quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Belém


 


... e lá fui, com Américo Tomás, conduzido até Belém.

O leitor não deve esperar deste post uma insólita historieta que envolva o antigo presidente da República, afastado pela Revolução de Abril. Trata-se, muito simplesmente, do facto de ontem ter sido levado pelo motorista do MNE, sr. Américo Tomás, à Torre de Belém, para assistir, como convidado, à cerimónia da entrada em vigor do Tratado de Lisboa.

Como a imagem que captei com telemóvel pobremente documenta, foi uma bela festa, organizada por Portugal, para comemorar, simultaneamente, o início da aplicação do novo Tratado que leva o nome da capital portuguesa e para recordar, uma vez mais, o facto da presidência portuguesa da União Europeia, em 2007, ter conseguido garantir os difíceis consensos que viriam a permitir o fecho dessa longa negociação institucional.

Muita gente na Europa tem esperança que o Tratado de Lisboa represente a "pacificação" da conflitualidade institucional que se instalou na vida comunitária desde há muitos anos, bem patente nas efémeras revisões do Tratado de Maastricht - Amesterdão e Nice -, seguida pelo fracasso do Tratado Constitucional. O Tratado de Lisboa, precisamente porque muito dificilmente parece ser possível opor-lhe uma alternativa consensual a 27 ou mais países, pode ter garantida uma longa vida. E, com ele, o nome de Lisboa ganhará um merecido lugar no imaginário europeu.

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