Telefonei ao meu banco para saber de que dinheiro poderia dispor, das minhas poupanças, para uma possível aquisição de um bem. Perguntaram-me se não preferia fazer um empréstimo, dando essas poupanças como garantia. Agradeci e comentei que não tinha dúvidas de que, sendo o banco uma "pessoa de bem", se me estavam a propor tal hipótese, era porque o empréstimo me seria dado, com toda a certeza, a um juro mais vantajoso que aquele que eu estava a obter das poupanças que mantinha no banco. O gestor de conta alarmou-se: não!, o juro que eu iria pagar era bem maior do que aquele que o banco me estava a dar pelos depósitos que lá tinha. Então - perguntei - qual era a minha vantagem em fazer o empréstimo? Foi-me explicado que, assim, eu ficaria com "liquidez". Inquiri para que queria eu ter "liquidez" no banco se, quando a pretendia mobilizar, o banco me propunha um empréstimo. E em que se traduziria essa "liquidez", no futuro, porque, se a quisesse mobilizar, o banco ficaria sem a garantia, na base da qual me dava o empréstimo. Embatucou.
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