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O Senhor das Armas contra Dilma? Posted: 30 Jun 2013 06:00 AM PDT Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net "O Senhor das Armas". Eis o novo título distintivo a que faz jus o mascate transnacional Luiz Inácio Lula da Silva. O cabra especializado em "vender o Brazil" ampliou sua atuação na África. Até semana passada, o foco de negócio dele, por lá, era compra e venda de diamantes, além de promover outros produtos de exportação brasileiros. Agora, enviado ao mundo africano pela Taurus, Lula cuida da venda de armas. Senta o dedo, $talinácio! A atividade de Lula parece ironia com o grave momento político vivido pela petralhada apavorada e desarvorada com os protestos vindos das ruas. Lula tem duas grandes bombas para desarmar. A primeira é a candidatura à reeleição de sua criatura Dilma Rousseff da Silva. A segunda é a irremediável substituição da equipe econômica – que deve ocorrer imediatamente. Henrique Meirelles já foi posto no aquecimento para substituir Guido Mantega. A aprovação da Presidenta já caiu do confortável índice 57% para o preocupante patamar de 30% - segundo pesquisa DataFolha. O Palhaço do Planalto já projeta sua a aprovação pode cair rapidamente para 26,5%. O negócio ficou tão feio que Dilma nem se arriscará a comparecer ao Maracanã para ver a final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha. Medinho de vaia é uma caca! Pior ainda que a queda de 27 pontos na popularidade foi a disparada dos que consideram a gestão da petista ruim ou péssima. Antes das passeatas, apenas 9% a rejeitavam. Agora, 25% desqualificam Dilma como gestora. Dilma também levou pau no quesito nota média de sua administração. Antes, passava fácil de ano com 7,1%. Agora, já fica na faixa escolar de reprovação, com 5,8%. Ainda bem que Dilma poderá se consolar com ursão gigante, bem gordão, com 2 metros de altura, que ganhou recentemente de empresários paulistas. Da sociedade brasileira nas ruas – e agora também nas pesquisas de opinião – Dilma está ganhando um "despresente": um verdadeiro abraço de urso como reprovação. Um leitor anônimo até lembrou ontem de um caso histórico. Um ursinho foi a primeira opção das tropas gregas para presentear os troianos no fim da famosa guerra. O General Agamenon, aconselhado por Aquiles, resolveu trocá-lo por um cavalo. No caso brasileiro, o bicho mais perfeito seria um burro. Ou, quem sabe, uma anta - para uma rima imperfeita com o neologismo Presidenta... Inflação + Passeata = Fracasso! Que a casa caiu ninguém mais duvida. O problema é que o PT venderá muito caro qualquer queda. Os petralhas ainda não estão desabrigados politicamente. Têm a máquina do poder para usar e abusar – até o povo gritar mais alto e botar o Governo do Crime Organizado para fora... Nesta segunda-feira, a previsão é de tempo fechado, com a tal grave geral... E se o Brasil perder para a Espanha o movimento de luto ganha ainda mais motivação... O Palhaço do Planalto vai sair do sério... Mas o Senhor das Armas continuará na dele, vendendo o Brazil... E o resto, por aqui, que se exploda... Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento. |
Posted: 30 Jun 2013 05:54 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Marcos Hummel Sinto-me desrespeitado. A quem, e onde, devo reclamar meus direitos? Direito de consumidor, contribuinte, eleitor. Direito de cidadão que começou a trabalhar aos doze anos de idade e, agora, ao completar sessenta e seis anos de vida e cinqüenta e quatro de trabalho, assiste a esse circo de horrores, protagonizado por senhores que nada são além de funcionários públicos, empregados portanto dos contribuintes, instalados em seus cargos por força e graça de nossas ações, ou seja, o nosso voto. Para quê estão lá? Em tese, para trabalhar pelo país que somos todos nós. Por que estão lá? Na prática, para trabalhar por suas famílias e para seus amigos. São nossos empregados, mas se sentem donos da empresa. Os que vestem a verdadeira capa institucional e assumem integralmente a responsabilidade de suas funções são tão poucos. Por que continuam se não há espaço para aqueles de boa vontade? Porque acreditam que a persistência um dia fará diferença, dará frutos bons? E nós, o que fazemos para mudar o que nos desagrada, nos fere, nos desrespeita? Que tipo de cidadãos, eleitores, consumidores, contribuintes somos? Que nota merece nosso comportamento, nossas atitudes? O que estamos ensinando para nossos filhos? Que democracia é essa, em que o voto é obrigatório? Por que insistir neste modelo arcaico encontrado apenas em pseudo democracias? O voto obrigatório, parece, tira a responsabilidade do eleitor por tudo de errado que faz o eleito. E este se sente à vontade para usar o cargo em benefício próprio. Será que a geração atual veio para cumprir a profecia de Rui Barbosa? Já chegou o tempo em que se tem vergonha de ser honesto?
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Posted: 30 Jun 2013 05:52 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Gilberto Barbosa de Figueiredo Os mais de dez anos de governo do PT nos deixam um triste legado de trapaças, mentiras, roubos, parlamentares vendidos, vagabundagem, desperdícios do dinheiro público, tudo isso associado a uma inacreditável incompetência administrativa. Lula, ao expirar seu segundo mandato, não podendo mais se reeleger, mas querendo continuar com as rédeas do governo, inventou uma candidata que ele mesmo qualificou como um poste. Para impingir ao povo brasileiro alguém sem nenhuma experiência política e quase desconhecida, tratou de exibi-la como uma gerente de excepcional qualidade, além de não ter poupado esforços, nem dinheiro do contribuinte para, atropelando inclusive a lei eleitoral, apresentá-la aos quatro cantos do Brasil. A candidata poste ganhou a eleição em segundo turno e iniciou seu mandato. Em pouco tempo, pôde-se perceber que os brasileiros foram vítimas de propaganda enganosa. A gerente de excelsas virtudes, através de atos funestos e omissões injustificáveis, mostrou-se, desde logo, uma grande incompetente. Impossível seria enumerar todos os desmandos praticados pelo atual governo. Este texto ficaria extremamente longo. Passarei, então, a relembrar alguns poucos fatos, já suficientes para mostrar, com largueza, a inépcia de nossa presidente. Dilma foi incompetente logo ao montar seu governo. Com mais de trinta ministros era óbvio que seria impossível governar. Mas preferiu ferir a lógica administrativa para acomodar parceiros da chamada base de apoio. Muitos, a maioria talvez, longe de querer cooperar com a administração do estado, pretendiam, apenas, se locupletar com as benesses do poder. Qualquer um com uma mínima noção dos meandros da política sabia disso. A presidente também, com toda a certeza. Dilma foi incompetente na escolha de seus ministros. A defenestração de um grande número deles, logo no primeiro ano de governo, por suspeita de corrupção, não tem paralelo na história republicana. É bem verdade que a presidente ainda tentou capitalizar para si o fato. Passou a pousar como faxineira de malfeitos, chegando a ganhar alguns pontos de popularidade com isso. Mas bastou uma das denúncias chegar a um de seus amigos próximos – Fernando Pimentel – para a faxineira esquecer a vassoura. Mais tarde, com o foco em sua reeleição, olvidou-se dos malfeitos e trouxe de volta para o ministério políticos ligados aos que tinha afastado. Dilma é incompetente na gestão do PAC (programa de aceleração do crescimento). O programa não consegue decolar. Verbas já alocadas não são gastas. Algumas obras que conseguem chegar ao fim foram concluídas com qualidade baixa. E logo ela rateia nessa área. Foi apresentada por Lula como mãe do PAC. Dilma é incompetente na condução – calamitosa por sinal – da política econômica. Às vezes declara que o combate à inflação não pode comprometer o crescimento, para, pouco tempo depois, afirmar que esse combate é prioridade em seu governo. O que conseguiu foi um crescimento medíocre com inflação alta. No desespero, tentou conter a escalada dos preços pelo pior caminho, controlando preços. Assim fez com combustíveis, cesta básica, automóveis e tantos outros produtos e serviços. Jamais pensou em conter gastos públicos. Para piorar a situação tem um ministro da fazenda que não inspira confiança e cujas declarações caíram no descrédito geral e são motivo de chacota, no Brasil e no exterior. Dilma é incompetente ao manter uma política externa dúbia – herdada de seu antecessor – que renega uma larga tradição de bons serviços prestados, pelo Itamaraty, ao nosso país. Oscilando entre normas emanadas, ora do chanceler de direito, ora de um outro de fato, o governo prefere privilegiar a ideologia, em detrimento dos reais interesses do estado brasileiro. Dilma é incompetente ao demonstrar total insegurança ante qualquer problema mais sério, correndo para pedir conselhos a Lula – logo a quem – e a seu marqueteiro particular – João Santana. Dilma está sendo incompetente em sua reação às recentes manifestações de rua. Sem consultar a quem é do ramo, apressou-se em propor uma constituinte exclusiva, para tratar da reforma política. Ideia prontamente rechaçada pela OAB, juristas eminentes e pela própria classe política, o que a obrigou a rever sua proposição. Sugeriu, ainda, um acordo sobre responsabilidade fiscal, o que seria primordial. Mas em nenhum momento acenou com a possibilidade de reduzir a imensa e desnecessária estrutura de governo, com um corte substancial no número de ministros, por exemplo, como, também, em muitos dos cargos comissionados. No mais, o pacto proposto prevê alocação de recursos adicionais para a educação, saúde e mobilidade urbana, áreas mais do que prioritárias. Somente não se entende o porquê da iniciativa não ter sido anunciada antes, considerando a relevância que representam para a população e o tempo em que já está no governo. Tristes tempos em que vive este país. Tão grandioso e tão sofrido; tão espoliado por seus governantes. Gilberto Barbosa de Figueiredo é General de Exército Reformado e ex-presidente do Clube Militar. |
Posted: 30 Jun 2013 05:51 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Paulo Chagas Liberdade para quê? Liberdade para quem?Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar?Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e hipócritas? Falam de uma "noite" que durou 21 anos, enquanto fecham os olhos para a baderna, a roubalheira e o desmando que, à luz do dia, já dura 26!Fala-se muito em liberdade! Liberdade que se vê de dentro de casa, por detrás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros fumê!Mas, afinal, o que se vê? Vê-se tiroteios, incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, guerra de gangues e traficantes, Polícia Pacificadora, Exército nos morros, negociação com bandidos, violência e muita hipocrisia. Olhando mais adiante, enxergamos assaltos, estupros, pedófilos, professores desmoralizados, ameaçados e mortos, vemos "bullying", conivência e mentiras, vemos crianças que matam, crianças drogadas, crianças famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças assassinadas.Da janela dos apartamentos e nas telas das televisões vemos arrastões, bloqueios de ruas e estradas, terras invadidas, favelas atacadas, policiais bandidos e assaltos a mão armada. Vivemos em uma terra sem lei, assistimos a massacres, chacinas e seqüestros. Uma terra em que a família não é valor, onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos, patrícios e estrangeiros.Mas, afinal, onde é que nós vivemos? Vivemos no país da impunidade onde o crime compensa e o criminoso é conhecido, reconhecido, recompensado, indenizado e transformado em herói! Onde bandidos de todos os colarinhos fazem leis para si, organizam "mensalões" e vendem sentenças! Nesta terra, a propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de seus donos, os bancos são assaltados e os caixas explodidos. É aqui, na terra da "liberdade", que encontramos a "cracolândia" e a "robauto", "dominadas" e vigiadas pela polícia! Vivemos no país da censura velada, do "micoondas", dos toques de recolher, da lei do silêncio e da convivência pacífica do contraventor e com o homem da lei. País onde bandidos comandam o crime e a vida de dentro das prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras destruídas e o gado dizimado, sem contar quando destroem pesquisas cientificas de anos, irrecuperáveis!Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê? Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla?Afinal, aqueles da escuridão eram "anos de chumbo" ou anos de paz? E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem? Quanta falsidade, quanta mentira quanta canalhice ainda teremos que suportar, sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a auto estima e a própria dignidade? Quando será que nós, homens e mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade? Paulo Chagas é General da Reserva do Exército do Brasil. |
O Exército e a OAB em tempos de verdades: a democracia e a hipocrisia Posted: 30 Jun 2013 05:50 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Rubens Teixeira Li um artigo intitulado "A herança da ditadura nos quartéis", de autoria de Wadih Damous, ex-presidente da OAB-RJ e hoje presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, que se encerra da seguinte forma: "Mesmo numa guerra, não é aceitável que militares 'espanquem o inimigo até que este morra', ou que 'cortem sua cabeça e a joguem no mar', como reza a música cantada pelos soldados da PE. Afinal, também os conflitos armados têm seus códigos e regras. Educar os militares com base em tais concepções significa prepará-los para o desrespeito às convenções que regem as guerras. E – ainda pior – para o desrespeito aos direitos humanos, mesmo em períodos de paz. Por isso, a formação dos militares deve ser assunto da sociedade como um todo, e não monopólio de viúvas de uma era tenebrosa que os brasileiros não querem mais de volta. É preciso reformar e adequar as Forças Armadas à democracia". Depois que li este artigo, fiz algumas reflexões. Como uma instituição que socorre a sociedade em momentos de crise, que se supera com poucos recursos em operações de salvamento, e que, em missões internacionais, tem um histórico ilibado de respeito aos direitos humanos, pode instruir ou incentivar seus componentes à prática de violações desses direitos? A sabedoria de Jesus Cristo nos ensinou que é pelos frutos que se conhece a árvore, não pela maledicência, ou pelas palavras contorcidas ou envenenadas pelo revanchismo e pelo ódio. Portanto, vamos às verdades que conheço sobre o Exército e sobre a OAB. Fiz dez anos de cursos no Exército, onde segui a carreira regular de oficial até o posto de capitão. Cheguei ao Exército Brasileiro oriundo de uma família paupérrima, mas digna. Jamais fui discriminado ou desrespeitado pela instituição, pois não era parâmetro interno a origem de cada um de nós, mas sim os resultados e valores. Na AMAN, formei-me oficial de Infantaria. Jamais aprendi ou fui incentivado a torturar qualquer pessoa. Fui ensinado e treinado a defender, com a própria vida, se preciso, a vida e a liberdade do meu povo. Quando deixei o serviço ativo do Exército como capitão, superiores, companheiros e subordinados ficaram tristes. Alguns até constrangidos. Eu saí triste também. Outros discordaram da minha decisão, mas jamais a instituição me discriminou. Depois que fiz o IME, fui servir como engenheiro civil na Amazônia. Nesta ocasião, minha esposa teve um parto decorrente de uma pré-eclâmpsia grave com desdobramentos que deixaram em risco a sua vida e a do meu filho recém-nascido. Nestas circunstâncias, fiz concurso para analista do Banco Central, fui aprovado e tomei posse no cargo, sendo transferido ex-ofício para a reserva não remunerada. Em todas estas etapas, o Exército sempre respeitou meus direitos fundamentais. Infelizmente, não posso dizer o mesmo da OAB. Fui aprovado na OAB-RJ, mas, ao requerer minha carteira, deixei de recebê-la por conta de um recurso do seu então presidente, exatamente o autor do artigo citado no primeiro parágrafo. Recebi julgamentos cheios de violações de direitos fundamentais: com cerceamento de defesa, lento e com quórum bem abaixo do mínimo. Qual o argumento usado pelo presidente da OAB-RJ? Segundo ele, sendo funcionário de carreira do BACEN, não poderia ter a referida carteira. A prova da ilegalidade é que a OAB dá a mesma para servidores do BACEN, formados antes e depois de mim. Dois pesos e duas medidas, à luz do dia. Coincidência? Sou contra o Exame da OAB e sempre exteriorizei minha opinião. Sou autor de uma carta de quarenta páginas (disponível no site www.rubensteixeira.com.br) entregue às autoridades brasileiras argumentando que o citado Exame fere direitos humanos por ser cercado de inconstitucionalidades, ilegalidades, inadequações, ser contraditório e favorecer a espoliação de bacharéis desempregados. Além disso, fere as regras do mercado de trabalho, a competitividade, limita a justiça aos mais bem aquinhoados, desrespeita instituições republicanas, fere a isonomia entre as profissões, é caro, envolto em conflito de interesses, e põe na conta dos cidadãos, bacharéis em Direito, as fragilidades no sistema de educação e da fiscalização da OAB. Por isso, viola gravemente direitos fundamentais. E as ações militares? No Exército, há treinamentos que visam simular situações reais de combate. Aprende-se a lutar em defesa do nosso país e a defender nosso território de qualquer um que queira dominá-lo. É uma missão altruística, não de vaidades. Defende-se, em última instância, a democracia e a soberania de um povo. As instituições militares têm a difícil tarefa de preparar profissionais para enfrentar a morte, a dor, a fome, riscos extremos, sem poder ter uma prova prática real para aferir o preparo individual ou coletivo. Nas simulações, não se põe deliberadamente em risco a vida dos profissionais. O risco existe e é controlado. Trata-se de uma situação que requer certo grau de agressividade para enfrentar o risco, e, até mesmo, a morte. Não conheço treinamento para a guerra que desconsidere as circunstâncias reais que acontecem em um combate. Se fora do cenário de confronto, no dia a dia dos cidadãos, ocorrem cenas dramáticas de violência lamentáveis, pode-se imaginar o que se passa em um cenário de guerra, como a morte e ferimento de milhares de combatentes. Não se trata de um combate dialético, é um conflito onde são empregadas as armas mais poderosas do momento, cuja tecnologia, muitas vezes, sequer está acessível ao meio civil. É da prática do Exército trabalhar muito e bem, e falar pouco, comportamento oposto ao de algumas instituições. Por isso, as organizações militares têm avaliações apreciáveis em pesquisas de opinião. Queremos saber as verdades históricas sobre as violações de direitos humanos cometidas, sob qualquer pretexto, em qualquer época, em nosso país. Todavia, devemos também combater as atuais violações de direitos. As eventuais vítimas de hoje ainda podem ser preservadas de violações dos seus direitos ao trabalho, de sua dignidade, de revanchismos, vinganças, justiçamento por conta de opiniões ou por qualquer outra discordância. A defesa retórica de direitos humanos deve ser evidenciada na prática. Do contrário, a hipocrisia destruirá a reputação de quem defende a democracia com palavras ofuscadas pelos seus próprios atos. Rubens Teixeira é doutor em Economia (UFF), mestre em Engenharia Nuclear (IME), Engenheiro Civil (IME), pós-graduado em Auditoria de Perícia Contábil (UNESA), formado em Direito (UFRJ, e aprovado na OAB-RJ), bacharel em Ciências Militares (AMAN), professor, escritor, palestrante e autor da Carta Aberta ao Congresso Nacional pelo fim do Exame da OAB. Originalmente publicado no Jornal Folha Dirigida de 27 de junho de 2013. |
Posted: 30 Jun 2013 05:46 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Paulo Roberto Gotaç Ao despertar e ir para as ruas, a sociedade, representada aqui, à guisa de metáfora, pela plateia repentinamente exigente de um circo, agitou a classe política e particularmente o Congresso, atuando no picadeiro, segundo a mesma imagem. Este último, num surto de atividade há muito desconhecido, passou a apresentar números que, na presente visualização, corresponderiam a votações apressadas de matérias que eram mantidas convenientemente esquecidas, confirmando, lamentavelmente, o velho e sábio Ulisses Guimarães quando dizia que a única coisa que político (os do picadeiro) teme á o povo nas ruas (a manifestação perturbadora da plateia). O representante máximo do Executivo, ao perceber, no entanto, um comportamento diferente no público, adotou uma tática meio suspeita e, do seu ninho no planalto, voou à planície para conversar com uma ave de rapina meio cansada, atualmente cacarejando pouco e baixinho, mas ainda muito influente. Após a consulta, dirigiu-se ao picadeiro e tirou da cartola dois coelhos. O primeiro, denominado de Constituinte para implantar a reforma política, com tamanho avantajado em relação à cartola, foi descartado, mal conseguindo sair de lá. O segundo, de porte adequado, que atende pelo nome de Plebiscito, visando ao mesmo propósito do primeiro, deve certamente sair, pois os que atuam no picadeiro (o Congresso) foram devidamente convencidos a cooperar. A plateia, entretanto, ocupada com reivindicações destinadas a melhorar seu bem-estar na arquibancada e exigir uma postura mais ética dos que fazem o espetáculo, ficou sem entender a razão de tal número e está desconfiada que pode cair num golpe de diversionismo, com consequências imprevisíveis . Assim, é de todo conveniente que comece a prestar atenção ao que se passa no picadeiro porque, se ficar frustrada, não terá seu dinheiro de volta. Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-ma-e-guerra reformado. |
Por Ernesto Caruso Parece mentira. Parte da expressão Pão & Circo consagrada ao longo do tempo na relação dos governos com o povo, como se essas fossem as necessidades fundamentais ao ser humano e lição de aplicação prioritária pelo chefe da tribo ao do Estado, não deu certo no Brasil. Ufanismo do Lula em Joanesburgo (07/2010) sobre os benefícios que a Copa/2014 iria proporcionar como exclamou: "A Copa será uma grande oportunidade para acelerar o crescimento em infraestrutura necessário para o Mundial e fundamental para o desenvolvimento do nosso Brasil." E, muito alegre: "Depois de mim e do Pelé, o Beckenbauer foi o maior jogador do mundo." Comemoração e brilhantes discursos de Lula/Dilma/PT/10 anos no poder e na Copa das Confederações, véspera da Copa do Mundo, com o povo constatando quão embusteiros foram os discursos face à "aceleração do crescimento em infraestrutura" prometido e não cumprido. A nação sofrida nas filas dos hospitais, no transporte caro, insuficiente, lento, fatigante, na falta de segurança, ansiando por uma legislação mais rígida no combate ao crime em especial para os menores infratores, pelo acolhimento aos correligionários corruptos, identificou o governo central como o responsável. Levou tempo. A massiva e custosa propaganda com anúncios de verbas vultosas para aplicação futura anestesiava a dor e alimentava a esperança. Não foi uma combustão espontânea. A escorva foi acesa pela esquerda como divulgado e lá estavam as bandeiras do PSTU e PSOL. O motivo posto em relevo pela mídia foi a redução de vinte centavos na tarifa dos ônibus. Movimento organizado por alto escalão com hierarquia e suporte financeiro desencadeado em várias capitais por gente que o integra pronto para cumprir ordens superiores; líderes pagos e muitos bobos com migalhas a empunhar bandeiras. No entanto, quem coordenou as ações de protesto, impossível sem um vértice de chefia, perdeu o controle. A massa é como estouro de boiada, depois que dispara, é difícil conter. Foi o que ocorreu nas ruas, o grito pela aspiração simplista (R$ 0,20), não relevante no mesmo nível nas cidades alvos, abriu ouvidos, olhos e despertou sentimentos de revolta, principalmente pela omissão do Estado em atender as necessidades básicas do cidadão — saúde, por exemplo — e gastos excessivos em frentes secundárias, tipo estádios de futebol. Fato agravado pela corrupção desenfreada, impunidade, retardo em prender os autores dos mal feitos e sem a recuperação dos valores surrupiados. E a presidente Dilma vem com propostas protelatórias, constituinte, plebiscito, pactos e reuniões, quando providências imediatas podem ser tomadas até porque quando o governo manda o Congresso obedece. Não houve um voto do PT favorável à aprovação da PEC 37, nítida unidade conduzida. Solução rápida em atenção à manifestação popular. Corrupção como crime hediondo foi um avanço. Da mesma forma, o governo tem condições de resolver com a mesma presteza, sem plebiscito, alguns dos pleitos da sociedade. A redução da maioridade penal é um deles. Uma consolidação dos vários projetos e pronto, medida provisória, projeto do governador de São Paulo, alterações no ECA. Isso, o governo Dilma/PT não quer e fez sumir da pauta, assim como a questão da progressão de pena e punições mais severas. Sob o tema o ministro da Justiça, José Cardoso, disse que preferia morrer a cumprir pena nos nossos presídios. A situação dos hospitais é outra calamidade presente no grito das ruas, do quebra-quebra inconsequente, mas do protesto justo. São dissimulados. O povo é burro? Ao se dizer que o dinheiro do povo jamais seria empregado na construção dos estádios e sim financiado pelo BNDES é uma afronta ao raciocínio dos outros. Se o dinheiro existe foi produzido pelos trabalhadores e se lá está que fosse usado em seu benefício na construção de hospitais, na segurança pública, na educação. O acinte é maior se considerado o financiamento de obras no exterior, com menor transparência no relacionamento com as empreiteiras, perdão das dívidas de países "amigos" e doações tipo 25 milhões à Palestina, Lei 12292/1010, onde recentemente o ministro Padilha inaugurou hospital com dinheiro do trabalhador brasileiro. Lembrar do desperdício com a abertura de embaixadas do tipo Funafuti, Tuvalu, país com cerca de 12.000 habitantes. O plebiscito vai custar mais de um bilhão de reais p'ra perguntar o que o povo já respondeu nas ruas, 500 Mi na votação e 600 Mi nas atividades de propaganda. Ernesto Caruso é Coronel reformado do EB. |
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