Uma vez por outra, quando as coisas se propiciam, junto-me a um grupo de antigos oficiais milicianos que, com outros amigos "do quadro", se encontra em torno de um bem disposto e solto almoço. Foi o que ontem aconteceu.
Une-nos a fidelidade ao 25 de abril - em que quase todos, cada um a seu modo, participámos -, embora os nossos caminhos, por essa época, nem sempre tivessem sido exatamente os mesmos, pelo que alguns nos conhecíamos então menos bem. Os anos foram-nos aproximando, diluindo postos e idades, facilitando o entendimento.
Será a nostalgia de um tempo de ilusões perdidas que nos volta a juntar, a memória dessa espécie de adolescência política, que agora revisitamos?
Não sei, nem sequer sei se tem alguma importância descobrir qual a motivação que nos agrega, muitos na "reserva", outros na reforma e uns quantos, por algum tempo mais, no ativo. Apenas fica bem claro, para todos nós, que apreciamos a mútua companhia e que, com cambiantes não necessariamente homogéneas na leitura do presente e do caminho que até aqui nos conduziu, nos continuamos a rever nessa magnífica aventura de 1974.
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