Francisco Seixas da Costa
Cenário: Balcão de uma cafeteria no aeroporto de Pedras Rubras, Porto, ao final da tarde de hoje: Diálogo entre mim e a empregada: - Queria um quarto de Pedras, natural. - Está doente? - Não... - Então não vai um fininho? - A esta hora não. - Olhe que lhe fazia bem. A água enferruja... - Não, prefiro a água. - O senhor é que sabe. E vai comer o quê? - Não sei bem. Talvez um croissant. - (Baixo) Os croissants já têm muitas horas. - Então o que é que aconselha? - Tenho aqui umas "sandes" de panado espetaculares. Frango ou porco? - Não sei se me apetece um panado... - Come um panado, sim senhor! Vá por mim... - Pronto, está bem! Um panado de frango. - Não se vai arrepender. Mas não vai comer o panado com Pedras, não é? - Então? - Vai beber um fininho, tirado aqui pela Adelaide. Ainda vai pedir outro... E eu, que tinha pensado "aconchegar" o estómago com um inocente croissant e uma casta Água das Pedras, saí dali depois de comer uma valente "sande" (era assim que estava no letreiro) com um imenso panado e um fino (só um, vá lá!). Muito bem tirado. O comércio é arte e simpatia. No Porto. |
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