Segundo o diário Económico, quando as economias começaram a dar os primeiros sinais de recuperação e as bolsas começaram a subir desalmadamente no início do segundo trimestre, os mais optimistas apressaram-se a decretar o fim da crise.
Os mais cautelosos disseram que a recessão tinha acabado, mas que a crise continuava. Os mais pessimistas chamaram a atenção para uma recaída, quer nas bolsas, quer na economia real. No meio mora a virtude. Os dados macroeconómicos mostram que os EUA já saíram da recessão e, na Europa, Bruxelas aponta para um regresso do crescimento já a partir do próximo ano. Mas a crise está longe de terminar e a última semana tem sido fértil em más notícias. As bolsas voltaram a sucumbir, grandes empresas como a Nokia Siemens e a Johnson & Johnson estão a anunciar o despedimento de milhares de trabalhadores, nos EUA foi decretada a quinta maior falência de sempre com o fim do CIT e no Reino Unido o Governo já encetou uma segunda vaga de injecção de dinheiro na banca. São sinais que demonstram que ainda é muito cedo para que os governos retirem as medidas de apoio às empresas e à banca. E para que os bancos centrais invertam as políticas expansionistas. Caso contrário, seremos obrigados a dar razão aos pessimistas, ou seja, a crise pode voltar a descambar em recessão.
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