quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Alerta Total

Alerta Total


Mercado interpreta que proposta de subir gasolina é jogo de cena para esconder briga interna na Petrobrás

Posted: 13 Aug 2013 06:01 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrãoserrao@alertatotal.net

 

O velho e repetitivo papo furado sobre aumento dos combustíveis (sempre com preços supostamente defasados, porém caríssimos para o consumidor) atende ao objetivo tático de desviar a atenção sobre uma guerra política interna na Petrobrás. Foi o poderoso diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, e não a "presidente" Graça Foster (amiga da Presidenta Dilma) quem veio a público defender que a empresa precisa de reajustes de preços da gasolina e do diesel, até o final do ano, para financiar seus investimentos. Eis a interpretação de investidores minoritários da Petrobrás.

 

A retórica de Barbassa tem o objetivo imediato de tentar acalmar os investidores da empresa. Não por causa de possíveis perdas ou por atraso em investimentos (que o mercado já prevê há muito tempo). Na verdade, Barbassa tenta dar uma demonstração pública de força no momento em que a empresa é alvo de acusações de que tem esquemas internos para beneficiar a cúpula do PMDB. O temor interno na Petrobrás é que venha à tona denúncia semelhante em relação ao PT – atingindo diretamente Barbassa – que seria um homem de confiança de Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli.

 

Nos bastidores do poder na Petrobrás, comenta-se, abertamente, que a Presidenta Dilma Rousseff e sua amiga Graça Foster são obrigadas a engolir Barbassa – considerado, pela maioria dos investidores internacionais, como o verdadeiro "presidentro" da petrolífera controlada majoritariamente pela União, mas que sempre obedece às determinações da Oligarquia Financeira transnacional. Barbassa também é homem de confiança de Guido Mantega, o ministro da Fazenda que também preside o Conselho de Administração da Petrobrás.

 

Quando assumiu a presidência da Petrobrás, Maria das Graças Foster quis substituir o diretor financeiro. Mas não teve sucesso por motivos óbvios. Barbassa é o elo da Petrobrás com bancos que fazem a rolagem da crescente dívida da empresa. A chamada alavancagem (endividamento crescente em relação ao patrimônio) é uma das maiores dores de cabeça para os gestores da petroleira.

 

Desastre de trem

 

O trem-bala, ferrorama faraônico da Dilma, praticamente descarrilou de vez, com o novo adiamento da concorrência de sua construção.

 

Por ironia do destino, Dilma foi vítima da petralhice – que promoveu uma onda denuncista contra o PSDB, questionando negócios do Metrô de São Paulo com as empresas Alston e Siemens.

 

Embora a francesa tenha manifestado interesse em participar do edital de licitação, a empresa alemã e a espanhola Renfe pediram o adiamento do negócio que teria um absurdo custo inicial de R$ 38 bilhões.

 

Frente necessária

 

Para dar voz aos fabricantes regionais de bebidas frias do Brasil, será lançada, hoje, 13 de agosto, às 17 horas, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Brasileira de Bebidas.

 

O presidente da entidade que reúne os fabricantes (a Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, destaca que as principais reivindicações para o setor de bebidas são um sistema tributário proporcional e moderno; concorrência justa; e incentivo à produção nacional e à geração de empregos e renda:

 

"O acúmulo de capital e a consequente formação dos grandes oligopólios fazem com que a concorrência entre as pequenas e grandes empresas de bebidas seja extremamente desleal. Dessa forma, os fabricantes regionais são obrigados a se deparar com o abuso de poder econômico das multinacionais como, por exemplo, os contratos de exclusividade com os pontos de venda, em que o consumidor também é fortemente lesado com preços elevados e baixa diversificação de produtos".

 

Mais detalhes no site da entidade: http://frentebebidasbrasil.org.br/

 

Não tem remédio

 

 

 

O Show tem que continuar...

 

 

 

Perguntinha idiota

 

O Supremo Tribunal Federal não encontra clima para discutir, imediatamente, a revisão sobre as condenações impostas aos réus na Ação Penal 470.

 

Por isso, diante do alto risco de os mensaleiros acabarem beneficiados com penas mais brandas, e das graves denúncias contra o vice-Presidente da corte suprema, apontado por um auditor do Tribunal Superior Eleitoral como o líder de manobras internas para proteger os interesses do PT, cabe a pergunta ainda sem resposta:

Quem vaiapurar denúncia de que Lewandowski manipulou parecer técnico por interessepolítico?

Vida que segue... Ave atqueVale! Fiquem com Deus.

 

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 13 de Agosto de 2013.

CIDADANIA

Posted: 13 Aug 2013 05:55 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por José Carlos Leite Filho

 

O exercício da cidadania, fundamento dos Estados democráticos, não permite aos seus agentes a passividade ou a mera contemplação dos acontecimentos, exigindo participação de todos em benefício do bem comum. A existência de instituições nacionais específicas não impõe a inação ao povo em benefício do qual elas são criadas.

 

Assim pensando, por considerar o acesso à informação um direito fundamental, fiquei assombrado e indignado ao ler na revista Veja desta semana (edição 2334, de 14/8) a reportagem que denuncia "a suspeita de que a Justiça Eleitoral manipula pareceres técnicos para atender interesses políticos" e, o que é pior, afirma que "a manipulação que permitiu a aprovação das contas do PT na época do mensalão e da campanha de Dilma Rousseff teria sido conduzida pessoalmente pelo então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski".

 

Dirão alguns que isso deve ser obra da oposição com vistas à campanha eleitoral do próximo ano, o que não me parece suficiente haja vista que está em jogo também um dos requisitos para levar alguém ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, qual seja o de reputação ilibada!

 

A reportagem em causa apresenta cópias de documentos tidos como comprobatórios de irregularidades na campanha para a eleição da atual presidente da República no tocante à respectiva prestação de contas submetida ao TSE, assim como à "interferência indevida" do então presidente dessa corte e atual membro do Supremo Tribunal Federal (STF)!

 

A matéria publicada está fundamentada em depoimento do auditor Rodrigo Aranha Lacombe o qual "contou que seus pareceres pela rejeição das contas eleitorais do PT sumiram do processo por ordem do então presidente Lewandowski".

 

São denúncias gravíssimas que preocupam não só pelo fato em si, mas também quando se tem em conta a continuidade do julgamento pelo STF do famoso processo do mensalão cuja publicidade despertou a curiosidade e o interesse da população brasileira, a qual certamente há de se lembrar da constância dos votos do ministro Lewandowski contrários às conclusões condenatórias do relator do processo.

 

Por tudo isso, como cidadão amante da Justiça, clamo pelo indispensável esclarecimento dos fatos denunciados a fim de poder continuar reverenciando os dois elevados órgãos do Poder Judiciário envolvidos e os seus integrantes.

 

 

José Carlos Leite Filho é General de Exército na reserva – linsleite@supercabo.com.br – 11/08/13. Originalmente publicado em "O JORNAL DE HOJE", de 12/8/13-Natal/RN.

Cultura e Política – Os Indivíduos Mínimos

Posted: 13 Aug 2013 05:54 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Milton Pires

 

Eu não conheço, em toda história da Filosofia Política, pensador que não escrevesse, direta ou indiretamente, sobre a questão do "tamanho do Estado". Entenda-se disso que o que se discute fervorosamente até hoje é o grau de intervenção dele, o Estado, na vida das pessoas.

 

Busca-se saber qual o melhor modelo para garantir determinados direitos, para melhor aplicar impostos ou gerenciar serviços...enfim..a coisa segue por esse lado. Modelos prontos fazem grande sucesso – o Estado "liberal"..o Estado de "bem estar social"...o Estado "Mínimo"..não tem fim o número de adjetivos que se coloca ao lado da palavra.

 

Hoje, o objetivo do artigo vai ser o seguinte: discutir que tamanho deve ter o "indivíduo" dentro desse ou desses Estados sobre os quais tanto se escreve. A base da discussão é muito simples – sustento que tanto usando de métodos de coerção próprios do Totalitarismo quanto garantindo o bem estar social, o efeito final  sobre o indivíduo foi sempre o mesmo – a sua atomização, a sua abdicação da capacidade de pensar e sua confiança cega na garantia da democracia fornecida pela velocidade das comunicações e pela apologia da sociedade tecnológica.

 

Nada disso, meus amigos, poderia ser mais falso!  Integrado por uma grande rede mundial  de computadores, compartilhando informações nas redes sociais ou trocando e-mails, homem algum dispõem hoje do pré-requisito básico para atividade a filosófica – tempo para o recolhimento..

 

Não se consegue mais "processar sozinho" informação alguma. Necessita-se desesperadamente de informações "prontas"...de notícias "mastigadas" e classificadas em algum modelo prévio devidamente ajustado para provocar um determinado tipo de resposta emocional que vai pautar todas as nossas conclusões.

 

Fazer, na prática, oposição política aos governos das democracias ocidentais torna-se cada vez mais difícil por que estes mesmos regimes apresentam-se como um caleidoscópio em que a velocidade e a contradição das suas medidas administrativas dão a impressão de serem eles mesmos governo e oposição ao mesmo tempo!

 

Nessas linhas, quero sustentar que essa crise da capacidade de  fazer política, que essa perda da noção de  uma cidadania que não dependa de militância partidária é reflexo de um gigantesco declínio da cultura. A ideia não tem absolutamente nada de original. Muita gente escreveu mais, e melhor do que eu, sobre isso.

 

Aqui o recado é muito mais simples – desafio alguém a me provar que existe independência entre política e cultura. Quero que alguém me mostre que, terminadas todas as diferenças culturais, ainda possa existir oposição política seja lá ao que for.

Posso eu, realmente, descer com um i-phone na mão e falando inglês no aeroporto internacional de Shanghai  fazer oposição ao governo chinês? A China, o Oriente Médio, a África, são realmente "outro mundo" para um ocidental como eu nos dias de hoje? Faz sentido falar em cultura ocidental ainda?

 

Percebam vocês que se tenho dúvidas com relação aos exemplos que dei acima, e que não envolvem aquilo que chamo de "Ocidente", com relação ao Brasil já não tenho mais esse problema – aqui vivemos numa ditadura. A oposição acabou há "séculos" por que a cultura é uma só!

 

Ou constrói-se a partir da classe média brasileira uma nova maneira de ver o país que não se fundamente no relativismo e naquilo que chamei de "obsessão pelo consenso" ou não há,  absolutamente, nenhuma chance de opor-se à coisa alguma.

 

Vejam bem o que escrevi – não vai haver mais oposição à NADA! Não estou escrevendo sobre o PT, sobre o Mensalão, luta de classes ou seja lá o que for que essa gente vem fazendo com o Brasil desde 2003. Digo que: ou o país passa a acreditar que existem pessoas que são "diferentes" e "melhor preparadas" para governá-lo  (seja lá quem forem);  ou nós vamos passar a viver uma Ditadura Eterna – a Ditadura dos Medíocres.

 

O próprio fim do conceito de "mediocridade" é que vai permitir que isso seja possível. Não interessa se alguém tem pós-doutorado e ganha 20 mil reais por mês ou se só tem o primeiro grau e recebe 700 reais para limpar a rua. Os dois vão encher o cabelo de gel, colocar correntes douradas no pescoço e escutar Valesca Popozuda no i-phone! É isso que, ao meu ver, está se aproximando e ninguém, ou quase ninguém,  percebe!

 

O fim da cultura representa muito claramente o fim da atividade política. E, independentemente do tamanho do Estado,  anuncia o nascimento de um Indivíduo Mínimo.



Milton Simon Pires é Médico.

 

 

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