Hoje à noite, um grupo de "maduros" encontrar-se-á num restaurante lisboeta para saudar o singelo facto de se sentarem, alguns desde há mais de trinta anos, em volta de uma certa mesa do bar Procópio, em Lisboa - um lugar inspirado no "Procope" de Paris. A tal mesa tem, com esforço, oito lugares. O grupo quase 80 pessoas. O bar tem um chafariz à porta, como o desenho naïf que acompanha este post bem documenta.
Por aquele bar e por aquela mesa, passou uma parte - não diria importante, mas diria interessante - do país das últimas décadas. Também por lá se sentaram, em longas horas de charlas, figuras como Raul Solnado ou José Cardoso Pires, que hoje já nos não acompanham. Por aí se derrubaram, a espadeiradas de ironia, os vários governos que o mercado político produziu.
Hoje à noite, no repasto anual que teimo em organizar há vários anos, lá estarão jornalistas e gestores, diplomatas e cineastas, políticos e advogados, médicos e doentes da bola, professores e actores - numa mescla onde já dominam os cabelos brancos. O que (n)os une? A amizade e a cumplicidade de um tempo comum. E chega.
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