quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Liberdade

Muitos, com carradas de razão, acham extremamente provocatória a iniciativa do "Charlie Hebdo" de publicar, uma vez mais, um número com desenhos satíricos sobre Maomé.

Porém, o direito à liberdade de expressão leva a que, num país como a França, se não possa proibir a difusão destas caricaturas, muito embora isso esteja a suscitar uma onda de indignação em vários setores da comunidade nacional internacional e obrigue, por exemplo, a pesadas medidas de segurança das embaixadas e estruturas culturais francesas, um pouco por todo o mundo árabe e muçulmano.

A liberdade das nossas sociedades tem um preço, mas nenhum preço é demasiado grande para a salvaguarda dessa liberdade. Esta é, e espero que seja sempre, a nossa diferença.

Em tempo: deixo aqui um extrato do editorial do "Libération" de hoje: "Em democracia, liberdade a cada título de estabelecer a sua linha editorial; liberdade ao leitor de ler ou não ler; liberdade às pessoas que se sentem ofendidas de pedir reparação perante os tribunais, a única arma que é legal. E esperemos que, sob outros regimes, armas de outra natureza não sejam utilizadas".

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