Anda-se a poupar nas reformas das pessoas simples, dos desprotegidos, pois basta ver o que vem hoje, sobre aposentações de magistrados (ver Lei n.º 9/2011 aqui), do Ministério Público, para entender o que escrevo! Quem vai pagar estes milhões seremos todos nós, e não o 1- ministro e seus acólitos.
“A insistência do primeiro-ministro em retardar o pedido de ajuda financeira externa, apesar da crescente pressão dos mercados financeiros internacionais, vai sair caro aos cofres públicos e a todos os portugueses: em apenas um ano, entre Março de 2010 e Abril de 2011, o aumento da taxa de juro das emissões de dívida pública traduziu-se numa subida dos custos com juros de quase 387 milhões de euros. Cerca de 38 por cento daquela dívida tem de ser paga em 2011 e 2012. A partir da comparação das emissões de Bilhetes do Tesouro (BT) e de Obrigações do Tesouro (OT), realizadas pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público naquele período, constata-se uma grande disparidade entre o preço do dinheiro cobrado a Portugal nas Primavera de 2010 e de 2011. Por exemplo, nos BT com maturidade a um ano a taxa de juro passou de 1,026 por cento, em Março de 2010, para 5,902 por cento em Abril deste ano. E o mesmo aconteceu com as OT: entre Abril de 2010 e o mês homólogo deste ano, a taxa de juro aumentou de 1,715% para 5,793%. Com base nesta realidade, a República portuguesa vai pagar só em juros dos BT, já emitidos em 2011, mais cerca de 150 milhões de euros do que pagaria se se tivessem mantido as taxa de juros cobradas há um ano. Já os juros das OT já emitidas este ano vão custar cerca de 237 milhões de euros. Os maiores encargos adicionais ocorreram com a emissão de OT nos últimos dois meses deste ano, quando as taxas de juro dispararam para valores que ultrapassaram os 10 por cento nos empréstimos com maturidades a cinco anos. Entretanto, os responsáveis europeus querem que Portugal apresse a entrega dos cortes que se propõe fazer na despesa pública já este ano. A equipa de Comissão/FMI e Banco Central Europeu chegará esta semana a Portugal, e as negociações terão de decorrer de modo a que o pacote de ajuda seja formalmente aprovado na reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro que se realizará a 16 e 17 de Maio. Depois de formalmente aprovada a ajuda, o dinheiro chegará no prazo de 10 dias. "Tudo depende de Portugal", disse o ministro das Finanças alemão, Walter Schauble, que, mais uma vez, exigiu um consenso por parte das forças políticas portuguesas. "São necessárias mais medidas de ajustamento", disse. C da M.
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