Encontrei-o há dias. Careca, mais gordo, mais velho, reformado, mas sempre com aquele sorriso jovial, o mesmo que tinha quando andávamos envolvidos nas "guerras" políticas radicais dos anos 70. Falámos do país e dos dramas caseiros.
- Felizmente que pertencemos a uma geração realizada, comentou. Lembras-te quando lutávamos por uma sociedade sem classes?
Eu lembrava-me, mas não percebia onde ele queria chegar.
- Pois bem. Conseguimos o que queríamos: temos por aqui uma sociedade sem classe nenhuma...
Continua um exagerado.
Sem comentários:
Enviar um comentário