“Se há algum problema financeiro, os culpados estão na parte de cima da pirâmide. A Cabovisão tem cerca de 20 directores e directores-adjuntos. Penso que é demais, porque isso encerra muitos custos para a empresa, em termos de salários, viaturas e outras regalias. Era por aí que deviam ter começado a cortar e não pelos trabalhadores, que são uma mais-valia para a Cabovisão”, disse. Henriqueta Rodrigues também reconhece que a Cabovisão nunca foi um exemplo de boa gestão, mas não esperava que a nova administração enveredasse pelo despedimento de cerca de uma centena de trabalhadores. “A empresa nunca foi um exemplo de boa gestão ao longo dos doze anos em que lá trabalhei. Estávamos preocupados com a situação, mas nunca pensámos que fossem despedir tanta gente, até porque na nossa opinião, o grande problema da empresa tem sido a má gestão”, disse. “Em termos pessoais, a minha situação é muito complicada, porque o meu marido também ficou desempregado na semana passada. Temos uma filha de 11 anos para sustentar, encargos para continuar a cumprir e, neste momento, estamos sem saber muito bem o que fazer”, acrescentou. Segundo informação dada pelos trabalhadores que participaram na concentração, a Cabovisão, que tem as principais instalações em Palmela, conta actualmente com cerca de 370 trabalhadores e cerca de 300 mil clientes em todo o país… PUBLICO.
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