Não sei qual é data da colocação da placa, mas tinha grande vontade de estar discretamente presente na inauguração da estação Delphine Seyrig, num percurso de transportes coletivos no XIXème arrondissement. Li a notícia ontem, no "Libération".
Pena é que a maioria de quantos vierem a utilizar essa estação nem sequer saibam que esse nome está ligado a um dos mais fascinantes olhares do cinema francês, a uma delicadeza, ao mesmo tempo serena e agitada, de uma figura para sempre recortada pelas câmaras na soleira de uma grande aventura. Resnais, Buñuel, Truffaut, Losey, Demy e outros perceberam bem essa riqueza, que a França perdeu em 1990, aos 58 anos.
Ter saudades de Delphine Seyrig é saber ser fiel a uma certa geração. E mais não digo, porque muitos poderiam não entender, nestes tempos em que, como dizia Simone Signoret, "la nostalgie n'est plus ce qu'elle était".
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