A crise da dívida soberana europeia não é desculpa para os clubes de futebol, que ainda antes de se começar a falar de juros, dívida pública, yields, já tinham em mãos uma situação financeira grave por resolver. É deste modo que a BusinessWeek começa o artigo da edição deste mês.
A revista elege o britânico Arsenal e o germânico Bayern de Munique como os poucos clubes que têm conseguido driblar as suas crises financeiras internas. Como? Com uma forte base de fãs, direitos de transmissão e jogadores que se tornam rentáveis. No entanto, há o inverso da moeda: clubes com empréstimos bancários e fãs sem dinheiro. "Caso em questão: Sporting de Lisboa, um clube com 106 anos que já teve os seus momentos de grandeza", escreve a BusinessWeek. Foi no Sporting que "nasceu" Cristiano Ronaldo e o clube eliminou recentemente o Manchester City, que é detido por investidores de Abu Dhabi. No entanto, a revista relembra que um relatório pedido pela atual direção do clube revelou uma "falência técnica depois de ter perdido dinheiro em 12 das últimas 13 épocas, acumulando uma dívidade 375 milhões de euros, usada para a compra de novos jogadores que custaram cerca de 30 milhões. "O presidente do clube, Godinho Lopes, diz que está à procura de um investidor para garantir financiamento para a equipa para esta e para a próxima temporada. Ele já viajou duas vezes para Angola para ver se conseguia achar um patrocinador", revela a revista. A BusinessWeek considera que clubes sem benfeitores ricos pediram dinheiro emprestado na última década para melhorar estádios, comprar jogadores e pagar salários elevados. Agora são confrontados com empréstimos que não podem refinanciar ao mesmo tempo que o governo atinge os fãs, com aumentos de impostos e contenção de despesas. A BusinessWeek relembra que as vendas de bilheteira do Sporting recuaram nos últimos três anos: 18,4% em 2009, 15,9% em 2010, 22,5% em 2011.” Dinheiro Vivo
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