O cartão Viva Viagem foi criado em 2005 e é válido durante um ano após a compra.
O presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa (AMTL) espera que, ainda em 2013, os operadores cheguem a um acordo que permita ao utente usar o mesmo cartão Viva Viagem/Sete Colinas em todos os transportes.
O Viva Viagem foi criado em 2005. É um cartão eletrónico, que funciona por aproximação aos validadores sem contacto, recarregável e destinado essencialmente a clientes que utilizam os transportes públicos com pouca frequência. Tem um custo de aquisição de 0,50€ e é válido durante um ano após a compra.
Hoje, e como reconheceu a Operadores de Transportes da Região de Lisboa (OTLIS, entidade que integra o Metro, a Carris, a CP – Comboios de Portugal, a Transtejo, a Barraqueiro, os Transportes Sul do Tejo e a Rodoviária de Lisboa) em resposta à Lusa, o Viva Viagem aceita apenas “o carregamento de um único contrato para a aquisição de títulos de transporte, que poderá ser um bilhete diário, um conjunto de bilhetes ou a tarifa integrada ‘Zapping’ (carregamento de dinheiro no cartão que vai sendo descontado à medida que o utente valida o cartão nos diferentes meios de transporte)”.
Ou seja, “se o cliente não comprou um título ocasional multimodal que cubra todos os operadores no percurso pretendido, e enquanto não esgotar o contrato existente no seu cartão”, mesmo que esteja em causa um saldo de alguns cêntimos, “terá de adquirir um novo cartão, se pretender carregar um contrato diferente (mudar de transporte)”.
O objetivo da AMTL é que, muito em breve, “com um único cartão, de uma forma simples, seja permitido ao utente eventual usar todos os meios de transporte na Área Metropolitana de Lisboa (AML)”, sem aqueles constrangimentos.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da AMTL, Germano Martins, afirmou que a entidade pretende “estender a toda a área metropolitana o ‘Zapping’ como o principal título de transporte ocasional, em substituição dos títulos próprios de cada operador com a mesma função”, estimando que o consenso para permitir esta mudança seja alcançado ainda este ano.
Assim, o Viva Viagem “passará a poder ser utilizado em toda a região e em todos os operadores nesta área” com o mesmo título de transporte, ao contrário do que acontece agora.
Hoje, e como reconhece esta autoridade, um utente eventual de transportes públicos na AML que necessite de deslocar-se para lá do centro da capital é obrigado a ter mais do que um cartão Viva Viagem/7 Colinas na carteira para satisfazer as suas necessidades de mobilidade.
Germano Martins explicou ainda à agência Lusa que esta demora no entendimento entre os vários operadores, que limita as potencialidades do Viva Viagem, decorre do facto de, em Portugal, o trabalho de integração entre operadores ter começado há muito menos tempo do que em outras cidades europeias. A AMTL foi criada apenas no início de 2009. Está a tentar resolver esta questão desde 2011.
Até aqui, explicou o responsável, a rede de transportes tem-se desenvolvido “um pouco por autorregulação e respeitando sempre os interesses comerciais”. Por isso, acrescentou, “a visão sistémica não se impôs”, e é esse o trabalho da entidade.
Mas no essencial, diz o presidente da AMTL, já existe acordo para que esta integração avance.
Contudo, e embora alguns dos operadores contactados pela Lusa para perceber a sua recetividade à integração no 'Zapping' tenham afirmado estar disponíveis para dar esse passo, como a Transportes Sul do Tejo e a Fertagus, a Metro Transportes do Sul (Metro Sul do Tejo) e a Vimeca afirmaram que não têm intenções de integrar este sistema.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico
Por Agência Lusa
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