sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A política externa e a Europa

Francisco Seixas da Costa

 

Ontem à noite falei da crise portuguesa e da crise na Europa, na perspetiva como ambas afetam e condicionam a nossa política externa - ou o que dela resta. Devo esclarecer que o tema não me agrada muito, porque sinto sempre alguma relutância em tratar, num registo de inevitável polémica, um assunto que, desde há anos, me esforço por consensualizar. Mas achei que tinha de corresponder ao amável convite do Instituto D. João de Castro e procurar refletir sobre algo a que consagrei uma importante parte da minha vida e cujo destino, muito simplesmente, me preocupa nos dias de hoje,

 

Com a quase meia centena de pessoas que, na noite frígida de ontem, se incomodaram para ir ouvir-me àquele simpático espaço no Restelo, conversei durante mais de duas horas, relembrando constantes do nosso posicionamento externo, assinalando as mudanças que as últimas décadas induziram no nosso cenário estratégico, refletindo sobre o "estado da arte" da nossa diplomacia, sobre meios, humanos e materiais, alocados à nossa dimensão internacional. Não foi um tempo de grande otimismo, devo esclarecer.

 

O professor Adriano Moreira presidiu à sessão e, no final, encerrou com um curto mas sábio testemunho, ao mesmo tempo ousado e sereno, sobre os riscos que entende que o país atualmente corre pelo menosprezo a que são votadas algumas da suas políticas públicas, aquelas que mais diretamente afetam a identidade e a memória do país.


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