Raras vezes na vida me tem acontecido acabar por ter mais razão do que aquela que julgava ter.
Quando suscitei a questão do atraso dos projectos da Unicer para o Parque Termal das Pedras Salgadas (ver o texto aqui), parti de informação esparsa, que havia recolhido localmente. Daí a minha "extrema ignorância", como bem referem as declarações da Unicer, a qual, aliás, é comum à da generalidade da população das Pedras Salgadas, como então pude constatar. Coisa que se teria resolvido se a Unicer tivesse explicado publicamente, e de forma muito clara, o estado das coisas. Mas, pelo que agora disse, fica melhor a perceber-se o seu anterior embaraçado silêncio.
Os esclarecimentos que o jornal "i" agora trazem por parte da Unicer - finalmente! - falam por si e dão bem a medida do que, afinal, as Pedras Salgadas (não) podem esperar da Unicer.
Nas declarações prestadas ao jornal pela Unicer há uma sequencial e reveladora evolução nos termos utilizados quanto ao agora já apenas hipotético "hotel" nas Pedras Salgadas. Senão, vejamos.
Inicia-se com um imperativo "o hotel vai ser construído". Excelente, ficamos assegurados!
Segue-se, porém, um mais dubitativo: "É necessário rentabilizar a operação de Vidago para saber que projecto será viável para Pedras Salgadas". Mau! E quanto tempo vai isso demorar? Anos, com certeza!
Um pouco a seguir, o jornal adianta que a Unicer resolveu "suspender" a construção da unidade hoteleira, que está a ser "redesenhada". Prazos para isso? Nem vê-los!
A pedrada final nas Pedras vem a seguir, nas próprias palavras da Unicer: "Trata-se de um investimento de rentabilidade muito limitada. Diria mesmo que questionável".
E, finalmente, linhas adiante, fica a saber-se, pela boca da Unicer, que o hotel das Pedras Salgadas "está em reavaliação".
O leitores julgarão a extrema coerência evolutiva (a expressão "economia com a verdade" seria talvez um melhor eufemismo) que ressalta destas declarações, que são bem o espelho do que as Pedras Salgadas podem (não) esperar por parte da Unicer.
Restará agora ouvir vozes autorizadas da AICEP e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, para que possamos ver definitivamente mais claro neste assunto e saber se estes atrasos (confessados!) pela Unicer têm ou não cobertura oficial. E, mais do que isso, se são conformes aos seus compromissos, à luz dos quais receberam ajudas financeiras para estes projectos.
Os "projectos tartaruga" da Unicer para os parques termais, como bem os qualifica o "i", seguem, assim, o seu pachorrento ritmo. Mas no que toca à exploração dos lucros das águas, a Unicer sabe poder contar com Pedras Salgadas... em ponto!
Quando suscitei a questão do atraso dos projectos da Unicer para o Parque Termal das Pedras Salgadas (ver o texto aqui), parti de informação esparsa, que havia recolhido localmente. Daí a minha "extrema ignorância", como bem referem as declarações da Unicer, a qual, aliás, é comum à da generalidade da população das Pedras Salgadas, como então pude constatar. Coisa que se teria resolvido se a Unicer tivesse explicado publicamente, e de forma muito clara, o estado das coisas. Mas, pelo que agora disse, fica melhor a perceber-se o seu anterior embaraçado silêncio.
Os esclarecimentos que o jornal "i" agora trazem por parte da Unicer - finalmente! - falam por si e dão bem a medida do que, afinal, as Pedras Salgadas (não) podem esperar da Unicer.
Nas declarações prestadas ao jornal pela Unicer há uma sequencial e reveladora evolução nos termos utilizados quanto ao agora já apenas hipotético "hotel" nas Pedras Salgadas. Senão, vejamos.
Inicia-se com um imperativo "o hotel vai ser construído". Excelente, ficamos assegurados!
Segue-se, porém, um mais dubitativo: "É necessário rentabilizar a operação de Vidago para saber que projecto será viável para Pedras Salgadas". Mau! E quanto tempo vai isso demorar? Anos, com certeza!
Um pouco a seguir, o jornal adianta que a Unicer resolveu "suspender" a construção da unidade hoteleira, que está a ser "redesenhada". Prazos para isso? Nem vê-los!
A pedrada final nas Pedras vem a seguir, nas próprias palavras da Unicer: "Trata-se de um investimento de rentabilidade muito limitada. Diria mesmo que questionável".
E, finalmente, linhas adiante, fica a saber-se, pela boca da Unicer, que o hotel das Pedras Salgadas "está em reavaliação".
O leitores julgarão a extrema coerência evolutiva (a expressão "economia com a verdade" seria talvez um melhor eufemismo) que ressalta destas declarações, que são bem o espelho do que as Pedras Salgadas podem (não) esperar por parte da Unicer.
Restará agora ouvir vozes autorizadas da AICEP e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, para que possamos ver definitivamente mais claro neste assunto e saber se estes atrasos (confessados!) pela Unicer têm ou não cobertura oficial. E, mais do que isso, se são conformes aos seus compromissos, à luz dos quais receberam ajudas financeiras para estes projectos.
Os "projectos tartaruga" da Unicer para os parques termais, como bem os qualifica o "i", seguem, assim, o seu pachorrento ritmo. Mas no que toca à exploração dos lucros das águas, a Unicer sabe poder contar com Pedras Salgadas... em ponto!
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