O Deutsche Bank diz que os últimos números da consolidação orçamental devem tornar "ainda mais difícil" a negociação do Orçamento.
Num comentário aos últimos números da consolidação orçamental em Portugal, ontem revelados pelas Finanças, o Deutsche Benk nota que a despesa continua a subir mais que a receita. O economista Gilles Moec escreve ainda que tal não se deve à evolução das receitas fiscais, mas à rubrica "outras receitas", sobre a qual "o Tesouro português deu muito poucos detalhes". E tal como HSBC, JPMorgan e Citigroup, o Deutsche Bank também sinaliza que Portugal corre o risco de ficar para trás no combate ao défice. "A julgar pelos últimos números, parece que o governo precisa de apressar, rapidamente, os seus esforços pare reduzir o défice para conseguir atingir os objectivos fixados em Bruxelas de reduzir o défice para 7,3% do PIB este ano face aos 9,4% de 2009", escreve o economista do banco alemão. O clima político português também não passou despercebido a Gilles Moec, que dá conta da minoria parlamentar socialista e das crescentes reticências do PSD, "desde o Verão", em relação às finanças públicas. "É pouco provável que os últimos números melhorem a situação política [portuguesa] (...) As negociações para o Orçamento de 2011, que terá de ser apresentado ao Parlamento até 15 de Outubro, deverão tornar-se ainda mais difíceis", prevê o banco alemão. Económico
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