O comissário europeu dos Assuntos Económicos sublinhou hoje a necessidade de se prosseguir o rumo do ajustamento e das reformas.
Olli Rehn, que falava na sessão de apresentação do relatório 'Euro Plus Monitor 2013', do 'think tank' Lisbon Council, em Bruxelas, sustentou que se está a assistir já a um "reequilíbrio da economia da zona euro", com um aumento da confiança e da procura interna, comentando a propósito que países que acumularam défice ao longo da última década "veem agora as suas exportações contribuírem fortemente para o crescimento".
"Por exemplo, em Espanha e Portugal estamos a assistir a uma grande melhoria do crescimento das exportações", com reflexos no crescimento, disse, observando que a Irlanda "já estava neste caminho há algum tempo".
De acordo com o relatório, elaborado pelo elaborado Lisbon Council em colaboração com o banco Berenberg, a mais antiga casa de investimento alemã, Portugal surge no quinto posto na classificação do ajustamento externo, entre 20 países, sendo a Irlanda primeira e a Espanha terceira.
Comentando também que os mais recentes dados do Eurostat, o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, "mostram que as economias de Espanha e Portugal voltaram a território positivo", o comissário do euro insistiu que têm sido feitos muitos progressos na economia da zona euro, e em particular nos países sob programa de ajustamento, "reconhecidos pelos parceiros internacionais e forças de mercado", e pelo próprio relatório 'Euro Plus Monitor', que reconhece que estes países "já não vivem acima das suas possibilidades".
Em suma, Olli Rehn afirmou que: "Sim, a retoma está a ganhar terreno, mas o processo de ajustamento em curso, que é necessário, ainda continuará por algum tempo" a pesar no crescimento, e o alto nível de desemprego "é um lembrete de que não há tempo para complacência, para discursos auto congratulatórios, e o ênfase deve ser mantido no investimento, no acesso ao financiamento e em políticas que fomentem o crescimento, mantendo o rumo das reformas".
O comissário europeu voltou ainda a fazer a defesa dos programas de ajustamento económico, apontando que estes "têm como objetivo assegurar um regresso à estabilidade financeira e macroeconómica e sustentabilidade orçamental", que "são pré-condições para a criação de emprego e crescimento sustentáveis, os objetivos últimos destes programas", que Irlanda e Espanha se preparam para concluir "em tempo e de acordo com o plano original, o que mostra que há um início e um fim nestes programas".Portugueses e espanhóis "já não vivem acima das suas possibilidades" | Económico
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