sábado, 21 de novembro de 2009

Cidade Universitária (2)


 

Foi muito interessante poder testemunhar o início do encontro de diversas gerações de antigos estudantes, que hoje se reuniram na Casa de Portugal, na Cité Universitaire de Paris. Muitos vindos de Portugal e alguns de bem mais longe, como foi o caso da pintora Isabel Pavão, que viajou desde Nova Iorque para poder estar presente no encontro. Dele pode vir a nascer uma Associação de antigos residentes, feito na base de um inventário mais completo do imenso número de pessoas que, desde a criação da Casa, nela habitaram.
A Casa de Portugal foi construída pela Fundação Calouste Gulbenkian, com desenho do arquitecto José Sommer-Ribeiro e tem uma história muito interessante, de que já aqui falei, em especial por nela se terem reflectido alguns períodos da vida política francesa e portuguesa, como o Maio de 1968, o 25 de Abril e o período revolucionário que se lhe seguiu.
Segundo "Les Portugais à Paris" (Chandeigne, 2009), a Casa de Portugal foi inaugurada em 1967, tendo passado a ter o nome de André de Gouveia em 1972 (ver aqui). Dos originais 29 quartos, a residência passou a ter 170, após uma recente reforma. Salazar comentaria, a propósito dos estudantes que a utilizavam: "Eles vão para Paris para, de seguida, irem para Moscovo". Em alguns casos, teve razão...
Durante o encontro de hoje, suscitei a ideia de se poder fazer uma recolha de testemunhos sobre a história da Casa de Portugal, por forma a permitir reconstituir uma memória escrita de um dos locais emblemáticos da presença portuguesa em Paris. Prontifiquei-me a colocar a Embaixada disponível para ajudar nessa tarefa.

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