Domingos Amaral
Ontem, ao ver o Brasil esmagar a Espanha na final da Taça das Confederações, tive um ataque de saudades de Luiz Felipe Scolari. Que saudades dos tempos em que a nossa seleção era um gigante nas suas mãos! Que saudades de Figo, Deco, Ricardo Carvalho, Cristiano Ronaldo, Maniche, Rui Costa. Até do Pauleta tive saudades! Sim, eram outros tempos, mas nunca uma seleção nacional jogou tão bem e nos fez tão felizes como nos tempos de Scolari. E agora, aí está ele de volta, a pilotar o Brasil para mais um historial de grandes feitos. Nos últimos dez anos, desde que ele deixou a canarinha, depois de ser campeão do mundo em 2002, o Brasil era uma piada, um riso amarelo. Grandes jogadores sempre teve, desde Ronaldinho a Kaká, passando por mais dez ou vinte que qualquer clube contrataria de olhos fechados. Porém, não passavam disso mesmo: de um porém, de um mas. Não convenciam ninguém. Parece-me que o Brasil anda mal de treinadores. É um pouco como a Argentina. Maus pilotos a guiar bons carros dá nisto, desilusões atrás de desilusões. Portanto, tiveram de ir chamar o "Sargentão", mais os seus métodos que sempre deram bons resultados nestas coisas de seleções. E pronto, o Brasil ressuscitou, e ontem vergou a Espanha, a melhor do mundo, a tikitaka não sei quê. Scolari é um mestre, e quem o tenha ouvido no fim não pôde deixar de sentir saudades. Ele tem um dom para chefe de claque, e aproveitou logo a deixa para unir a pátria às chuteiras do Neymar, que pela primeira vez me convenceu que é mesmo bom. É isso que dá ter um bom treinador: os bons passam a fantásticos e os fantásticos passam a génios! Ou muito me engano, ou a jogar assim o Brasil vai levar tudo à frente... |
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