A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração. E, nalguns casos, de respiração assistida.
Ouvido na rádio: não sei quantos funcionários públicos "escapam" aos cortes, porque ganham entre 600 (proposta inicial) e 675 (proposta final). "Escapam"? Pois é, é nas palavrinhas que se transmite muito da ideologia do poder. O verbo "escapam" indicia que, ao terem sido isentos dos cortes previstos, ou estão a gerar uma injustiça ou a fugir, a "escapar", a uma obrigação qualquer (como se "esacapassem" aos impostos ou da prisão.) É assim que se gera a normalidade "equitativa" das "poupanças" onde só há anormalidade punitiva dos cortes. |
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