quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Angola tem de explicar ao FMI saída não justificada de 25 mil milhões de euros.

Não sabem?!?!?! qualquer cidadão mais ou menos bem informado, na Europa sabe. Em Portugal ainda melhor e em Angola todos sabem.

“O valor terá a ver com as contas da Sonangol, a petrolífera que é a base da economia do país, a principal fonte de receitas estatais e detém 15% da portuguesa Galp por via da Amorim Energia, além de ser accionista de referência do BCP. Uma das possíveis justificações avançadas pelo FMI será o facto de as receitas da Sonangol terem sido mal declaradas. Ontem, a organização internacional Human Rights Watch emitiu um comunicado a exigir ao governo angolano que esclareça “imediatamente” onde estão os milhões em falta.
No quinto relatório sobre a ajuda a Angola divulgado a 8 de Dezembro, o FMI dá conta que aquele valor, "gasto ou transferido" entre 2007 e 2010 não aparece documentado em lado nenhum. O FMI identificou também falta de coerência nas contas da Sonangol, apesar da ajuda das entidades governamentais para as reduzir. Além disso, o governo angolano assumiu três compromissos com o FMI: explicar o que aconteceu aos 32 mil milhões de dólares, continuar a publicar relatórios de execução orçamental e fazer auditoria externa da Sonangol, “de forma a estimular a transparência e a prestação de contas”.
A transparência nos negócios do petróleo tem sido pressionada por várias organizações. Nos EUA, vai já entrar em vigor em Janeiro a secção 1504 da lei de reforma financeira "Dodd-Frank". Esta lei exige às empresas cotadas em bolsa o detalhe, nos relatórios financeiros, de todos os pagamentos, projectos e governos estrangeiros envolvidos em negócios de petróleo, gás e minérios. Também a Comissão Europeia aprovou há pouco tempo um pacote de medidas que segue a mesma obrigatoriedade e que, a passar a lei, entra em vigor não antes de 2014.”PUBLICO.

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