sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Álvaro Morna

 

Ao notar a próxima realização de uma mesa-redonda, aqui em Paris, sobre os media portugueses, não consegui deixar de recordar uma das primeiras pessoas com quem contactei, no seio do jornalismo português em França, quando por aqui fui passando, noutras andanças: Álvaro Morna.

Era uma figura amável e delicada, com um registo de entusiasmo profissional que seduzia, um trato humano onde se adivinhava uma personalidade de bem consigo mesmo, que gostava de fazer aquilo a que se dedicava. Rigoroso e conhecedor dos temas, fazia parte daquela magnífica espécie de profissionais com quem se pode falar sem qualquer receio de vir a ser mal citado, sem rasteiras ao canto de uma pergunta.

Exilado desde novo em França, Álvaro Morna trabalhou na Radio France Internationale, tendo sido aqui correspondente da Lusa, do Diário de Notícias e da Rádio Renascença. Andou muito pelo mundo e escreveu dois livros. Morreu em 2005. Deixou família e muitos amigos que, volta e meia, me falam dele com saudade.

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