quinta-feira, 17 de março de 2011

Quando os parlamentos já nem os PEC's discutem...

O eurodeputado Miguel Portas pediu explicações ao presidente do Conselho Europeu, Von Rompuy, sobre o facto de o Parlamento português não ter sido ouvido em relação ao IV PEC apresentado pelo governo em Bruxelas. O eurodeputado Miguel Portas pediu explicações ao presidente do Conselho Europeu, Von Rompuy, sobre o facto de o Parlamento português não ter sido ouvido em relação ao IV PEC apresentado pelo governo em Bruxelas. e sobre as razões de serem “os mesmos de sempre” a pagar o combate aos défices. As perguntas foram formuladas durante uma reunião da Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu realizada terça-feira em Bruxelas e na qual Von Rompuy qualificou como muito importante a participação dos parlamentos nacionais em matéria de coordenação económica. Saiba o Sr.. Rompuy, declarou Miguel Portas, “que o governo do meu país entregou o seu quarto programa de estabilidade  e crescimento sem ter sido discutido com qualquer partido ou pelo Parlamento Nacional”. Então “em que ficamos?”, perguntou o eurodeputado do Bloco de Esquerda: “nas suas palavras ou na prática do governo?” Miguel Portas perguntou também ao presidente do Conselho Europeu porque é que “os juros da dívida não ficam de fora do cálculo do défice, o que poderia defender países como a Grécia e Portugal que, sem poderem crescer podem reduzir o défice mas não conseguem diminuir a dívida?” Por último, Miguel Portas perguntou a Von Rompuy “como quer convencer os países a recorrerem ao Fundo Europeu de Estabilização se os empréstimos feitos por esse fundo à Irlanda estão com juros de 6%, impõem cortes de salários e não tocam no fisco?”. Ou, perguntado de outra maneira, “porque é que são sempre os mesmos a pagar?”.

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