segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Depois de Lampedusa: “Quantos mais?”

 

 

Uma semana depois do drama de Lampedusa, que fez cerca de 340 mortos, "centenas de imigrantes ilegais estão novamente à deriva no Mediterrâneo", escreve o Tageszeitung.

A 11 de outubro, pelo menos 34 refugiados, a maioria dos quais sírios, afogaram-se a 100 quilómetros da ilha de Malta. A travessia tinha começado no porto sírio de Zuwarah. Segundo os sobreviventes, o barco, em que viajavam 400 refugiados, foi perseguido por um navio, provavelmente da guarda costeira líbia, que disparou sobre eles, provocando a morte a dois dos passageiros, noticia o diário.

Os Governos italiano e maltês exigem a alteração da política europeia de imigração. O TAZ acrescenta que Malta, que é "o país mais pequeno da UE, é um dos grandes prejudicados pelo sistema de asilo europeu":

Em 2012, chegaram à ilha 1890 refugiados e, desde 2002, já são mais de 17 mil. Segundo a legislação europeia, esses refugiados só têm direito a pedir asilo [na ilha de Malta]. Proporcionalmente, o pequeno Estado insular, que tem cerca de 418 mil habitantes, recebeu sete vezes mais pedidos de asilo do que a média da UE.


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