Há trinta anos (30) que defendo que esta linha é prioritária!!!
“O jornal refere que a carta, datada de 18 de Maio, foi enviada pelo coordenador de Transportes da Comissão Europeia, o italiano Carlo Sechhi, ao ministro português da Economia, Álvaro Santos Pereira, e à ministra espanhola do Fomento, Ana Pastor.
Os planos portugueses para a ferrovia, que se traduzem numa linha de velocidade elevada para transporte de mercadorias, estiveram em cima da mesa numa reunião, em Fevereiro, entre o ministro português e a homóloga espanhola. Portugal tem insistido na construção de uma linha de bitola europeia, dedicada ao transporte de mercadorias, entre Sines e Badajoz, para facilitar as exportações portuguesas para a Europa, o que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu em Março ser desejável estar pronta até 2014.
Na carta citada pelo jornal espanhol, o coordenador de Transportes da Comissão Europeia defende a construção da ligação entre Lisboa e Madrid, quanto antes e independentemente se a linha é para comboios convencionais ou de alta velocidade, que una as duas capitais em menos de cinco horas com comboios a 200 quilómetros por hora.
A linha suportaria mercadorias de Sines e, refere a Comissão Europeia, poderia ser adaptada, a médio prazo, a alta velocidade. Bruxelas defende a construção de uma ligação entre Évora e a fronteira espanhola para garantir uma ligação mais directa do que a actual.
Declarando-se consciente das dificuldades financeiras que atravessa Portugal, Sechhi refere, ainda segundo o mesmo jornal, que uma das hipóteses poderia ser construir uma linha convencional. Posteriormente, e quando a conjuntura económica melhore, modernizar-se-ia o traçado para aguentar comboios de 250 ou 300 quilómetros por hora.
Detalhando a sua proposta, Secchi refere que, numa primeira fase, seria construída a plataforma do traçado Évora-Caia com via dupla, com linhas de bitola ibérica (1,666 metros) como os existentes em toda a rede convencional dos dois países.
Esta “seria adaptada a bitola internacional [1,435 metros e usado na maior parte da Europa para a alta velocidade] no futuro”, refere. Isso “permitiria garantir de forma relativamente rápida o funcionamento da linha de mercadorias entre Sines e Madrid e, ao mesmo tempo, efectuar a conexão entre Lisboa e Madrid em quatro horas e meia ou cinco com velocidades de 200 quilómetros por hora”. Desta forma, Portugal poderia garantir “em um relativamente curto espaço de tempo, ligar o porto de Sines com Espanha e até França, proporcionando, além disso, uma melhor conexão de passageiros” entre as duas capitais e “permitindo fechar o ramal de Cáceres”.
Para uma fase posterior, à espera de que Espanha termine as obras do TGV até Badajoz, ficaria pendente a electrificação da linha e a instalação dos sistemas de segurança e sinalização para comboios de alta prestação.
Contempla também a proposta, quando “a disponibilidade financeira o permita”, realizar a modernização dos traçados actuais de Évora a Lisboa e a Sines.
Secchi defende a viabilidade económica da proposta já que a curto prazo se reduziriam os custos face ao abandonado TGV e sendo que o grosso das obras seriam co-financiadas “até 95%” – com fundos europeus.
Sem referir o custo estimado da infra-estrutura, o responsável europeu defende que o desenvolvimento da linha por fases “possibilitaria minimizar as necessidades de financiamento próprio” por parte de Portugal, utilizando Fundos de Coesão do período 2007-2014, parte das ajudas concedidas pela Rede Transeuropeia de Transportes ao troço Caia-Poceirão (245 milhões de euros) e com fundos adicionais do próximo orçamento 2014-2020. Carlo Sechhi pede uma reunião das três partes para discutir a proposta e assegura que, com este plano, Espanha teria garantida a obtenção de fundos europeus aprovados para o AVE a Badajoz no período 2007-2014.” PUBLICO.
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