Marcelo Rebelo de Sousa acusa o líder do PS de promover "uma golpaça" com a revisão dos estatutos para travar uma eventual candidatura de António Costa a secretário-geral do partido, antes das legislativas de 2015. Na resposta, António José Seguro diz que o comentador age de "má- -fé" e com base em "falsidades". Mas o que Seguro não diz é o óbvio: Marcelo, a quatro anos de distância, já só pensa nas presidenciais de 2016. E não é de agora. Há poucas semanas disparou contra aquele que é o seu principal rival à direita, Durão Barroso. Domingo passado, e percebendo que de entre os potenciais candidatos à esquerda António Costa é o que mais problemas lhe pode causar, decidiu fazer eco das críticas do autarca de Lisboa à proposta de revisão de estatutos que Seguro fez aprovar no último fim de semana. Marcelo ensaiou assim, ele próprio, uma "golpaça" mais ou menos maquiavélica. Isto é, ao usar a TVI como megafone para incentivar uma querela dentro do PS, com vista ao derrube de Seguro, e instigar a hipotética eleição de António Costa como secretário-geral do PS e, por consequência, candidato natural a primeiro-ministro - ficando, naturalmente, fora da arena presidencial -, Marcelo procura "limpar" de adversários incómodos o terreno à sua esquerda na corrida para Belém. Resta saber quem serão os próximos alvos do professor. por NUNO SARAIVA - DN
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