quinta-feira, 31 de maio de 2012

Diplomacia


Há semanas, o "Diário de Notícias" inseria um texto sobre as atividades delituosas de um vice-cônsul português no estrangeiro, qualificando-o como "diplomata". A utilização desta designação já vinha do passado.

Numa carta ao diretor do jornal, expressei há semanas o meu protesto pela abusiva utilização desse qualificativo, prática seguida, aliás, por outros pares da imprensa, menos atentos à especificidade da função diplomática. Quando um diplomata comete um delito, deve ser tratado como tal. Quando esse delito é da responsabilidade de um qualquer outro funcionário do MNE em ação no exterior deve ser identificada a sua função específica. Um diplomata é um diplomata, um vice-cônsul é um vice-cônsul.

Hoje, numa nova reportagem sobre o tal assunto do vice-cônsul, o DN trata a questão em termos perfeitamente corretos. Não quero estabelecer nenhuma relação de causa-e-efeito com a minha carta, mas registo e congratulo-me com o rigor jornalístico da peça da jornalista Mariana Oliveira.

Em tempo: chamam-me a atenção para o facto do meu colega António Russo Dias ter também colocado "os pontos nos is" sobre este assunto, numa carta enviada ao DN, acolhida aqui pelo provedor dos leitores do jornal, Óscar Mascarenhas. Como dizia alguém de cujo nome me não quero lembrar, todos não somos demais...

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