Era uma figura amável e delicada, com um registo de entusiasmo profissional que seduzia, um trato humano onde se adivinhava uma personalidade de bem consigo mesmo, que gostava de fazer aquilo a que se dedicava. Rigoroso e conhecedor dos temas, fazia parte daquela magnífica espécie de profissionais com quem se pode falar sem qualquer receio de vir a ser mal citado, sem rasteiras ao canto de uma pergunta.
Exilado desde novo em França, Álvaro Morna trabalhou na Radio France Internationale, tendo sido aqui correspondente da Lusa, do Diário de Notícias e da Rádio Renascença. Andou muito pelo mundo e escreveu dois livros. Morreu em 2005. Deixou família e muitos amigos que, volta e meia, me falam dele com saudade.
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