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Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net Será que o Papa Francisco, um jesuíta com marketing franciscano, inaugura uma nova etapa no sistema globalitário em que sobrevivemos? Nas entrelinhas dos discursos do simpático e cativante líder espiritual da Jornada Mundial da Juventude está exposta uma clara pregação da Política como um Poder Instituinte para mudanças. Na prática da vida, Política é definir o que fazer, de preferência, corretamente. Toda política, para ter sucesso consistente, precisa ser baseada na Verdade (a Realidade Universal Permanente). Assim, a Política consegue ser a ação focada no Bem Comum, independentemente de vontades pessoais, ideologias ou partidarismos. Política tem a ver, diretamente, com a Justiça – o reconhecimento de regras a serem cumpridas por dever de consciência – e não por coerção de alguém, um grupo ou "autoridade". A Política depende da Democracia (a segurança do Direito, através do exercício da razão Pública). Para a Política ganhar efetividade e importância prática na vida humana, ela depende da Ética – o reconhecimento e a prática consciente daquilo que é Verdadeiro, Correto, Justo e Bom. Releia nosso artigo: Ética, Democracia, Política e Liberdade: teremos algum dia?
Francisco afirmou: "A política é muito suja, mas pergunto por que é assim? Por que os cristãos não fazem política com o espírito evangélico? É fácil dizer que a culpa é do outro, mas o que eu faço? É um dever de um cristão trabalhar pelo bem comum". Francisco acentuou: "Se concebo o poder de uma maneira antropológica, como um serviço à comunidade, é outra coisa. A religião tem um patrimônio e o põe a serviço do povo, mas, se começa a se misturar com politicagem e a impor coisas por baixo do pano, se transforma em um mau agente de poder". Francisco recomendou: "Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade. Um país cresce quando dialoga de modo construtivo". Na linha do discurso de Francisco, o indivíduo volta a ser encarado como um missionário da História, com responsabilidade Política Instituinte. Curiosamente, ao menos em princípio, tal pregação contraria a tal Nova Ordem Mundial que prega ações coletivistas, pensamentos únicos e unificantes, modelos padronizados a serem seguidos pelas diversas pessoas em diferentes Países, com o conceito de Nação flagrantemente desfigurado. O Poder Instituinte é fácil de entender. Como recentemente escreveu Antônio Ribas Paiva neste Alerta Total, "o Poder Instituinte é inerente aos povos, que em dado momento de sua história, podem instituir o que lhes aprouver, na preservação e ou consecução do bem comum, e da própria nacionalidade". O Poder Instituinte não pode ser exercido por representação, até porque, eventualmente pode tratar da modificação da própria representatividade. Releia Pergunto novamente: Será que o Papa Francisco, como porta-voz da Companhia de Jesus, inaugura uma nova etapa no sistema globalitário em que sobrevivemos? Ou o Chefe de Estado do Vaticano, em breve, corre o risco de tomar um chega pra lá do esquema da Nova Ordem Mundial? Cabe também cogitar: será que o Papa não quer apenas dar uma reformada no atual sistema? A complexa resposta vai depender da capacidade e vontade Política de cada um dos indivíduos que reunirem informação e conhecimento suficientes para entenderem que o globalitarismo é uma furada, um golpe suicida, contra a humanidade. O problema é que os controladores da New World Order são jogadores de xadrez, que antecipam várias jogadas adiante, e se adaptam, facilmente, de forma camaleônica. Na hipótese mais pessimista, fica claro que os sábios da Societas Iesu (SJ) – fundada em 1534 sob a liderança de Inácio de Loyola – perceberam que o atual modelo de poder globalitário só vai nos levar ao abismo e precisa ser "reformado". Considerada o "Exército de Cristo", a SJ leva a sério a célebre frase do Inácio, para ressaltar a obediência à hierarquia católica: "Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da Igreja assim o tiver determinado". Por tal visão de Loyola, os Jesuítas se vestem de negro. E nada custa lembrar da famosa profecia de São Malaquias, sobre um "Papa Negro" ser o "último da Igreja" (antes de uma nova etapa histórica a ser constituída, que, necessariamente, pode não ser o "fim do mundo", como na tradução mais radical). Quando foi escolhido Papa, Francisco até fez a brincadeira de duplo sentido, ao lembrar que era um Papa vindo do "fim do mundo" (lá da Argentina, do Terceiro Mundo, bem longe da Europa, o Primeiro Mundo, que sempre elegeu os chefes de Estado do Vaticano). O ex-cardeal Jorge Mario Bergoglio empregou o "fim do mundo" no sentido denotativo ou conotativo? A dúvida persiste... Profecias à parte, numa análise bem pragmática, o recado do Papa na Jornada Mundial da Juventude em terras brasileiras parece verdadeiro, correto, justo, bom e, portanto, Ético. Daí, novamente, a dúvida: Será que faremos bom uso da mensagem política, transformando-a em missão dada para ser cumprida? Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento. |
Posted: 28 Jul 2013 04:55 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Paulo Roberto Gotaç "Não tenho câncer, não quero ter câncer, não vou ter câncer e não gosto de quem tem câncer". Declaração do ex-presidente Lula, por ocasião do seu mais recente esguicho oratório, após um longo período de silêncio, quebrado de modo parcial, não vocal, por postagem de conteúdo branco - genérico - no blog do NYT e por declarações veiculadas por assessores fugazes, de segunda mão. A última parte da sentença, "...não gosto de quem tem câncer", mesmo em tom de brincadeira, talvez constitua uma sucção, com descarga catártica na outra extremidade, para a qual Lula não estava prevenido, de material psicanalítico que se depositava estático num dos recantos de seu inconsciente. Na realidade, tal manifestação pode ser interpretada pelo fato de que Lula verdadeiramente não gosta de quem tem câncer, tendo em vista que uma considerável percentagem da população, sem acesso a um tratamento digno pelo SUS, faz lembrar o completo abandono e sucateamento do sistema de saúde, politizado e hoje tachado de quase genocida, verificado ao longo da era PT, a maior parte preenchida por seu governo, do qual o atual, que também atende pela alcunha de "poste", é um prolongamento, O quadro fica acentuado quando se compara com o tratamento VIP da sua própria enfermidade, num dos Hospitais de ponta do país. Os "canalhas" que, conforme suas próprias palavras, foram responsáveis pela divulgação de possível recidiva, sem fundamento, segundo ele, do seu tumor, têm todo o direito de, diante dessa visão psicanalista amadora, com boa probabilidade de ser consistente, se perguntarem: afinal, quem são e onde estão os verdadeiros canalhas, nós ou o grupo que desde 2003 derrama canalhices no atacado pelo país inundando-o de corrupção, mentiras, populismo barato, manobras para manter o poder a qualquer custo e desperdício, simbolizado, por exemplo, pela implantação de 39 ministérios somente para manter domesticados os aliados? Por que o governo não aproveita a chegada de Francisco, entra em estado de contrição e, num ato surpreendente como são alguns do Santo Padre, se confessa?
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