Após mais de um século de ausência, o Comité Olímpico Internacional votou favoravelmente a inclusão do golfe como modalidade olímpica para os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. Em 2009, na 121ª Sessão do Comité Olímpico, que decorreu em Copenhaga, Michelle Wie e Tiger Woods fizeram uma apresentação para tentar convencer os presentes de que os Jogos Olímpicos só tinham a ganhar com o regresso do golfe.
Agora, a preocupação é outra. É que alguns dos 6 mil caimões, da família dos jacarés, que vivem nas lagoas infestadas pelos esgotos do Rio de Janeiro mudaram-se para as águas do primeiro campo público de golfe da cidade, desenhado por Gil Hanse e localizado na Reserva de Marapendi, na Barra. Estes répteis, bastante mais pequenos e dóceis do que os crocodilos, não são considerados um risco para as pessoas, mas a invasão do seu habitat implica um maior contacto com os humanos. De acordo com a Bloomberg, os organizadores do torneio olímpico de golfe dizem que há poucos riscos de que os caimões rastejem até aos “greens” durante os jogos e mordam alguém.
“Vamos ter uma estratégia para minimizar qualquer possibilidade de que um golfista ou espetador se depare com um destes [animais]”, assegurou o diretor executivo da Federação Internacional de Golfe, Anthony Scanlon, citado pela Bloomberg. “O risco é mínimo”, garante.
Além disso, lembra Scanlon, se os animais se deslocarem, de facto, pelos campos de golfe, fá-lo-ão durante a noite, quando não haverá jogos a decorrer.
E não são só os caimões que colocam em causa o bom funcionamento dos jogos de golfe. Além destes, ainda há que contar com as capivaras, mamíferos roedores que podem chegar aos 80 quilos. Como explica Anthony Scanlon, estes animais “são herbívoros, pelo que podem escavar a relva” e, possivelmente, estragar o campo.
O golfe deixou de ser modalidade olímpica em 1904. De acordo com a página oficial ddos jogos do Rio 2016, torneio deverá ter representantes, tanto masculinos quanto femininos, de pelo menos 30 países. Dinheiro Vivo
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