A cerimónia de entrega podia não ter o "glamour" de Hollywood, mas o espaço à volta do fontenário em frente ao bar enchia-se de gente divertida, naquele único dia de mãos largas em que a "Sedonalice" nos dispensava (limitados) álcoois que fluiam de borla.
Eram os prémios Procópio, consagrados numa estatueta de metal desenhada pelo cartoonista António, a qual, anualmente, era atribuída a figuras da política, da música, das artes, do desporto, etc.
Num livro que foi publicado sobre o bar Procópio, escrevi uma "crónica dos anos 90", onde contei: "por essa época, eram distribuídos com regularidade, na festa estival, os famosos prémios Procópio, sob critérios de justiça que, pelo menos num caso, o autor destas linhas não tem razões para pôr em causa. Sabe-se hoje que malévolas reticências à democraticidade do júri que atribuía tais galardões eram completamente infundadas, dado que a Alice cuidava em seguir à risca um modelo há muito consagrado nas instituições do Burundi, recomendado por uma embaixadora que com ela toma chá."
Quais Óscares qual quê?! Vivam os "Procópios"! Então, Alice, que tal fazer renascê-los este ano, em contraciclo arrogante com a crise?
Quais Óscares qual quê?! Vivam os "Procópios"! Então, Alice, que tal fazer renascê-los este ano, em contraciclo arrogante com a crise?
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