O diretor comercial do Freeport entre 1998 e 2007 admitiu, esta quinta-feira, perante o Tribunal do Barreiro que teve conhecimento de um pedido de uma quantia de dinheiro pedida por um escritório de advogados. Gary Russell - que não se recorda se a referida quantia era em euros ou libras - começou por dizer que não tinha tido conhecimento de um pedido daquela quantia, mas à medida que foi foi questionado pelo procurador da República admitiu saber, indicando que terá sido solicitada por "um escritório de advogados", do qual não disse o nome. A testemunha, que referiu ter "acompanhado de perto o processo do Freeport juntamente com o diretor Johnattan Rawnsley", disse ainda não "ter ideia" do que mudou no projeto para que a terceira avaliação ambiental fosse positiva depois de duas negativas, admitindo porém, que o projeto inicial sofreu algumas alterações. Negou, contudo, que tenham sido feitos pagamentos "ilegais ou subornos" a alguém para que a construção fosse viabilizada. "Eu, pessoalmente, não fui contactado. O sr. Rawnsley é que informou numa reunião que tinham sido contactados, mas eu não sei quem informou", frisou Gary Russel, que depos por videoconferência através do Tribunal do Mónaco. Questionado sobre quem teria informado Johnatan Rawnsley sobre a questão dos dois milhões, Gary Russel disse ter sido Dettany, o assistente de Rawnsley e que teve conhecimento dessa informação no início do processo. JN
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