Francisco Seixas da Costa
Conheço António Marinho Pinto há cerca de 50 anos. Recordo-me de conversas, muitas vezes políticas, que tivémos à volta das mesas da pastelaria Gomes, em Vila Real, no final dos anos 60. Nestas décadas, fomo-nos encontrando, muito pouco, a espaços - por Coimbra, por Lisboa ou pelo Porto. À distância, e depois de o ter visto como jornalista e comentador televisivo, fui acompanhando a sua prestação à frente da Ordem dos Advogados, um seu tempo de grande visibilidade pública, com forte dose de polémica, servida pelo verbo fácil, pela palavra desassombrada, pela vontade de chamar as coisas pelos nomes, na área da Justiça. Que justiça lhe fará a Justiça? Marinho Pinto acaba agora o seu tempo à frente da Ordem. Com toda a franqueza, não tenho uma opinião concreta sobre o saldo que fica da sua ação no setor. Mas o facto da sua sucessora, hoje eleita, o ter sido num registo de continuidade, leva-me a pensar que o trabalho de Marinho Pinto deve merecer um apoio maioritário junto dos seus pares. Estarei certo? Uma coisa tenho a agradecer ao meu amigo António Marinho Pinto: o inesquecível momento de televisão que ofereceu ao país, diante de uma conhecida figura televisiva. A frontalidade de Marinho Pinto ficou na história da nossa vida mediática. Quem quiser, relembre aqui o episódio. |
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