O Governo extinguiu nove centros do programa Novas Oportunidades, depois de na quarta-feira ter divulgado que estava a analisar as candidaturas apresentadas ao financiamento intercalar que se prolonga até agosto de 2012. Segundo o Diário da República de hoje, são extintos os centros Novas Oportunidades promovidos pelo Instituto Politécnico de Leiria (Leiria), pela Escola Secundária de Montemor-o-Novo (Montemor-o-Novo), pela Escola Secundária com 2.º e 3.º Ciclos Gil Vicente (Lisboa), pela Escola Superior de Educação de Portalegre (Portalegre) e pela Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Sacavém (Loures). Além destes, são igualmente extintos os centros Novas Oportunidades promovidos pela Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Madeira Torres (Torres Vedras), pela Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Leça do Balio (Matosinhos), pela Agrupamento de Escolas de Pampilhosa e pela Escola Secundária da Moita (Moita).
Ministério avalia qualidade de formação
Numa resposta anteriormente enviada à agência Lusa, o Ministério da Educação disse que o programa estava sob avaliação e que, com base nos resultados obtidos, será então "revista a dimensão da rede", por forma a evitar sobreposições e a privilegiar "os Centros Novas Oportunidades cuja qualidade de formação é mais elevada". Os centros resultantes da reorganização serão "redirecionados para atender prioritariamente ao ensino profissional, que deverá ser reforçado", sublinhou. A resposta do Ministério da Educação sobre a avaliação das candidaturas do programa ao financiamento intercalar que durará até agosto surgiu depois de os profissionais de educação e formação de adultos terem na quarta-feira denunciado que termina no sábado o financiamento que suporta a intervenção dos Centros Novas Oportunidades (CNO), sem que tenham informação sobre a continuidade dos projetos.
"Insuportável indefinição"
Segundo a comissão instaladora da Associação Nacional de Profissionais de Educação e Formação de Adultos (ANEFA), a "ausência total de comunicação oficial" quanto ao futuro dos CNO coloca as organizações e as equipas que neles trabalham numa "insuportável indefinição". Estes profissionais dizem que situação se agudizou ainda mais perante um concurso de financiamento aberto a menos de um mês e meio do fim do ano, não existindo até hoje qualquer informação sobre os prazos de análise das candidaturas e respetiva comunicação de resultados relacionados com a aprovação ou não. "Face à ausência de garantias de continuidade em 2012, uma parte significativa dos 436 CNO suspenderão a atividade a partir do dia 31 de dezembro, até ser comunicado o resultado da candidatura efetuada", afirmava a associação em comunicado. Expresso.
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