domingo, 6 de dezembro de 2009

Copenhaga Prostitutas oferecem sexo grátis na cimeira.

Prostitutas dinamarquesas anunciaram hoje que vão oferecer "sexo grátis" aos participantes na cimeira da ONU sobre alterações climáticas, em Copenhaga, em protesto contra a atitude da câmara local de desincentivar o recurso ao sexo pago por parte dos conferencistas. A informação foi avançada pelo jornal "The Copenhagen Post", que escreve que a autarquia local apelou a uma centena de hotéis da cidade para que não facilitem o encontro entre hóspedes e prostitutas, tendo ainda, em parceria com as entidades não-governamentais, distribuído panfletos em que se pode ler: "Seja responsável. Não compre sexo". A iniciativa autárquica não agradou a uma associação que defende os direitos das trabalhadoras de sexo dinamarquesas.

Cartão vale sexo

Como forma de protesto contra o que dizem ser "pura discriminação", algumas prostitutas anunciaram que vão oferecer sexo grátis aos participantes na cimeira de Copenhaga, onde a partir de segunda-feira a comunidade internacional vai tentar chegar a consenso sobre um novo acordo climático pós-Quioto, cuja vigência expira em 2012. "Todos os delegados da cimeira que pretenderem sexo grátis devem apenas levar um dos cartões que receberão após a apresentação de um pedido no nosso site, bem como a credencial da conferência", explicou Susanne Moeller, uma das responsáveis da associação, que representa cerca de 80 mulheres.

Prostituição não é crime

A responsável associativa referiu que a promoção é válida durante toda a cimeira e acusa a presidente da câmara de Copenhaga, Ritt Bjerregaard, de estar a abusar da sua posição ao impedir que as prostitutas realizem o seu trabalho, que não é crime na Dinamarca desde 1999. A autarca refuta as acusações e contrapõe que tem "o direito de decidir qual a imagem que a cidade deve passar durante o evento internacional". "Não esperamos que muitos delegados aceitem esta oferta, apenas queremos protestar contra o que consideramos ser uma clara discriminação", afirmou, por sua vez, Susanne Moeller.

Expresso.pt

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