Francisco Seixas da Costa
Fernando Henrique Cardoso, que por dois mandatos foi presidente do Brasil, abrindo depois caminho ao presidente Lula, esteve alguns dias em Lisboa. Muito respeitado internacionalmente, é uma personalidade que honra o seu país, em cuja história democrática tem um lugar destacado. Tive o gosto de o encontrar, em excelente forma e bem disposto, no passado fim de semana, durante um almoço de amigos. Ser uma figura pública tem, por vezes, o condão de proporcionar episódios curiosos. FHC, como é conhecido no Brasil, contou-nos duas histórias deliciosas. A primeira foi passada numa rua de uma capital sul-americana, onde se deslocara, vários anos decorridos após a sua saída de funções. Um casal, ainda jovem, olhava para ele fixamente. Tinham ar de turistas, pelo que deduziu que fossem brasileiros. Não se enganou, ao ouvir o cavalheiro dirigir-se-lhe em português: - Eu conheço-o! Deixe-me ver... O presidente estava divertido com a hesitação dos seus compatriotas. Foi então que a senhora se decidiu: - Já sei! O senhor trabalha na "Globo"! Não é isso? - Trabalhava! Agora já não apareço mais na "Globo". O meu contrato acabou... A segunda historieta é mais recente. Passou-se num elevador onde FHC seguia. Entram duas senhoras. Ambas o fitam. Uma delas, após alguma hesitação, pergunta: - Desculpe! Não é o Fernando Henrique Cardoso? O antigo presidente decidiu brincar um pouco: - Não, esse é o meu irmão... Ao que outra comentou: - Pois é! O senhor é bem mais velho que ele! |
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