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Em entrevista ao canal televisivo norte-americano CNBC, Angel Gurría afirmou que a Europa não tem um problema generalizado de dívida. “Tem, sim, um problema grego que tem a ver com a performance fiscal, e um problema irlandês que tem a ver com a falência da banca”. Depois, continou Gurría, a Europa “tem um problema mais recente, auto-infligido, no caso de Portugal”. “As dificuldades [destes três países] foram identificadas e precisamos de tempo para ver os progressos”, disse.
Questionado sobre a hipótese de reestruturação da dívida dos Estados-membros da União Europeia que solicitaram ajuda financeira, o secretário-geral da OCDE afirmou que só no final dos programas de ajuda será possível perceber se é um recurso a ter em conta. “Não podemos concluir hoje que a forma de seguir é a reestruturação da dúvida porque ao precipitar as coisas, o cenário pode tornar-se pior”, defendeu.
Gurría repetiu que as reformas “precisam de tempo” para resultar. “Quando partimos de défices de 15 por cento, há sempre um ou dois por cento que ficam de fora e não foram considerados. É uma descida desde o Monte Everest. E nós estamos a normalizar a situação”, disse. “No caso de Portugal é sobretudo um problema político auto-infligido”, destacou. PUBLICO.
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