Após o conflito que envolve o navio Arctic Sunrise da Greenpace, que navegava com bandeira holandesa antes de ser apreendido, juntamente com o resto da tripulação, no porto russo de Murmansk, uma "nova luta pelo poder, onde o orgulho russo está em jogo", surgiu nos últimos dias, escreve o Trouw. O ministro holandês dos Negócios Estrangeiros Frans Timmermans apressou-se a pedir desculpa no dia 9 de outubro após a segunda maior figura na embaixada de Moscovo em Haia, Dmitry Borodin, ter sido detido, juntamente com a mulher, a 5 de outubro por condução em estado de embriaguez e maus-tratos de crianças. O Trouw considera que o pedido de desculpa holandês, que veio após a pressão exercida por Moscovo, se justifica, mas deplora a hipocrisia russa:
"O conflito latente entre a Rússia autoritária e a Holanda liberal acabou finalmente por rebentar", adianta o Rzeczpospolita. Era uma questão de tempo, uma vez que os dois países têm posições completamente opostas, segundo o especialista Marcel de Haas citado pelo diário de Varsóvia, que acrescenta:
Ao chamar o conflito de "confronto de civilizações", o Rzeczpospolita lança dúvidas sobre a visita do Rei holandês Guilherme-Alexandre a Moscovo prevista para novembro e interroga-se se as empresas holandesas, como a Philips, ING ou Rabobank, continuarão a ser um dos maiores investidores no mercado russo. |
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Rússia-Holanda: O “confronto de civilizações”
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