- Eliminaram 49.501 desempregados só em Novembro/2009 |
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1- Desemprego registado em 31/10/2009 (o existente em 01/11/2009) | 517.526 |
2- Desempregados que se inscreveram durante Novembro nos Centros de Emprego | +61.204 |
3- Desempregados que os Centros de Emprego arranjaram emprego em Novembro | -5.549 |
4- DESEMPREGO EFECTIVO REGISTADO (1+2-3) | 573.181 |
5- DESEMPREGO OFICIAL REGISTADO divulgado pelo IEFP (aquele que o IEFP informou existir após limpeza dos ficheiros) | 523.680 |
6- Número de desempregados que foram eliminados pelo IEFP dos ficheiros dos Centros de Emprego só em Novembro (5-4) | -49.501 |
No último dia de Outubro de 2009, existiam registados nos ficheiros dos Centros de Emprego 517.526 desempregados, de acordo com o próprio IEFP. Durante o mês de Novembro inscreveram mais 61.204 desempregados, e os Centros de Emprego colocaram (arranjaram emprego) para 5.549 desempregados. Portanto, se somarmos aos 517.526 desempregados que transitaram de Outubro para Novembro o numero de desempregados que se inscreveram durante o mês de Novembro (61.204) e se depois retirarmos à soma assim obtida aqueles que os Centros de Emprego arranjaram emprego (5.549), obtém-se 573.181, que era o número de desempregados que devia existir no fim de Novembro de 2009.
No entanto, o IEFP divulgou na sua "Informação Mensal do Mercado do Trabalho" que estavam inscritos nos Centros de Emprego no fim do mês de Novembro apenas 523.680 desempregados, o que significa que desapareceram dos ficheiros dos Centros de Emprego 49.501 desempregados (573.181-523.680), sem que o IEFP apresente qualquer justificação na "Informação" que divulgou.
Ao ter esse comportamento, o IEFP apenas mostra que não se sente à vontade para tornar pública as razões que o levaram a eliminar elevado número de desempregados que estavam inscritos, ou então porque está convencido que a opinião pública e os media não notam a diferença. Infelizmente os grandes órgãos de comunicação social, incluindo TV, que divulgaram os números do desemprego registado, acabaram por participar nesse campanha de engano da opinião pública na medida em que não chamaram a atenção para essa diferença importante nos números do desemprego registado. Desta forma procura-se ocultar a gravidade extrema da situação social e justificar a falta de mais medidas para combater o problema social mais grave.
[*] Economista, www.eugeniorosa.com
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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