinco anos, numa intervenção na reunião anual do Fórum dos Embaixadores da então API (Agência Portuguesa para o Investimento), expressei a ideia de que deveria ser feita uma "sindicância funcional" aos resultados efectivos que Portugal tinha obtido com a contínua presença de empresários nas comitivas oficiais portuguesas ao estrangeiro, ao longo das últimas décadas. Qualifiquei mesmo algumas dessas viagens - não todas, como é evidente - como um simples "turismo empresarial". As minhas palavras não saíam do nada: derivavam da observação continuada do comportamento de alguns dos nossos empresários, em imensas ocasiões que eu próprio havia testemunhado.
Quem estava presente nessa reunião deve lembrar-se que esta minha sugestão provocou então algum mal-estar, porque parecia que eu estava a tocar numa qualquer "vaca sagrada", como se o apontar do dedo ao sector empresarial, privado ou público, constituísse em Portugal um acto de lesa-magestade.
Assumo a imodéstia de que, afinal, eu poderia ter alguma razão. Infelizmente.
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