O novo Portugal continua a ser, para o Brasil contemporâneo, uma constante descoberta. Um pouco como começa já a acontecer em França. Há dias, o jornal "O Globo", trouxe uma reportagem sobre Lisboa, na qual, entre uma interessante reportagem, dava conta da relutância de um empregado da FNAC lisboeta - um figura com símbolos de modernidade como "cabelo, piercings e tatuagem" - a vender o disco "Amália Hoje", uma revisitação da cantora por novos intérpretes. Ao tentar dissuadir o jornalista, ele terá dito: "Este CD é uma porcaria. Não o compre".
Ingenuamente, o jornalista viu, nesta reacção, o reflexo de uma atitude nacional conservadora, de um país que só aceita a modernidade "desde que não mexam com o que é autenticamente português". Ora, na realidade, a reacção, além de mau profissionalismo, é pura estupidez.
O disco é um esforço interessante de recriagem de uma outra sonoridade em torno de temas de Amália, a que só "amalianos" do antanho podem ser hostis. Embora perceba que possa não se gostar deste tratamento musical, está muito longe de ser "uma porcaria" e, confesso, a mim agrada-me bastante. A voz de Sónia Tavares é uma boa surpresa.
Veja um clip aqui e também o texto de O Globo.
Ingenuamente, o jornalista viu, nesta reacção, o reflexo de uma atitude nacional conservadora, de um país que só aceita a modernidade "desde que não mexam com o que é autenticamente português". Ora, na realidade, a reacção, além de mau profissionalismo, é pura estupidez.
O disco é um esforço interessante de recriagem de uma outra sonoridade em torno de temas de Amália, a que só "amalianos" do antanho podem ser hostis. Embora perceba que possa não se gostar deste tratamento musical, está muito longe de ser "uma porcaria" e, confesso, a mim agrada-me bastante. A voz de Sónia Tavares é uma boa surpresa.
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