O grupo Portucel Soporcel desencadeou "um processo de levantamento exaustivo das relações eventualmente existentes" entre os seus funcionários e as empresas de Manuel Godinho, principal arguido do processo Face Oculta, informou hoje o grupo, em comunicado. "A Direcção de Auditoria Interna irá prosseguir com o levantamento já em curso e a Comissão Executiva irá solicitar junto das Entidades Judiciárias toda a informação que possa ser obtida", lê-se no comunicado. A empresa da indústria do papel vai "desencadear os processos disciplinares internos que se justifiquem, caso venham a ser apurados factos que confirmem a ligação de qualquer funcionário das empresas que integram o actual Grupo Portucel Soporcel". Processos até às últimas consequências. O grupo garantiu ainda que "estes processos serão levados até às últimas consequências, dentro do quadro normativo aplicável". Manuel José Godinho foi a única pessoa detida durante a operação "Face Oculta", realizada na quarta-feira pela PJ em vários pontos do país, no âmbito de uma investigação relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais, a que está ligado aquele empresário. No decurso da operação foram efectuadas cerca de 30 buscas, domiciliárias e a postos de trabalho, e 14 pessoas foram constituídas arguidas, incluindo Armando Vara, vice-presidente do Millennium BCP, José Penedos, presidente da Rede Eléctrica Nacional (REN), e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA, de Manuel José Godinho. Expresso.pt
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