“Os empresários e os aforradores russos procuram uma nova ponte para a zona euro; a Letónia é um dos principais candidatos” escreve Martin Ehl no Hospodářské noviny, recordando que este país báltico, que deverá aderir à zona euro no dia 1 de janeiro de 2014, é “conhecido pela sua minoria russa numerosa [27% da população] e os seus bancos dinâmicos, uma espécie de Suíça da era pós-soviética”.
Ehl explica que
o conjunto dos depósitos dos não residentes se eleva a €10 mil milhões, o que equivale – tal como para a Suíça – a 60% da totalidade dos depósitos. Com as reformas adotadas após a crise de 2009, o peso do setor bancário na economia da Letónia diminuiu e, ao mesmo tempo, a supervisão bancária foi reforçada (ao contrário de Chipre). […] Segundo fontes não oficiais, algumas transações provenientes de Chipre já foram recusadas devido ao regulamento contra a lavagem de dinheiro.
Para acalmar os espíritos que temem que a Letónia tenha o mesmo destino que Chipre, o primeiro-ministro letão Valdis Dombrovskis escreveu, no dia seguinte ao acordo, acerca do plano de resgate cipriota, na sua conta do Twitter, que “a Letónia não vai tomar qualquer iniciativa para atrair depósitos cipriotas. O país considera arriscado fazer negócios com as economias estrangeiras, daí ser muito bem regulamentado”.
No entanto, acrescenta Ehl, “o papel da Letónia enquanto ponte para a União Europeia deverá na mesma crescer aos olhos dos aforradores e dos oligarcas russos, porque, uma vez membro da zona euro, o país fará parte do núcleo duro da UE, contrariamente aos países da região mediterrânica atingidos pela crise”. Letónia: A “Suíça do Báltico” sai vencedora da crise cipriota
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