O presidente da Toyota Caetano Portugal afirmou hoje, no 40.º aniversário da fábrica de Ovar, que o problema da produção nacional "está nos sindicatos", pela forma como criam "instabilidade" entre trabalhadores e patronato. Manifestando-se "orgulhoso" dos níveis de qualidade atingidos nessa primeira unidade da Toyota Fora do Japão, da qual já saíram cerca de 300 mil veículos e que hoje emprega 225 colaboradores na produção dos modelos Dyna e Hiace, José Ramos declarou: "O nosso exemplo e outros - mas poucos - demonstra que o problema não está nos trabalhadores nem nas empresas".
Sindicatos criam instabiliadade
"Está, sim, nos sindicatos", continua esse responsável, "e na sua propensão para criarem instabilidade, pondo trabalhadores contra patronato, em vez de, conjuntamente, procurarem soluções com benefícios para ambos". José Ramos reconhece que, na sequência dos efeitos do tsunami no Japão, a Toyota Motor Corporation suspendeu o fornecimento de peças à unidade de Ovar e obrigou assim a que essa recorresse a uma paragem laboral em maio e junho deste ano, mas ainda assim realça: "Mantivemos todas as condições aos colaboradores, como se estivessem a operar, inclusive [ao nível do] subsídio de alimentação e de férias". O presidente da Toyota Caetano Portugal garante que para a situação positiva da empresa contribui "a predisposição da equipa" de Ovar para "enfrentar as situações com total abertura e disponibilidade", como diz ter sido "notório na transferência de pessoas, quer temporária quer definitivamente, para outras atividades e mesmo para outras empresas do grupo". Dos sindicatos, José Ramos espera, por isso, que "ajudem a aproveitar a situação presente - que, pela sua gravidade, exige mudanças estruturais em muitos domínios - para se criar um contexto mais competitivo para as empresas portuguesas, que incentive a produtividade e o investimento nacional e estrangeiro, em bases sólidas e permanentes". Expresso
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